sábado, 28 de junho de 2008

Deus Pede Tudo

"O dia de Pentecostes foi um dia modelo. Todos os dias desta dispensação deveriam ser iguais ou superiores a ele. Mas a Igreja caiu para o estado em que estava antes de a bênção ser concedida, e agora é necessário que peçamos a Cristo que comece tudo de novo... Precisamos de um batismo no Espírito tanto quanto os apóstolos na época da ressurreição de Cristo; precisamos que as insondáveis riquezas de Cristo nos sejam reveladas mais abundantemente do que o foram a Isaías no templo” (George Bowen).
Dr. Scofield nos conta de uma experiência que o tocou profundamente. Ele ouviu um pregador irlandês falar sobre o leproso Naamã. O pregador e a mensagem estavam sem vida. Ao sair da igreja, um outro irmão cochichou para o dr. Scofield: “Este querido irmão precisa dar mais um mergulho no Rio Jordão”.
O afamado expositor da Bíblia relata: “Pedi licença e me retirei para ir ao campo na escuridão da noite. Olhei para as estrelas e pedi a Deus com lágrimas nos olhos: ‘Oh Deus, eu sou o homem que precisa de um novo mergulho no Jordão’!” Deus encontrou-se com o dr. Scofield lá. Que Deus nos ajude a buscar semelhante renovação na presença dele!
Cristo é a Fonte da Vida
"Se alguém tem sede”, nosso Senhor disse, “venha a mim, e beba” (Jo 7.37). É só quando um cristão está tão sedento, a ponto de desistir de tudo que impede o enchimento do Espírito, que ele é realmente cheio. Disse um cristão a outro: “Eu daria tudo para ter a experiência que você tem com o Senhor”. “Foi o que me custou”, replicou o segundo.
Douglas Brown conta como foi severamente tratado pelo Senhor quando era um bem-sucedido pastor em Londres. Deus o estava preparando para ser um instrumento para avivamento nas igrejas do Reino Unido, para trazer milhares de pessoas a Cristo. Ele queria o melhor de Deus, mas definitivamente não estava disposto a pagar o preço. Queria que Deus o usasse nos termos de Douglas Brown. Após quatro meses de batalha, prostrou-se derrotado e vazio aos pés da cruz. Quando conta essa experiência, ele diz: “Deus é muito paciente. Ele levou quatro meses para me ensinar a dizer três palavras: ‘Qualquer coisa, Senhor’”.
Posso falar de coração para coração com você agora? Você não gostaria de se ajoelhar em reverência ante o Trono da Graça e pedir a Deus para ajudá-lo a entrar na vida abundante? Lembre-se, a plenitude do Espírito é uma parte integral do plano de salvação: o Senhor Jesus morreu não apenas para que você fosse salvo, mas para que pudesse ser cheio do Espírito. Eu gostaria de chamar sua atenção para quatro fatos fundamentais sobre a plenitude.
1. O Que Deus Pede, Preciso Entregar
O primeiro fato é que quando Deus pede alguma coisa, preciso entregá-la. É necessário passar por uma experiência clara de consagração. J. H. McConkey diz: “Quer sejam necessários longos anos para chegar a essa crise de rendição, quer seja alcançada em um salto único, todo filho consagrado a Deus sabe que o ato de rendição foi o passo supremo que o trouxe à plenitude de um caminhar mais íntimo com Deus. Sua experiência pode ter sido complicada, confusa, difícil de entender; mas que esse ato de rendição foi a culminação de tudo, e que a plenitude do Espírito foi o resultado desse ato – a graça de Deus em resposta a esse ato – todos vão testificar”. É a nossa vida inteira que Deus pede. Não pode haver reservas.
Deus está pedindo agora sua completa rendição: do coração, da vontade, do intelecto. Ele vai lhe mostrar agora, se você for sincero e honesto, tudo o que ele reivindica na sua vida. É totalmente impossível você receber essa bênção se há qualquer resquício de insinceridade ou rebeldia em seu coração e mente. Não pode haver reservas em sua mente. Não é para você apenas entregar a Deus algumas coisas em sua vida de acordo com seu próprio critério; Deus requer sua vida inteira.
Ele não só pede uma rendição completa do passado e do presente, mas de tudo que se refere ao seu futuro até que você seja chamado para a glória. Muitos estão em perigo de achar que já se renderam quando, na verdade, não foram até o fim nesse assunto. Talvez tenham tomado uma decisão rápida em uma conferência sem nunca ter ficado a sós com Deus para que ele lhes mostrasse o que estava envolvido nesse grande passo.
Pode levar dias ou semanas nos estágios preliminares, sozinho com Deus no lugar secreto, até que você consiga entender o que ele requer pessoalmente em sua vida. Isso demora, às vezes, porque não estamos afinados com Deus. Lembre-se, Deus lida com cada um de nós como indivíduos. As pessoas que estão buscando a Deus sempre me perguntam que preço precisam pagar para serem cheios do Espírito Santo. Nenhum pregador pode dar uma fórmula de maneira profissional a quem quer que seja. Não existe uma resposta pronta para essa pergunta.
Eu aprendi durante um período de trinta anos que apenas nosso amoroso Pai pode nos revelar o verdadeiro preço da consagração. Eu não posso dizer a você o preço que você deve pagar. Eu só sei o preço que Deus cobrou de mim – tudo! A batalha decisiva quase sempre envolve uma questão aparentemente banal, embora na visão de Deus nada seja banal. Desse problema que Deus considera vital na sua vida pode depender o resultado da batalha inteira. Lembre-se que a rendição a Deus na experiência da consagração é um estágio mais avançado e, conseqüentemente, mais difícil que a rendição na conversão. É mais fácil abrir mão do que achamos que é moralmente errado do que aquilo que pode ser certo em si mesmo, mas que não é a vontade de Deus para nós.
O ato de render-se precisa ser incorporado a uma vida de submissão. Consagração é apenas o limiar da vida cheia do Espírito. O ato leva a uma atitude, e a atitude diária leva a uma vida mais rica e completa em Cristo, à medida que nossa capacidade vai aumentando.
2. O Que Eu Entrego, Deus Aceita
O segundo fato importante é que aquilo que eu entrego, Deus aceita. Uma fé firme nesse fato é extremamente importante. Eu já apresentei definitivamente meu corpo como um sacrifício vivo ao Espírito Santo de acordo com a exortação em Romanos 12.1: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”.
Agora olhe para cima e diga: “O que eu entrego, Deus aceita! Obrigado, Senhor Jesus, por esse fato!”. Uma vez que a percepção desse fato da aceitação de Deus seja firmada na mente e no coração, a alma sedenta começará a sentir progresso em sua jornada.
Já que Deus aceita tudo o que lhe entrego, preciso ter muito cuidado para analisar o custo antes de entregar qualquer coisa para a sua aceitação. Não podemos brincar com um Deus santo. Ele sempre considera seu tudo aquilo que o convidamos solenemente a aceitar e passa a usá-lo de acordo com sua boa vontade.
Se quisermos tomar de volta e apropriar para nosso uso o que foi entregue a Deus, seremos culpados de fraude. No instante em que nos retiramos do altar de Deus, nesse momento nos tornamos apóstatas. Deus não apenas aceita a completa rendição de nossas vidas, mas também de tudo o que possuímos.
3. O Que Deus Aceita, Ele Enche
O terceiro fato importante é que quando Deus aceita a entrega de alguém, ele o enche. Muitos cristãos são severamente tentados por Satanás nesse ponto, porque sua experiência não parece ser tão carregada de emoções quanto a dos outros. É aqui que o cristão precisa aprender a descansar puramente na promessa da Palavra de Deus: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva” (Jo 7.37-38).
Tão certo como ele aceita o que lhe entrego, ele o enche também! Não há uma experiência padronizada do que é ser cheio com o Espírito, assim como não há padrão de conversão. É verdade que existem fatos fundamentais comuns a todos, assim como há no novo nascimento, mas nossas experiências emocionais não são iguais.
O que eu entreguei, Deus aceitou, e o que ele aceitou, ele encheu com um propósito. Somos cheios para fazer a vontade de Deus, não importa o que nos custe. Deus só nos enche para que tenhamos poder para fazer o que nos ordenou a fazer.
A um é dado o poder de eloqüência eficaz, a outro o ministério da intercessão e a outro o poder de sofrer com paciência. Ele designa os membros no corpo “como lhe apraz” e, então, dá a cada um a capacidade de cumprir sua função individual (1 Co 12.18). Como se pode ver em 1 Coríntios 12, alguns desses dons são para serviço longe dos holofotes. Mesmo assim, a pessoa menos importante recebe o mesmo poder para executar sua função para a glória de Deus que a pessoa mais proeminente.
4. O Que Deus Enche, Ele Usa
O quarto fato importante é que quando Deus enche alguém, ele o usa. Deus certamente levará você ao serviço assim que estiver cheio da vida do Espírito. Uma coisa é trabalhar para Deus, outra é Deus trabalhar através de nós. Sua atitude de entrega absoluta dá a Deus a chance de operar a perfeita vontade dele através de você. No momento em que você foi salvo, Deus tinha um plano perfeito para sua vida (Ef 2.10). A tragédia dos nossos tempos é que poucos cristãos vivem no centro da doce, amável vontade de Deus. Eles planejam suas próprias vidas.
Concluindo, deixe-me dizer que não há um enchimento único que não precise ser renovado diariamente. Não podemos continuar vivendo e trabalhando como se Deus nos tivesse dado um capital espiritual inesgotável, do qual podemos fazer ilimitadas retiradas. Precisamos depender de Cristo momento por momento, para que tenhamos a constante manifestação e plenitude do Espírito.
“Estou convencido de que alcançarei o maior nível de felicidade presente”, disse Murray McCheyne, “se eu mantiver a consciência sempre lavada no sangue de Cristo, se sempre me encher com o Espírito Santo o tempo todo e se me tornar o mais parecido com Jesus em mente, vontade e coração que é possível para um redimido pecador neste mundo.”
Oremos com D. L. Moody:
Nosso Pai Celestial, vimos aqui para esperar em ti pelo dom de teu Espírito Santo que nos capacita a servir. Oh Deus, dá-nos o Espírito! Esvazia-nos de nós mesmos e do nosso egoísmo. Oh Deus, humilha-nos no pó diante de ti, para que sejamos cheios do Espírito Santo e para que tenhamos poder com Deus e com os homens! Oh, Deus de Elias, oramos para que a porção dobrada de teu Espírito venha sobre nós hoje, que sejamos ungidos para o trabalho que nos deste para fazer; sabemos que temos pouco tempo para ficarmos aqui!
Oh Deus, ajuda-nos a dar fruto enquanto vivemos! Que não mais fiquemos labutando dia após dia, mês após mês, sem ver fruto algum. Oh Jesus, Mestre, tu subiste às alturas, levaste cativo o cativeiro. Estás à destra de Deus e tens poder.
Oh, dá-nos poder, uma nova unção. Oramos para que o faças hoje. Oramos para que sopres sobre nós com o sopro dos céus. Permite que experimentemos o Espírito Santo habitando em nós e capacitando-nos para o serviço. Pedimos tudo isso no Nome e para o bem de teu amado Filho. Amém!

James A. Stewart

Extraído do capítulo “Four Fundamental Facts” (Quatro Fatos Fundamentais) do livro “Heaven’s Throne Gift” (O Dom do Trono Celestial), por James A. Stewart. Copyright 2001 por Revival Literature, P. O. Box 6068, Asheville NC 28816, EUA.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Orgulho

A primeira e a pior causa de erro que prevalece nos nossos dias é o orgulho espiritual. Essa é a principal porta que o diabo usa para entrar nos corações daqueles que têm zelo pelo avanço da causa de Cristo. É a principal via de entrada de fumaça venenosa que vem do abismo para escurecer a mente e desviar o juízo. É o meio que Satanás usa para controlar cristãos e obstruir uma obra de Deus. Até que essa doença seja curada, em vão se aplicarão remédios para resolver quaisquer outras enfermidades.

O orgulho é muito mais difícil de ser discernido do que qualquer outra fonte de corrupção porque, por sua própria natureza, leva a pessoa a ter um conceito alto demais de si própria. É alguma surpresa, então, verificar que a pessoa que pensa de si acima do que deve está totalmente inconsciente desse fato? Ela pensa, pelo contrário, que a opinião que tem de si está bem fundamentada e que, portanto, não é um conceito elevado demais. Como resultado, não existe outro assunto no qual o coração esteja mais enganado e mais difícil de ser sondado. A própria natureza do orgulho é criar autoconfiança e expulsar qualquer suspeita de mal em relação a si próprio.

O orgulho toma muitas formas e manifestações e envolve o coração como as camadas de uma cebola - ao se arrancar uma camada, existe outra por baixo dela. Por isto, precisamos ter a maior vigilância imaginável sobre nossos corações com respeito a essa questão e clamar àquele que sonda as profundezas do coração para que nos auxilie. Quem confia em seu próprio coração é insensato.

Como o orgulho espiritual é mascarado por natureza, geralmente não pode ser detectado por intuição imediata como aquilo que é mesmo. É mais fácil ser identificado por seus frutos e efeitos, alguns dos quais quero mencionar junto com os frutos opostos da humildade cristã.

A pessoa espiritualmente orgulhosa sente que já está cheia de luz, não necessitando assim de instrução. Assim, terá a tendência de prontamente rejeitar a oferta de ajuda nesse sentido. Por outro lado, a pessoa humilde é como uma pequena criança que facilmente recebe instrução. É cautelosa no seu conceito de si mesma, sensível à sua grande facilidade em se desviar. Se alguém lhe sugere que está, de fato, saindo do caminho reto, mostra pronta disposição em examinar a questão e ouvir as advertências.

As pessoas orgulhosas tendem a falar dos pecados dos outros: o terrível engano dos hipócritas, a falta de vida daqueles irmãos que têm amargura, a resistência de alguns crentes à santidade. A pura humildade cristã, porém, se cala sobre os pecados dos outros ou, no máximo, fala a respeito deles com tristeza e compaixão. A pessoa espiritualmente orgulhosa critica os outros cristãos por sua falta de crescimento na graça, enquanto o crente humilde vê tanta maldade em seu próprio coração, e se preocupa tanto com isso, que não tem muita atenção para dar aos corações dos outros. Queixa-se mais de si próprio e da sua própria frieza espiritual; sua esperança genuína é que todos os outros tenham mais amor e gratidão a Deus do que ele.

As pessoas espiritualmente orgulhosas falam freqüentemente de quase tudo que percebem nos outros em termos extremamente severos e ásperos. É comum dizerem que a opinião, conduta ou atitude de outra pessoa é do diabo ou do inferno. Muitas vezes, sua crítica é direcionada não só a pessoas ímpias, mas a verdadeiros filhos de Deus e a pessoas que são seus superiores. Os humildes, entretanto, mesmo quando recebem extraordinárias descobertas da glória de Deus, sentem-se esmagados pela sua própria indignidade e impureza. Suas exortações a outros cristãos são transmitidas de forma amorosa e humilde e, ao lidar com seus irmãos e companheiros, eles procuram tratá-los com a mesma humildade e mansidão com que Cristo, que está infinitamente superior a eles, os trata.

O orgulho espiritual comumente leva as pessoas a se comportarem de modo diferente na sua aparência exterior, a assumirem um jeito diferente de falar, de se expressar ou de agir. Por outro lado, o cristão humilde - mesmo sendo firme no seu dever, permanecendo sozinho no caminho do céu ainda que o mundo inteiro o abandone - não sente prazer em ser diferente só para ser diferente. Não procura se colocar numa posição onde possa ser visto e observado como uma pessoa distinta ou especial; muito pelo contrário, dispõe-se a ser todas as coisas a todas as pessoas, a ceder aos outros, a se adaptar aos outros e a agradá-los em tudo menos no pecado.

Pessoas orgulhosas dão muita atenção a oposição e a injúrias; tendem a falar dessas coisas freqüentemente com um ar de amargura ou desprezo. A humildade cristã, em contraste, leva a pessoa a ser mais semelhante ao seu bendito Senhor, o qual, quando foi maltratado não abriu sua boca, mas se entregou em silêncio àquele que julga retamente. Para o cristão humilde, quanto mais clamoroso e furioso o mundo se manifestar contra ele, mais silencioso e quieto ficará, com exceção de quando estiver no seu quarto de oração: lá ele não ficará calado.

Um outro padrão de pessoas espiritualmente orgulhosas é comportar-se de forma a torná-las o foco de atenção. É natural que a pessoa sob a influência do orgulho tome todo o respeito que lhe é oferecido. Se outros demonstram disposição de se submeterem a ela e a cederem em deferência a ela, esta pessoa receberá tais atitudes sem constrangimento. Na verdade, ela se habituou a esperar tal tratamento e a formar uma má opinião de quem não lhe oferece aquilo que pensa merecer.

Uma pessoa sob a influência de orgulho espiritual tende mais a instruir aos outros do que a fazer perguntas. Tal pessoa naturalmente assume ar de mestre. O cristão eminentemente humilde pensa que precisa de ajuda e todo o mundo, enquanto a pessoa espiritualmente orgulhosa acha que todos precisam do que ela tem para oferecer. A humildade cristã, sentindo o peso da miséria dos outros, suplica e implora; o orgulho espiritual, em contraste, ordena e adverte com autoridade.

Assim como o orgulho espiritual leva as pessoas a assumirem muita coisa para si mesmas, de forma semelhante as induz a tratar os outros com negligência. Por outro lado, a pura humildade cristã traz a disposição de honrar a todas as pessoas. Entrar em contendas a respeito do cristianismo por vezes é desaconselhável; no entanto, devemos tomar muito cuidado para não nos recusarmos a discutir com pessoas carnais por as acharmos indignas de nossa consideração. Pelo contrário, devemos condescender a pessoas carnais da mesma forma como Cristo condescendeu a nós - a fim de estar presente conosco na nossa indocilidade e estupidez.

Jonathan Edwards era pastor puritano nas colônias inglesas da América do Norte no século XVIII. Acompanhou e participou do Grande Despertamento, um grande avivamento que atingiu as colônias norte-americanas, a Inglaterra e outros países, no qual George Whitefield e John Wesley também foram instrumentos. Foi autor e um dos maiores teólogos da sua geração. Este artigo foi traduzido e adaptado da sua obra: Some Thoughts concerning the Present Revival of Religion in New England ("Alguns Pensamentos a Respeito do Atual Avivamento Religioso na Nova Inglaterra").

Arauto da Sua vinda, ano 22, nº 4
http://www.revistaimpacto.com.br/arauto/

terça-feira, 24 de junho de 2008


Adoração em santidade

Deus é Santo e estabeleceu seu trono em santidade, e o seu trono é eterno.
A única adoração que chega no trono e toca o coração de Deus, atraindo a sua presença até nós é a adoração em santidade.

Eu não posso viver na “prática” do pecado e ao mesmo tempo ter uma intimidade, comunhão com o Senhor Jesus que é Santo. Se não houver um quebrantamento e um verdadeiro arrependimento não pode haver uma verdadeira comunhão com Deus.

Deus já fez a sua parte, se entregou, morreu, em nosso lugar, para resgatar a sua noiva (igreja), somos livres, as coisas velhas já se passaram, tudo se fez novo, tudo que fazíamos de errado antes de encontrarmos com o Senhor Jesus, temos que deixar, as coisas passadas que são imundas temos que renunciar, antes éramos trevas, agora somos filhos da luz. (I Cor 5:17).


Sabemos que o único que alcançou o nível máximo de perfeição é somente Jesus, mas a Sua Palavra nos diz para sermos santos como Ele é Santo. Sabe, em Cristo Jesus somos remidos, transformados, Ele é o nosso redentor, a Palavra nos diz: “Porque Dele e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; glória pois a Ele eternamente. Amém. (Rom 11:36), no mundo espiritual nós não conseguimos nada com nossa própria força e mérito, a palavra diz que os nosso atos de justiças é como trapos de imundícias perante o Senhor, e o salmista indaga: Se Tu olhares para as iniqüidades quem subsistira?, mas no verso seguinte diz: mas com Deus está o perdão, aleluias. Antes éramos escravizados pelo pecado, mas Jesus nos libertou, sabe hoje somos livres, o Senhor nos libertou, pois com Ele está o perdão, somente Ele pode nos transformar, precisamos do Senhor.

A escolha é nossa, a única coisa que precisamos fazer é, querer mais do Senhor, mais da sua santidade, precisamos ter o anseio e o desejo de subir o monte, dizermos como o salmista; resplandeça o Teu rosto sobre nós.


Se nós não temos um verdadeiro conhecimento de quem Ele é, se nós não o conhecimento, nada irá acontecer. Muitas pessoas entregaram suas vidas ao Senhor, mas pararam por aí, não buscaram o conhecer, e em conseqüência disso vive uma vida pecaminosa, é uma pessoa morna, pois o Senhor não está no centro de sua vida, e se não buscamos ao Senhor, Ele não poderá nos incendiar, nos transformar.

A palavra nos diz que somos transformados de glória em glória, não é de culto em culto ou de reunião em reunião, mas é de glória em glória. Você sabe porque muitas pessoas não têm força para viver uma vida santa em adoração, adoração em santidade? A maioria das vezes é porque não buscam verdadeiramente a face do Senhor, logo a presença do Senhor não é atraída, impedindo assim uma real transformação. Quando contemplamos a face do Senhor nossa vida nunca mais é a mesma, novamente te digo se não buscamos conhecer ao Senhor, conheceremos muito pouco do seu amor, logo o nosso amor por Ele será muito frio, não teremos nenhuma paixão.

Quando me refiro em conhecer ao Senhor, não é um conhecimento superficial, apenas em nossa mente, mas é um imenso e profundo conhecimento me nosso coração e isso só acontece quando buscamos a sua face. É o amor de Deus que nos atrai, o seu amor gera em nós uma paixão, o seu amor é óleo de alegria, e a alegria do Senhor é a nossa força.

Extraido: http://www.ibatistadafe.hpg.ig.com.br

sábado, 21 de junho de 2008

A mulher samaritana e a fonte da vida


“Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.” (Jo 4.10).

Jesus estava indo para a Galiléia por causa da perseguição dos judeus em Jerusalém. Ele poderia passar pelo caminho do mar ou atravessar o Jordão e fazer a rota normal dos peregrinos que vinham da Galiléia para as festas em Jerusalém. Mas ele escolheu passar por Samaria, o que não era “normal” para qualquer judeu, pois estes odiavam os samaritanos e evitavam encontrá-los. O texto sagrado nos diz que “era-lhe necessário passar por Samaria” (v.4).

O seu amor, sua compaixão e a perfeita obediência ao Pai o fizeram parar em Sicar, junto ao poço de Jacó, enquanto os discípulos iam à cidade comprar comida (alimento para a viagem). João nos diz que ele estava “cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta. Veio uma mulher de Samaria tirar água” (v.6-7).

A Bíblia não nos fala o nome dessa mulher, apenas nos informa a sua procedência e cultura – “de Samaria”. Era quase meio-dia quando esta jovem senhora se encontrou com Jesus. Neste horário, as outras mulheres samaritanas estariam servindo a refeição para os familiares, arrumando a “cozinha”, ou ainda lavando as “louças”. Aquele não era um horário “normal” de se buscar água na fonte de Jacó. Possivelmente, aquela mulher estava evitando olhares maldosos, comentários a seu respeito e confrontos com outras mulheres da cidade.

Ela estava vivenciando o seu sexto relacionamento e não estava casada, como o fizera nas outras cinco vezes... Ela se aproximava da fonte com o seu cântaro, e vinha só... O Senhor Jesus estava ali, assentado junto à fonte, como se a estivesse esperando chegar. Ela se curvou para pegar água e então: “Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.” (v.7). Sabemos que Jesus sempre está à beira do poço de Jacó, esperando mulheres desesperançadas, frustradas e discriminadas, para lhes trazer a verdadeira alegria de viver e para mostrar-lhes a “fonte de vida eterna”.

Havia sobre aquela mulher os mais variados rótulos de discriminação. Ela era apenas uma mulher – e as mulheres eram discriminadas nos cultos, nas festas, nas assembléias. Os discípulos se admiraram de ver Jesus conversando com uma mulher, mas não lhe perguntaram nada sobre o seu diálogo com ela (v.27).

Ela era samaritana. A história dos samaritanos nos mostra que eles eram estrangeiros, vindos de outras terras além do Eufrates. Eles tinham sido enviados pela Assíria para ocuparem as terras dos israelitas derrotados. “O rei da Assíria tomou a Samaria, e levou Israel cativo para a Assíria; e fê-los habitar em Hala e em Habor junto ao rio de Gozã, e nas cidades dos medos [...]” (2Rs 17.6). Esses israelitas, pertencentes às doze tribos do Reino do Norte, Israel, cuja capital era Samaria, nunca mais retornaram à sua terra. E os povos estrangeiros enviados pelo rei da Assíria permaneceram ali, na terra de Israel, na região de Samaria.

Os samaritanos eram “gente de Babilônia, de Cuta, de Ava, de Hamate e Sefarvaim” (2Rs 17.24). E “sucedeu que, no princípio da sua habitação ali, não temeram ao Senhor; e o Senhor mandou entre eles, leões, que mataram a alguns deles”. Eles reclamaram com o rei da Assíria, que lhes mandou um sacerdote de Israel para lhes ensinar a adorar o “Deus da terra”. Este “lhes mostrou como deviam temer ao Senhor”.

“Porém cada nação fez os seus deuses, e os puseram nas casas dos altos que os samaritanos fizeram, cada nação nas cidades, em que habitava. E os de Babilônia fizeram Sucote-Benote; e os de Cuta fizeram Nergal; e os de Hamate fizeram Asima. E os aveus fizeram Nibaz e Tartaque; e os sefarvitas queimavam seus filhos no fogo a Adrameleque, e a Anameleque, deuses de Sefarvaim. Também temiam ao Senhor; e dos mais baixos do povo fizeram sacerdotes dos lugares altos, os quais lhes faziam o ministério nas casas dos lugares altos. Assim temiam ao Senhor, mas também serviam a seus deuses, segundo o costume das nações dentre as quais tinham sido transportados.”

Deste modo, o culto dos samaritanos era sincrético. Uma grande mistura de deuses e rituais diferentes dos judeus. Na reconstrução dos muros de Jerusalém por Neemias, os samaritanos se opuseram e tentaram com estratégias várias vezes impedi-los de cumprir sua missão. O ódio dos judeus pelos samaritanos era visível em suas atitudes. Entretanto, Jesus sabia que aquela mulher estaria naquela hora, naquele lugar específico e ele precisava falar-lhe, mostrar-lhe o caminho da verdadeira fonte, a que dá “água viva” e dá o sentido de viver.

Jesus lhe pediu de beber, assim como Eliézer pediu a Rebeca, no passado (Gn 24)... A mulher se assustou, dizendo: “Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana?”. E o Senhor lhe respondeu: “Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.” (Jo 4.10).

É muito importante que o diálogo de Jesus com esta mulher girasse em torno de “água viva”, “água que comunicasse vida, e trouxesse bênção”, porque, no Antigo Testamento, as mulheres suspeitas de adultério deveriam tomar as “águas amaldiçoantes” dadas pelos sacerdotes (Nm 5.11-31). O texto sagrado nos mostra o que aconteceria com a mulher em adultério: “[...] a água amaldiçoante entrará nela para amargura, e o seu ventre se inchará, e consumirá a sua coxa; e aquela mulher será por maldição no meio do seu povo.” (Nm 5.27).

No seu diálogo, revelando-se como o “messias prometido”, o “filho de Deus”, Jesus não recriminou e desprezou aquela mulher. Ao pedir-lhe para chamar o marido, Jesus sabia que ela estava vivendo ilegalmente com o companheiro, mas ele ofereceu-lhe uma vida nova. Uma nova oportunidade. Um recomeço. Jesus também lhe entregou uma missão: a de anunciar que ele era o Salvador, o “messias”... E ela aceitou o desafio. E se tornou a primeira missionária do Cristianismo, a anunciar entre os samaritanos de sua cidade a “boa-nova” do Evangelho. Ali estava aquele que a perdoara, mostrara o caminho e, ao invés de maldição pelo seu pecado, ele lhe oferecia “água viva” para toda a eternidade.

Por causa do pecado, há tantas mulheres discriminadas... Há tantas que estão indo ao poço de Jacó para buscar uma água que não mata a sede da alma... Há tantas que estão tentando preencher o vazio do coração com relacionamentos, casamentos, prazeres, e coisas mundanas... mas nada disso pode preencher esse vazio, somente Jesus. Somente ele tem a “água viva”. Essa água representa o Espírito Santo que vem habitar em nosso coração e flui em vida abundante.



Pastora Ângela V. Cintra

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Avivamento em Gales

"Este homem foi usado poderosamente por Deus para um grande avivamento que varreu o país de Gales, um pequeno principado das ilhas britânicas em 1904.

Evan Roberts é um exemplo de um seguidor dinâmico do Senhor, encorajando a Igreja a ser uma hospedeira adequada do Espírito Santo.

Um mover verdadeiro de Deus não tem como combustível o dinheiro, a organização ou a propaganda. O avivamento autêntico só vem quando a coluna de fogo, que é a presença de Deus, levanta-se e se move. Tentar organizar, promover ou vender um mover de Deus é profanação na sua forma mais baixa.

Os historiadores relataram que a característica mais surpreendente do avivamento de Gales foi à falta de mercantilismo. Não havia hinários, líderes musicais, comitês, coros, grandes pregadores, ofertas e nem organizações. Contudo, almas foram redimidas, famílias foram curadas e cidades inteiras se converteram numa escala nunca vista antes.

Durante o avivamento de Gales as pessoas iam às reuniões por causa de Deus, não por causa de uma superestrela.

Evan Roberts não permitia que seu nome fosse anunciado com antecedência, para que não houvesse nenhuma expectativa na sua pessoa, mas em Jesus.

F.B.Meyer, um líder cristão maduro e renomado após observar Evan Roberts disse: "Ele não irá à frente do Espírito Santo, mas está desejoso de ficar do lado e permanecer atrás, a menos que esteja perfeitamente seguro de que o Espírito de Deus está se movendo".

Aquele que sabe quando não falar, falará com mais autoridade quando falar.

Em meio ao avivamento, Evan Roberts, esteve em "silêncio" uma semana. Evan não revelou publicamente o que aconteceu nos seus encontros com o Senhor nessa semana, mas todos noticiaram que havia sobre ele uma unção ainda maior. No quinto dia desta semana, Evan anotou quatro princípios simples aos quais ele tinha que se devotar:

1. Preciso tomar muito cuidado, primeiramente, em fazer tudo aquilo que Deus diz-comanda - e somente aquilo. Moisés se perdeu aqui - ele bateu na rocha.

2. Segundo, levar todos os assuntos, mesmo os insignificantes a Deus na oração. Josué se perdeu aqui: ele fez uma aliança com os gibeonitas que fingiram que moravam numa terra distante, enquanto estavam morando bem perto.

3. Terceiro, obedecer ao Espírito Santo.

4. Quarto, dar toda glória a Ele.

A seguinte oração de Evan que foi registrada captura sucintamente a ênfase central e a devoção dos evangelistas do avivamento:

"Senhor Jesus, ajuda-nos agora através do Espírito Santo a estarmos face a face com a Cruz. Qualquer que seja o impedimento, nós nos comprometermos a Te servir. Coloca todos nós debaixo do Sangue. Ó, Senhor, coloca o Sangue sobre todo nosso passado até este momento. Nós Te damos graças pelo Sangue. No nome de Jesus Cristo, amarra o diabo neste momento. Apontamos para a Cruz de Cristo. É a nossa Cruz e tomamos posse na Sua conquista. Revela a Cruz através do nome de Jesus. Ó, abre os Céus! Desce sobre nós agora. Despedaça os nossos corações, dá-nos tal visão do Calvário que nossos corações sejam quebrantados. Ó, Senhor, desce agora, abre os nossos corações para recebermos o coração que sangrou por nós. Se tivermos que ser feitos de bobos - torna-nos bobos por Ti. Toma-nos, espírito, alma e corpo. Somos Teus. Tu nos comprastes.

Revela a Cruz por Jesus - a Cruz que vence o mundo. Coloca-nos sob o Sangue. Livra-nos de pensarmos no que os outros falam de nós. Ó, fala - fala - fala Senhor Jesus. Tuas palavras são verdadeiramente vinho. Ó revela a Cruz, amado Jesus - a Cruz na sua glória.

Reina em todos os corações por Jesus, ajuda-nos a ver o Salvador agonizante. Capacita-nos a vê-Lo conquistando os exércitos das trevas. Declara a vitória pelo Teu filho, Senhor, agora. Ele é digno de ter a vitória. Tu és o Deus todo-poderoso. Ó declara a vitória! Daremos toda glória ao Teu nome. Ninguém tem mais direito a glória do que Tu. Toma-a, Senhor. Glorifica o teu Filho nesta reunião. Ó, Espírito Santo - faze a Tua obra através de nós e em nós agora. Fala a Tua palavra com poder, por causa do Teu nome. Amém - e amém!".

Extraído do Livro "O mundo em Chamas"

Que Deus nos abençoe
Rick Joyner
http://www.morningstarminitries.org

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Estabelecendo prioridades


Quando nós seguimos a liderança do Espírito Santo, Ele nos ajuda a organizar nossas prioridades. Uma prioridade é algo que toma lugar de outras coisas em nossa vida. Nossa prioridade pode ser qualquer coisa que ocupe o primeiro lugar em nossos pensamentos ou em nossa agenda (como planejamos nosso tempo). Mesmo sem planejar nós temos prioridades. Por este motivo, é muito importante que estabeleçamos as prioridades corretas.

Eu acredito que uma das razões das pessoas perderem a paz não conseguindo alcançar o que desejam por perderem o foco de suas prioridades. A Bíblia diz que somos feitos para ter uma vida valorosa e correta, com propósito e não como néscios ou insensatos, mas como os sábios (pessoas sensíveis e inteligentes), fazendo o melhor do seu tempo (remindo o tempo), porque os dias são maus. (Efésios 5:15, 16).

Podemos investir nosso tempo e nossa atenção em muitas escolhas. Sem prioridades claras podemos ficar paralisados na indecisão. Algumas decisões são mais fáceis de tomar, pois, por serem coisas ruins já sabemos que temos que evitar.

De qualquer forma, algumas vezes teremos que optar entre duas coisas boas, e nestes casos temos que aprender a estar em oração para tomar a melhor decisão. Temos que ter cuidado para não sermos influenciados a fazer simplesmente o que todos estão fazendo. Temos que fazer o que Deus particularmente tem nos direcionado.

Perder o foco das prioridades vai nos roubar a paz e o deleite. Para estabelecer nossas prioridades, é importante lembrar que as mesmas coisas que eram importantes pra Jesus devem ser importantes pra nós. Se alguma coisa tinha grande prioridade pra Ele, isso também tem que ter prioridade pra nós. A paz começa quando mantemos nossas prioridades organizadas por todo o tempo. Dedicar a Deus os primeiros momentos de nossa manhã nos ajuda a manter as prioridades durante todo o dia. Quando aprendermos a fazer isso, vamos desfrutar melhor os nossos dias.

Precisamos ser honestos com nós mesmos em relação ao que realmente é prioridade. Temos que colocar Deus em primeiro lugar em todas as áreas e se Ele não estiver em primeiro lugar, temos que fazer algumas mudanças. Nosso Pai Celeste promete que quando colocamos o Senhor em primeiro lugar buscando-o para fazermos tudo da forma que Ele quer, teremos grande sucesso.

Então, o que é importante pra Deus? Quais são as coisas que Ele sabe que nos ajudarão a viver uma vida de vitória? Busque o Senhor para que Ele te mostre quais devem ser suas prioridades. Peça a Ele para te ajudar a organizar suas necessidades – e então todas as coisas que são importantes pra Ele serão as mais importantes pra você!

Nós amamos você!

Que Deus nos abençoe
Joyce Meyer
www.joycemeyer.org

terça-feira, 17 de junho de 2008

O supremo valor da adoração

Adoração estabelece um tempo para focar em Deus
Isto não significa se preocupar se nossa adoração é silenciosa ou exuberante, sonoramente atual ou tradicional; muitas vezes, as pessoas reagem ao serem atraídas para um lugar especial para eles e para Deus. Vemos isso nas lágrimas de recém-convertidos, na tranqüilidade dos jovens e nos olhares absortos de pessoas concentradas em Jesus. Vemos também nos gestos de amor e no encontro dos olhares das pessoas normalmente reservadas. Canções simples cantadas por corações sinceros preparam o ambiente para a visita de Jesus, e Sua presença traz o sopro quente da primavera para corações cativos por várias formas de inverno.Adoração viva nos atrai para Deus.

Adoração cria um espaço para a comunhão com Deus

Para mim, isto é um valor supremo da adoração: criar um espaço na vida para comunhão e relacionamento verdadeiros com Deus. Abrimos nossos corações a Deus de forma transparente e sem defesas, e Ele se apresenta entre nós de maneiras diferentes, algumas vezes de modo bastante palpável. Ele continua o trabalho de consertar as coisas em nossos corações, e assim, conforme direcionamos nossa visão a ele, somos transformados.

Enquanto não passo conscientemente por esses passos todo domingo de manhã, algo assim invariavelmente acontece comigo: depois de esvaziar minha mente das ocupações cotidianas, de repente percebo a música (depois de rir do novo chapéu do baixista) e sou levado à alegria: lembrando de Deus, do Seu amor, das minhas necessidades, recebendo suas respostas, cantando com o coração, cantando no espírito, despertando para Ele — vivo novamente para a comunhão com Deus.Adoração viva nos desperta para Deus.

Adoração nos prepara para o compromisso com Deus

Outro valor que emana de um período de adoração viva é a sua capacidade de extrair de nossa alma laços mais profundos. Athanasius (293-373) ensinou que o louvor tem a maravilhosa habilidade de focar todas as partes da alma numa única direção, de ordenar nossos desejos contraditórios. Ele diz: “Como na música o dedilhar é usado para fazer soar a corda, a alma deve, através da música, se tornar um instrumento totalmente devotado ao Espírito; de forma que todos os membros e emoções reajam perfeitamente à vontade de Deus”.Adoração viva nos prepara para um compromisso mais profundo com Deus.

Adoração nos dá a oportunidade de sermos curados por Deus

Adoração nos ajuda a obter cura. Martinho Lutero (1483-1546) escreveu: “Eu seguramente acredito, sem vergonha de afirmar, que depois da teologia nenhuma arte se compara à música; é a única arte, com exceção da teologia, capaz de dar uma mente tranqüila e feliz. Isto é notoriamente provado pelo fato de que o demônio, autor da depressão e outros distúrbios, quase foge do som da música como da teologia”. Em outras palavras, ele diz que a música é um dom de Deus que afasta o demônio e deixa as pessoas felizes.Adoração viva nos cura,de dentro para fora.

Adoração provê um lugar onde podemos ser transformados por Deus
William Temple, arcebispo de Canterbury de 1942 até sua morte em 1944, capturou muitos desses benefícios na bela descrição da adoração em seu livro, “Hope of a new world” (Esperança de um novo mundo). Ele também confirmou a importância da experiência da adoração na nossa transformação na imagem de Jesus: “Adorar é despertar a consciência pela santidade de Deus, abrir o coração para amá-lo, para dedicar nossa vontade para o propósito de Deus”. Adoração viva nos transforma progressivamente à imagem de Cristo.

Ao seu alcance

Sob a luz da sabedoria das vozes mais experientes, e sob a luz da minha própria experiência, penso que é quase impossível superestimar a importância da adoração para a alma. Precisamos disto para sobreviver espiritualmente; precisamos disto de modo a nos tornar o que Deus quer que sejamos. Cada comunidade de cristãos deve trabalhar de todo coração e entendimento, para encontrar o vivo caminho que trabalha a nosso favor. É uma tragédia de primeira grandeza que muitas igrejas tenham “adormecido para a adoração”, com crentes pensando ter adorado quando mal arranharam a superfície.

Ausência de uma experiência real de adoração, e seu conseqüente desapontamento, pode nos afastar de uma verdadeira comunhão que está mais próxima do que podemos imaginar. A adoração viva está ao alcance de todos nós. Agradeço a Deus por ter ouvido meu clamor e permitir que nossa igreja local desenvolvesse uma estrutura de adoração que nos possibilita encontrar com Ele num caminho real. Descobrir um estilo que funciona na sua congregação é mais importante que qualquer tradição, e certamente mais importante do que a pequena quantidade de tempo muitas vezes destinada a isso.

Há um lugar chamado “a terra dos viventes”. É um lugar de adoração viva para todos, e para toda igreja local. Eu os aconselho a não descansar até que tenham experimentado o supremo valor da adoração.

Peter Fitch é pastor da Vineyard Canadá, acadêmico e escritor baseado na Universidade de St. Stephen, em New Brunswick. É casado com Mary Ellen.



Que Deus nos abençoe
Peter Fitch
http://www.vineyardmusic.com.br

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Curiosidades sobre a Bíblia


  • O nome "Bíblia" vem do grego "Biblos", nome da casca de um papiro do século XI a.C.. Os primeiros a usar a palavra "Bíblia" para designar as Escrituras Sagradas foram os discípulos do Cristo, no século II d.C.
  • A Bíblia se divide em duas partes: Antigo Testamento e Novo Testamento. Tem 66 livros, sendo 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento.
  • A Bíblia inteira foi escrita num período que abrange cerca de 1600 anos.
  • É uma obra de cerca de 40 autores, das mais variadas profissões: de humildes agricultores, pescadores até renomados reis.
  • O Antigo Testamento foi escrito em hebraico, com exceção de algumas passagens em Esdras, Jeremias e Daniel que foram escritas em aramaico.
  • O Novo Testamento foi escrito em grego.
  • A divisão em capítulos foi introduzida pelo professor universitário parisiense Stephen Langton, em 1227, que viria a ser eleito bispo de Cantuária pouco tempo depois. A divisão em versículos foi introduzida em 1551, pelo impressor parisiense Robert Stephanus. Ambas as divisões tinham por objetivo facilitar a consulta e as citações bíblicas, e foi aceita por todos, incluindo os judeus.
  • A Bíblia contém 31.000 versículos e 1.189 capítulos. Para sua leitura completa, são necessárias 49 horas, a saber, 38 horas para a leitura do Velho Testamento e 11 horas para a do Novo Testamento. Para lê-la audivelmente, em velocidade normal de fala, são necessárias cerca de 71 horas. Se você deseja lê-la em 1 ano, deve ler apenas 4 capítulos por dia.
  • Ester 8:9 é o maior versículo da Bíblia.
  • O Salmo 119 é o mais longo da Bíblia, é um acróstico. Os 176 versículos acham-se divididos em 22 seções de oito versos cada uma, correspondendo a cada uma das letras do alfabeto hebraico.
  • Salmo 117 é o capítulo mais curto da Bíblia
  • Salmo 118 é o capítulo que está no centro da Bíblia. Há 594 capítulos antes e depois do Salmo 118.
  • O segundo capítulo de Esdras é semelhante ao sétimo capítulo de Neemias.
  • O único livro do Velho Testamento que tem apenas um capítulo é o livro de Obadias.
  • O Salmo 14 é igual ao Salmo 53.
  • A Bíblia foi a primeira obra impressa por Gutemberg, em seu recém inventado prelo manual, que dispensava as cópias manuscritas.
  • A menor Bíblia existente foi impressa na Inglaterra e pesa somente 20 gramas. Este fabuloso exemplar da Bíblia mede 4,5 cm de comprimento, 3 cm de largura e 2 cm de espessura. Apesar de ser tão pequenina, contém 878 páginas, possui uma série de gravuras ilustrativas e pode ser lida com o auxílio de uma lente.
  • A maior Bíblia que se conhece, contém 8.048 páginas, pesa 547 quilos e tem 2,5 metros de espessura. Foi confeccionada por um marceneiro de Los Angeles, durante dois anos de trabalho ininterrupto. Cada página é uma delgada tábua de 1 metro de altura, em cuja superfície estão gravados os textos.
  • A primeira tradução completa da Bíblia para o inglês foi feita por Wycliffe, em 1380.
  • Martinho Lutero foi o primeiro tradutor da Bíblia para a língua do povo alemão.
  • Na biblioteca da Universidade de Gottingen, Alemanha, existe uma Bíblia que foi escrita em 470 folhas de palmeira.
  • O Livro mais antigo da Bíblia não é o Gênesis, mas Jó. Acredita-se que foi escrito por Moisés, quando esteve no deserto.
  • O primeiro Salmo encontra-se em II Samuel 1:19-27, uma elegia de Davi em memória de Saul e seu filho Jônatas.
  • No livro de Ester e no livro de Cantares não se encontra a palavra Deus.
  • O Antigo Testamento termina com uma maldição, e o Novo Testamento termina com uma benção.
  • O livro de Isaías assemelha-se a uma pequena Bíblia: contém 66 capítulos; os primeiros 39 falam da história passada, e os 27 restantes apresentam promessas do futuro.
  • Dos quatro evangelistas, só dois andaram com Jesus; Marcos e Lucas não foram seus discípulos.
  • Todos os versos do Salmo 136 terminam com o mesmo estribilho: "Porque a Sua misericórdia dura para sempre”.
  • Judas foi o único dos doze apóstolos que não era Galileu.
  • João era o discípulo mais jovem dos doze.
  • Os versículos 8, 15, 21 e 31 do Salmo 107 são iguais.
  • Matusalém, o homem mais velho da Bíblia, morreu antes de seu pai, Enoque, que ascendeu ao Céu.
  • Ló era o pai de Moabe e Bem-ami, e também o avô dos dois porque "as duas filhas de Ló conceberam do próprio pai". (Gen. 19:36-38)
  • 42 mil pessoas perderam a sua vida por não saberem pronunciar a palavra Shiboleth. (Juízes 12:5, 6)
  • Além de Jesus, Elias e Moisés foram os únicos homens que jejuaram 40 dias e 40 noites. (I Reis 19:8 e Dt. 9:9)
  • A arca de Noé tinha três andares. (Gên. 6:16).
  • Em Gate houve um homem de grande estatura, que tinha 6 dedos em cada mão e em cada pé. (II Samuel 21.20)
  • Tiago, filho de Zebedeu, foi o primeiro dos apóstolos a morrer por sua fé. Foi decapitado à espada por ordem do rei Herodes Agripa I, por volta do ano 44 de nossa era.
  • O nome mais cumprido e estranho de toda a bíblia é Maer-Salal-Has-baz, filho de Isaías.
  • As 2 únicas mulheres cujo a Bíblia cita as idades é Sara, esposa de Abraão, veja Gn.23.1 e a profetisa Ana, veja Lc.2.36,37.
  • O nome de personagem bíblico que mais aparece na Bíblia é o de Davi, que aparece cerca de 1105 vezes.
  • A Bíblia registra 8000 vezes a palavra Deus e 177 a palavra diabo.
  • A paternidade de Deus aparece 189 vezes no Evangelho, sendo 44 vezes no Evangelho de Mateus, 4 vezes no Evangelho de Marcos, 17 vezes no Evangelho de Lucas e 124 vezes no Evangelho de João.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Deus quer mais desta geração



Deus quer mais dessa geração m João 2, versos 13 a 17, lemos acerca do episódio de Jesus entrando no Templo e expulsando os cambistas que faziam do local um lugar de comércio. Como ressalta o texto, era a época da páscoa. Segundo a tradição e a Lei, os sacrifícios deveriam ser oferecidos no Templo. Mas não poderia ser qualquer sacrifício, qualquer animal. Havia regras e procedimentos a serem observados, todos eles estabelecidos pela Lei. Diz o livro de Levíticos que o animal deveria ser sem defeito(veja Levíticos 3:1). E para cada tipo de sacrifício, uma lei específica. E caberia ao sacerdote, ao povo, trazer de casa o melhor dos animais para o altar, algo que custasse sacrifício, cuidado, zelo, sangue. Eram necessários também, além da consagração, o tempo e a dedicação para preparar um animal "em holocausto e cheiro suave ao Senhor".

Contudo, não era o que estava acontecendo quando Jesus esteve no Templo. Por detrás da venda e do comércio dos animais, estava a venda e comércio de sacrifícios ao Senhor. O caminho estava sendo encurtado. O preço não estava sendo pago. Davi disse certa vez: "Não oferecerei ao Senhor meu Deus holocaustos que não me custem nada"(veja II Sm.24:24). Quando Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os cambistas, no mundo espiritual Ele estava derrubando e demolindo as fórmulas.

O que acontece também hoje? Muitas vezes vamos aos cultos e esperamos encontrar na igreja o que há muito deveria estar na nossa casa, no nosso íntimo com Deus, no nosso lugar secreto. Até um tempo atrás, era comum ter uma lista de músicas para louvar e adorar ao Senhor. Nada de errado com isso, claro. Porém, algo começou a acontecer quando isso se tornou uma metodologia, uma fórmula. Há algo que também tem acontecido no nosso meio: é a chamada "adoração extravagante". Isso também está se tornando uma fórmula. As músicas de louvor e adoração, idem. E quando começamos a usar nossas fórmulas, o Espírito Santo passa então a procurar alguém que esteja disposto a ouvi-lo e a obedecê-lo. Quando não encontra, ele se assenta e assisti, procurando alguém que esteja disposto a dar a ele algo de valor: sua vida.

É tempo de acordar. É tempo de largar os novos métodos de adoração e começar a ouvir o Espírito Santo, que diz: "Eu quero você por inteiro". Está mais que na hora de pagarmos um preço por Sua presença e pelo avivamento. E pagar por isso custa caro. Você está disposto a abrir mão do que for preciso? Porque o Evangelho nada mais é do que renúncia. "Negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me" foi o que disse Jesus. O Espírito está gritando nesses dias: "É tempo de voltar". A nossa caminhada com Deus não pára. Sempre haverá algo novo a ser revelado sobre Sua pessoa.

Deus quer mais dessa geração. Ele quer mais de você e de mim. Daremos a Ele algo que não nos custe nada? Sempre haverá um preço a pagar. Até que ponto estamos dispostos a isso? Lembre-se: sem sacrifício não há fogo. E sem fogo não há glória. Que nos restará, então?



Deus abençoe
Nívea Soares
http://www.niveasorares.com
contato@niveasoares.com

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Reverência na Adoração


Desde que comecei a escrever artigos sobre adoração venho comentando alguns itens indispensáveis para o ato da adoração. Este texto discutirá dois deles: a reverência e o temor. Todos devemos compreender que sem reverência não poderemos adorar a Deus, e não poderemos agrada-lo. Não é por acaso que alguns autores declaram que a adoração nasce do temor a Deus.

A reverência dos escribas

Vou dar um exemplo de reverência. Estou certo de que todos já ouviram falar ou já leram algo sobre os escribas (ou copistas) na Bíblia. Na cultura hebraica, os escribas eram aqueles que escreviam as leis. Eram eles que passavam os textos ditados e ouvidos para o papel. Bem, todos aqueles que estudarem um pouco mais a fundo o trabalho dos escribas saberão que eles tinham uma forma toda especial de escrever o nome de Deus (Jeová). Cada vez que eles ouviam o nome Jeová, eles pegavam outra pena (a caneta da época), escreviam o nome de Deus e depois quebravam a pena para que ela nunca mais fosse utilizada. Alguns dizem que essas penas eram revestidas de ouro. Que interessante, não? Caro irmão, essa atitude dos escribas expõe claramente a reverência e o temor que eles tinham em relação a Deus. A nossa reverência

Depois de ter lido muitos textos bíblicos sobre reverência (inclusive a visão de Isaías no capítulo 6 de seu livro) me pus a questionar: Será que nós, que fazemos parte da Igreja de Cristo, estamos tendo reverência ao Deus todo poderoso? O que será que Deus está achando de nossa adoração, de nossos cultos? Será que o Senhor da glória está vendo em nós aquela sementinha de temor e reverência a Ele? Qual é a atitude e a motivação do nosso coração quando nos chegamos a Deus para adora-lo? Caro irmão, há alguns comentários que desejo realizar.

Comentários importantes...

Primeiramente, o pecado não deve se tornar o "pecado nosso de cada dia". Quando nossas transgressões tornam-se "normais", "banais" e corriqueiras estamos caminhando contra a vontade de Deus. Sem aquela busca incessante pela santidade não poderemos ser verdadeiros adoradores, porquanto nosso pecado cheira mal diante do Santíssimo Pai. O pecado do homem é um desrespeito a Deus!

Mas vamos adiante. Ás vezes tratamos a Deus muito mal. Nossos próprios cultos (que deveriam ser totalmente para Ele) acabam se tornando momentos de lazer, de relaxamento, de petições e reclamações sem fim. Nossa adoração se torna antropocêntrica, com músicas gostosas, pregações bonitas e agradáveis, quando deveríamos mostrar reverência a Deus, com nosso coração dizendo: como Deus é grandioso, como é majestoso, Santo, Santo, Santo...

Às vezes a presença do Convidado principal da noite é ignorada. Em muitas ocasiões, participamos dos cultos apenas "de corpo presente". Em outras situações, participamos em "espírito, alma e corpo", mas preferimos colocar a conversa em dia com irmão ao lado, reclamar da pregação que está muito longa ou dar uma voltinha lá atrás da igreja para esticar as pernas. Caros irmãos, muitas vezes estamos sendo irreverentes e insensíveis sem percebermos!

Não posso deixar de falar sobre os "pedintes espirituais". Faço isso porque é assim que muitas pessoas têm se portado em sua vida de adoração, achando que Deus é apenas uma muleta ou um "pronto-socorro" melhorado. Obviamente todos sabemos que Deus é refúgio, que Deus responde às orações e que Ele tem muitas bênçãos a dar, mas se tratarmos a Deus somente como alguém disposto a nos conceder a "benção", estaremos sendo cegos insensíveis. É como se disséssemos aos nossos pais naturais: "não estamos preocupados com você, só queremos as chaves do teu carro para que possamos dar uma voltinha!". Que duro para um pai ter que ouvir isso, não é? Mas às vezes é assim que temos nos portado diante do Pai celeste, como "pedintes espirituais". Deus é muito mais do que podemos imaginar! Ele merece toda gratidão, louvor, reverência etc. Lembre-se disso da próxima vez que você for entrar na presença de Deus em adoração. Sempre que estiver se dirigindo ao culto congregacional tente imaginar a grandeza e a majestade de Deus, e com certeza a sua adoração será diferente!

Conclusão

Querido irmão, sei que ainda temos muito a debater sobre a reverência na adoração e nos cultos da congregação. Nos próximos artigos estarei falando sobre isso mais profundamente. Mas espero que este texto tenha plantado uma sementinha em teu coração. Uma semente que lhe trará a consciência de que o Deus a quem estamos servindo é muito mais do que podemos imaginar! A Ele seja todo o temor, reverência, admiração, respeito... pelos séculos dos séculos!

Fonte: http://www.ramontessmann.com.br

domingo, 8 de junho de 2008

Quando o manto não rasga...




DISSE SAMUEL A SAUL: ENVIOU-ME O SENHOR A UNGIR-TE REI SOBRE O SEU POVO, ATENTA AGORA ÀS PALAVRAS DO SENHOR: VAI AGORA, FERE AMALEQUE E DESTRÓI TUDO O QUE TIVER...E SAUL FERIU OS AMALEQUITAS, MAS TOMOU VIVO A AGUAGUE, REI DOS AMALEQUITAS, E POUPOU O MELHOR DAS OVELHAS, DOS BOIS...ENTÃO VEIO A PALAVRA DO SENHOR A SAMUEL, DIZENDO: ARREPENDO-ME DE HAVER CONSTITUÍDO SAUL REI, PORQUANTO DEIXOU DE ME SEGUIR E NÃO EXECUTOU MINHAS PALAVRAS...PORÉM SAMUEL DISSE A SAUL: NÃO TORNAREI CONTIGO (PARA ADORAR O SENHOR...); VISTO QUE REJEITASTE A PALAVRA DO SENHOR, JÁ ELE TE REJEITOU A TI, PARA QUE NÃO SEJAS REI SOBRE ISRAEL. VIRANDO-SE SAMUEL PARA SE IR, SAUL O SEGUROU PELA ORLA DO MANTO, E ESTE SE RASGOU. (1 SAMUEL 15)

VEIO POR TRÁS DELE E LHE TOCOU NA ORLA DA VESTE, E LOGO SE LHE ESTANCOU A HEMORRAGIA. ... CONTUDO JESUS INSISTIU: ALGUÉM ME TOCOU, PORQUE SENTI QUE DE MIM SAIU PODER. (LUCAS 8.44 e 46)

O Espírito Santo me levou a pensar, através dessas duas passagens, em algumas verdades de Cristo. Uma delas é a respeito da verdadeira adoração e do fato de que, se existe a verdadeira, existe a falsa também. Outra, é a nossa capacidade, enquanto escolhidos de Deus, de nos agarrar ao engano e amá-lo. Nos apegamos ao engano e insistimos em não quebrantar nosso espírito para receber o tratamento do Espírito Santo.

Deus havia, por meio do profeta Samuel, dado ordens a Saul para que riscasse do mapa os Amalequitas e nada poupasse. Se voltarmos mais na Bíblia, mais precisamente no livro de Êxodo, veremos que esse povo (amalequitas) se voltou contra o povo de Deus recém saído do Egito. O Senhor acabou prometendo profeticamente o fim de sua existência. Pois esse momento havia chegado, naquela hora e, através de Saul, devia cumprir-se. Mas Saul não obedeceu. Não conseguiu "ler" em seu espírito a vontade do Pai, somando mais um ato desagradável a sua vida com Deus. Saul tentou cumprir o propósito de Deus segundo sua própria vontade, poupando aquilo que Deus mandara exterminar, preservando o rei Aguague e sutilmente fazendo prevalecer suas vontades humanas, carnais.

Sei que isso não é nenhuma novidade para nós hoje, pois além dos exemplos bíblicos, estamos rodeados desse modo de se relacionar com Deus. Vemos tantos querendo O adorar e servir, mas sempre do seus modos humanos. Inventamos estratégias, moveres e acabamos nos enchendo de nós mesmos, com o objetivo de cumprir os objetivos de Deus... Saul disse a Samuel que viesse com ele, para que ambos adorassem diante do povo. Ele se preocupava com sua imagem e reputação de rei, e não com sua constituição de adorador diante do Pai. Essa falsa adoração fez a orla do "presumido" manto de Deus, tipificado em Samuel, se rasgar. Não era a adoração verdadeira.

A adoração verdadeira tem muito mais a ver com desespero e com jogar toda reputação e dignidade, diante dos homens, para longe. Tem mais a ver com o que diz o Salmo 62: "derramai perante Ele seu coração...". Aquela mulher, enferma há anos, nada tinha a perder! Se arrastou em meio a uma multidão e agarrou no manto de Jesus. Ao invés de se rasgar, dele saiu poder!!!! Quando estamos vazios de nós mesmos, começamos a entender o caminho para a sala do trono.

Estamos tão ocupados "servindo" a Deus com orações intercessórias, ofertas generosas, cultos bem programados, missões, administração eclesiástica, conferências e convenções, estratégias de evangelismo emocional, que estamos perdendo o que Ele está dizendo. Será que não perdemos a simplicidade de ouvir Sua voz e tremer diante de Sua Palavra??? "Louvamos", depois "adoramos" (a propósito, se vc não sabe a diferença, temos visto da seguinte forma: o louvor são as músicas rápidas e a adoração as lentas...). Depois fazemos anúncios, ofertas, apelo e, dependendo do lugar, até impomos as mãos para ver alguns caírem. Mas temos visto Deus ficar de fora de tudo, e perdemos a chance de sairmos transformados de maneira real, através Dele!!!! Ele pode fazer em um segundo o que tentamos há anos! Deus observa nossa "plenitude de requisitos ministeriais", enquanto seguimos nossos caminhos. Ainda creio firmemente que a palavra chave para a verdadeira adoração é arrependimento. Quando isso tocar os corações veremos uma igreja unida, humilde, e não insegura, que busca auxílio em políticos e se prostitui empresarialmente por almas. O verdadeiro amor pelas almas é mostrar o verdadeiro caminho do arrependimento e da obediência: a cruz.

Deus abençoe
Gustavo Adolfo
www.vidanovamusic.com
gustavodent@brturbo.com

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Estou louvando com clareza?



Em um estudo anterior eu comentei sobre os ritmos musicais que utilizamos para louvar a Deus. Apesar de eu mostrar que os gostos musicais estão relacionados com o lugar onde nascemos e crescemos (cultura), defendo veementemente a clareza que nós, como levitas, devemos ter em nossos cânticos.

A questão da clareza dos cânticos que entoamos nas comunidades tem sido um assunto polêmico, como muitos outros. Eu vou tentar através de alguns tópicos, esclarecer melhor estes temas para que os irmãos venham a ter um maior entendimento sobre assuntos muitas vezes não são encontrados nas Escrituras.

Bem, muita gente têm questionado sobre a clareza de estilos musicais como o Heavy Metal o Rock pesado, etc, e eu muitas vezes assim o faço. É difícil imaginar que alguém consiga louvar a Deus num ambiente tão barulhento, bagunçado e infelizmente em alguns casos violentos. Muitas igrejas têm se transformadas em casas de shows que se assemelham em muito com às do mundo. Isto sem contar o volume da música e às vezes a qualidade instrumental e qualidade dos músicos que é muito baixa.

Bem, se alguém, ao ler este estudo, achar que estou sendo duro demais ou tendo a "mente fechada", te convido a irmos às Escrituras Sagradas. A Bíblia relata que quando Moisés descia do monte com as tábuas da lei, ele e Josué ouviram um cântico que criou confusão, e que trouxe dúvidas ao próprio Josué. Ele não conseguiu compreender o cântico naquele momento: "Ouvindo Josué a voz do povo que gritava, disse Moisés: há um alarido de guerra no arraial. Respondeu-lhe Moisés: Não é alarido dos vencedores nem alarido dos vencidos, mas alarido dos que cantam é o que ouço. Logo que se aproximou do arraial, viu ele o bezerro e as danças; então, acendendo-se-lhe a ira, arrojou das mão as tábuas e quebrou-as ao pé do monte..."

Sabe o que foi que aconteceu nesta história? Moisés não conseguiu discernir o que era aquela algazarra, por causa do barulho e da bagunça que estava acontecendo. Eles só conseguiram entender quando se aproximaram do arraial. Moisés não poderia dizer se aquilo era louvor a Deus ou não. Eu te pergunto: Será que isto está acontecendo em nossos dias? Querido irmão, poderia a Bíblia ser mais clara?

Se você deseja louvar a Deus ou evangelizar um público não cristão, pelo menos use a tua música com clareza para atingir o teu propósito. Certa vez, um irmão me disse: "Nós também podemos nos divertir depois que aceitamos Jesus". Concordo, mas cantar músicas em ritmo pesado com a finalidade de buscar diversão não é louvar a Deus, na verdade você estará atrás de prazeres para você mesmo! E acredite, você não estará evangelizado se a mensagem da música que você estiver cantando não for clara. Ninguém dará ouvidos à música e sim às batidas da bateria, aos solos e aos gritos do vocalista.

Como eu sempre digo: "tudo nos é lícito, mas nem tudo nos convém". Todos os ritmos estão disponíveis a nós, mas nem todos nos ajudarão a evangelizar ou a criar um ambiente de louvor a Deus. Temos liberdade para utilizarmos todos os ritmos, mas nem todos serão apropriados para determinadas ocasiões. É neste ponto que os levitas devem ter sabedoria para ouvir a voz de Deus e pedir direção a Ele.

Autor: Ramon Tessmann

quinta-feira, 5 de junho de 2008

STF aprovou pesquisas com células-tronco embrionárias. E agora?



Ontem e hoje, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) se reuniram para definir o indefinível, cientificamente: em que momento começa a vida. Não conseguiram, é claro, estabelecer exatamente a origem da vida humana.

Mas, ao final, chegaram ao consenso de que os embriões, nos primeiros dias, não têm status de "pessoa". E, por isso, decidiram que as pesquisas com células-tronco embrionárias não são inconstitucionais.O STF aprovou, sem restrições, a continuidade das aludidas pesquisas no País. Mas o presidente do Supremo, Gilmar Mendes, o último a apresentar sua decisão e votar a favor das pesquisas, disse que há necessidade de uma análise por parte do comitê ligado ao Ministério da Saúde.

Eles julgaram uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contrária às pesquisas, em direito à vida. Depois de um debate acalorado sobre a interpretação dos votos e as restrições sugeridas pelos ministros, o presidente encerrou a sessão, anunciando um placar de seis votos pela improcedência da ação. Mas houve cinco votos com ressalvas, em maior ou menor grau, às pesquisas.
As ressalvas feitas pelos cinco ministros (de um total de onze) estimularão, com certeza, um debate no Congresso, haja vista ser a questão em apreço extremamente sensível, relacionada com a vida e com a dignidade humana.

Para muitos, a decisão do STF foi uma vitória da vida, atendendo à expectativa de milhares de pacientes que têm esperança de cura para as suas doenças. Segundo eles, as pesquisas de células-tronco trarão respostas para doenças que não têm tratamento hoje.


Mas, o que a Bíblia diz a respeito? Em Salmos 11.3, está escrito: "... os fundamentos se transtornam. Que pode fazer o justo?" Como os crentes em Jesus Cristo, através da bancada evangélica, em Brasília, devem se posiocionar quanto a esse assunto? Em primeiro lugar, todos nós devemos ter um conhecimento mínimo acerca das células-tronco, à luz da Palavra de Deus e da ciência. E é esse o objetivo dessa postagem: informar o povo de Deus sobre o assunto, ainda que de maneira sucinta.


O que são células-tronco?As células, de maneira geral, são as unidades estruturais e funcionais dos organismos vivos. Uma célula representa a menor porção de matéria viva dotada da capacidade de auto-duplicação independente. Depois da fecundação, o ovo se divide em duas partes, de duas em quatro, de quatro em oito e assim sucessivamente até atingir a fase de algumas centenas de células com o poder de se diferenciarem em qualquer tecido.

No entanto, em determinado momento, “elas recebem uma ordem”, e umas se diferenciam em fígado, outras em ossos, sangue ou músculo, etc.

Daí em diante, todas as suas descendentes, de acordo com essa mesma ordem, continuarão diferenciadas: a célula do fígado só vai dar origem a células do fígado; a do sangue, só a células do sangue...As células-tronco são células mestras, capazes de se multiplicarem e se diferenciarem nos mais variados tecidos do corpo humano (sangue, ossos, nervos, músculos, etc.).

No momento da fecundação, como já vimos, começam as primeiras divisões celulares e surgem as células-tronco, que dão origem a todos os tecidos do corpo. Estas células existem até quando o embrião atinge 32 a 64 células.

Células-tronco adultas são encontradas em vários tecidos humanos, em pequenas quantidades, no cordão umbilical, na placenta e na medula óssea. As células-tronco embrionárias — cobiçadas por terem múltipla capacidade de diferenciação — são obtidas a partir de um óvulo fecundado (geralmente, descartado em uma clínica de fertilidade), e precisam ser colhidas até a divisão em 64 células, o que leva no máximo cinco dias.


O que a ciência diz sobre as células-tronco embrionárias?Os cientistas, em sua maioria, dizem que, se for constatada a morte cerebral de alguém, pode-se — se a família estiver de acordo — retirar dele o coração e outros órgãos para transplantá-los numa pessoa que precise. A sociedade não só aceita esse ato da medicina como o considera louvável.


Qual é o princípio que orienta tal procedimento? A ausência de funcionamento do sistema nervoso. Esse princípio, segundo a ciência, deveria se aplicar à manipulação de embriões, uma vez que não existe neles o menor esboço de sistema nervoso central.Os pesquisadores também afirmam que não tem lógica considerar que um óvulo fecundado por um espermatozóide num tubo de ensaio, depois de três ou quatro divisões, é uma vida com o mesmo direito de uma criança na cadeira de rodas, sentindo-se cada vez mais incapacitada.

Numa matéria publicada em 5/11/2007, em O Estado de São Paulo, há a seguinte declaração da diretora do Centro de Estudos do Genoma Humano da Universidade de São Paulo (USP), Mayana Zatz:"Há uma diferença muito grande entre uma célula viva e um ser humano. Cada célula do corpo está viva. Um coração a ser transplantado está vivo, mas isso não quer dizer que seja um ser humano. A possibilidade de um embrião gerar células não quer dizer que vá gerar um ser humano".


O que a Palavra de Deus diz sobre isso?De acordo com a Bíblia, que está acima de qualquer ciência, o ser humano não se restringe à matéria. O "homem interior" (espírito+alma) é mais importante do que o homem exterior, isto é o seu corpo (Zc 12.1; 1 Ts 5.23), como lemos em Jeremias 1.5:"Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta".O ser humano é criado, formado e feito, nesta ordem; ou seja, antes da sua formação já é conhecido pelo Criador (Is 43.7; Gn 1.27; 2.7,22).

Para Deus, o corpo informe, mesmo sem o funcionamento do sistema nervoso, já é considerado um ser humano. Leia com atenção Salmos 139.13-16.Por conseguinte, ainda que os ministros do STF tenham outro entendimento, dissociado do que dizem as Escrituras (nossa regra de fé, de prática e de vida), e haja um grande clamor pelo emprego de células-tronco embrionárias em pesquisas pró-vida, os embriões são pessoas inocentes e indefesas (Êx 23.7).

É claro que essa questão envolve outros aspectos. Sugiro a todos que se aprofundem no assunto, analisando todas as implicações das mencionadas pesquisas. Mas uma coisa é certa: não podemos aceitar como verdadeiro tudo o que a ciência diz (1 Tm 6.20; 2 Co 4.4). Para os salvos em Cristo a Palavra de Deus é a fonte primacial de autoridade (2 Tm 3.16,17).


Ciro Sanches Zibordi

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Adoradores Radicais

Ser radical para Deus não tem nada a ver com o estilo de musica que ouvimos ou cantamos, e muito menos com estilo de roupas ou de cabelo que usamos. Hoje ouvimos muitas frases como: "adoradores radicais", "ministros extravagantes", "geração radical". Mas a verdade é que poucos são os radicais de verdade, radicais são aqueles que fazem diferença no mundo e no âmbito que os rodeio, seja na escola, no trabalho, na igreja ou na rua.


O fato de cantar musicas com um estilo diferente, não nos torna radicais; só nos torna diferentes. Não adianta você ficar pulando nos cultos, berrando e uivando e rolando no chão, se depois na sua casa você é uma pessoa desobediente e de péssimo testemunho. não adianta cantar e dançar "as musicas da ultima moda radical". se na primeira chance que você tem, acaba negando sua fé e se envergonhando de Jesus. Eu quero deixar bem claro que gosto muito de pular e dançar, e ate mesmo de rolar no chão. Mas não é isso que nos torna radicais.

Radical é também aquele que toma atitudes contra o pecado e a favor da santidade. Radical é aquele que se declara crente logo no primeiro dia de aula. Radical é aquele cuja vida influencio a vida dos outros para seguir a Jesus.

Não é possível ser radical sem pagar um preço por isso, por este razão eu afirmo que são poucos os radicais de verdade. Eu sempre tive um estilo de musica um pouco diferente, desde a época da Argentina, quando ainda não era crente, eu gostava de pesquisar e utilizar instrumentos diferentes. Gostava de misturar sons do altiplano (cordillera dos Andes) com sons elétricos e sintetizados.

Mas quando me converti ao evangelho, fui convencido de que devia entrar em um padrão de musica mais normal. E então entrei nessa onda de "clonagem" onde todas as musicas eram parecidas e os ministérios e bandas soavam quase que iguais.

Eu me sentia um pouco preso e sem expressão. Mas um dia em 1996, meu amigo Gregário Mc Nutt, me emprestou uma fita de vídeo onde estava gravado um culto nos Estados Unidos, O que me chamou a atenção, foi que o líder do louvor usava instrumentos e sons muito diferentes dos padrões acostumados no nosso meio. Ai "caiu a ficha", e eu fiquei tão impressionado, que disse para mim mesmo:- é isso! Essa é minha praia!

Então chamei meus músicos para uma reunião na minha casa, e mostrei a fita para eles, e disse: -Vocês estão dispostos a pagar o preço?

E eles responderam:- Estamos com você para o que der e vier!

A partir de aquele dia a nossa musico mudou, e eu me sinto mais realizado por tocar um estilo que eu gosto. Mas o preço foi alto. Muita rejeição, pouca popularidade, e em algumas igrejas fomos convidados o nos retirar. Nós tínhamos duas escolhas: ou vender o nosso chamado e tocar as musicas que todos queriam ouvir, ou continuar pagando o preço ate que houvesse um "irrompimento". E escolhemos a segunda opção. Os resultados vieram com o tempo. Hoje o nosso ministério certamente não está entre os mais populares, justamente por causa do estilo, mas já temos um espaço maior de trabalho e os convites chegam de todas as denominações. O importante disso tudo não é justamente o estilo da musico em si, não importa qual é seu estilo, desde que seja algo que esta dentro de você, algo que Deus colocou em você, e não um padrão estabelecido por homens, Alguns cientistas e pesquisadores chegam a passar fome por causa daquilo em que acreditam. Mas parece que no nosso meio não é bem assim, quando se trata de pagar um preço são poucos os que o querem fazer. Eu passei algumas necessidades porque acreditei no meu chamado, houve momentos em que quase desisti por causa da pressão financeira, mas a graça do Senhor me bastou para poder continuar.

Um "trio" radical

Uma das passagens da Bíblia que mexe muito comigo é a do capítulo 3 de Daniel (todo). A historia de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. O rei Nabucodonosor fez uma imagem de ouro enorme para fins idólatras, e juntou seus prefeitos, governadores, juizes, etc, para a consagração, Ou seja, toda a mídia e as autoridades faziam do evento algo a nível nacional e até cultural.Toda vez que fosse tocada a música com os instrumentos descritos na passagem, todo aquele que ouvisse o som devia se prostrar imediatamente diante da imagem de ouro, e adorá-la; e aquele que não se prostrasse seria lançado na fornalha de fogo ardente.

Você deve lembrar que esse trio, Sadraque. Mesaque e Abede-Nego, não obedeceram tal ordem, e deixaram o rei furioso e irado. O rei mondou chamá-los e os confrontou, e perguntou-lhes qual seria o deus que poderia livrá-los das suas mãos. Mas eles responderam que não precisavam responder a essa pergunta, e que se Deus quisesse livrá-los Ele os livraria, mas se Ele não os livrasse não haveria problema, pois eles conheciam o seu Deus e confiavam Nele.

Em outras palavras, eles estavam comunicando ao rei que para eles, era melhor morrer com Deus do que viver sem Ele.

Nos dias de hoje acontecem coisas semelhantes, "a imagem de ouro" seriam as muitas concupiscências com as quais somos tentadas diariamente, muitas não parecem pecados, porque tem um tom meio "cultural", a até vemos governantes, atores, autoridades e celebridades e até líderes religiosas praticando tais "atrocidades culturais", que o nosso Deus continua chamando de pecado. Nossos jovens estão sendo tentados a cada dia, a terem relações sexuais, usarem drogas e bebidas, e todo tipo de pecado que já não é visto como pecado, mas como uma evolução da sociedade, hoje ser homossexual está na moda e quem não é homossexual é considerado "ultrapassado". Mas voltemos a historia de Sadraque e seus amigos. Tal vez se eles se prostrassem diante da imagem de ouro, ninguém perceberia; eles poderiam enganar os outros crentes da época, e hoje acontece o mesmo, tal vez se você se vender ao pecado só para ser aceito pela turma ou pela sociedade, tal vez ninguém perceba: mas o seu coração sabe, e Deus também, o que é pecado e o que não é.

Havia muitos judeus ou muitos crentes daquela época: mas a bíblia relato que só esses três não se dobraram diante da imagem de ouro, tal vez os outros se dobraram e passaram desapercebidos. Mas isso não se refere somente a se desviar do evangelho, pois hoje vemos outros tipos de "imagens de ouro", e outras formas de se vender ou se dobrar.

Hoje vemos ministros, músicos, pastores, e até muitos que se auto - intitulam profetas, se vendendo por um pouco de nome e fama, e ficam cegos pelo brilho dos holofotes. Pessoas pulando de ministério em ministério, e de igreja em igreja. Alguns correndo atrás de salário, vendem a visão que lhes foi dada por Deus.

Outros, correndo atrás de fama e reconhecimento humano, se dobram diante de convites de pastores ou ministérios que não tem nada a ver com a visão inicial ou até com o próprio chamado.

Por isso vemos tantos ministros frustrados, e ministérios que começaram bem, mas acabam fora da vontade de Deus. Eles erram na hora de escolher entre Deus e Mamom; e acabam se dobrando diante da "imagem de ouro".

Conheço pessoas que não se vendem, e por causa disso sofrem perseguições e discriminação, o que seria a fornalha na época de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Mas eles foram libertos dentro da fornalha, e a bíblia diz que o Próprio Senhor estava lá dentro com eles, e não só foram livres como também não se achou nenhum dano neles. Eles confiaram no seu Deus.

Conheço um rapaz, do sul do Brasil, que viveu uma situação que irá ilustrar melhor essa passagem nos dias de hoje:

Ele é um rapaz normal, veste roupas de "skatetisto", usa cabelo comprido, ouve música radical (cristã), mas o que me chama mais a atenção é o compromisso que ele tem com a santidade. Um belo dia ele estava na sala de aula, e o professor começou a contar piadas imundas e pornográficas.

Quase todos os alunos riram das tais piadas, inclusive alguns "crentes". Mas este rapaz se levantou e disse -Professor, se o senhor não parar com essas piadas, eu peço licença paro me retirar da sala, pois eu vim aqui para estudar, e não para ouvir essas porcarias. Imediatamente o professor começou a humilhar o rapaz, chamando-o de "santinho", "crentinho", e tantas outras coisas depreciativas.

Também os alunos, inclusive os crentes. Começaram a discriminá-lo e a isolá-lo.

Ele foi jogado na "fornalha de fogo ardente" por não se dobrar diante da imagem de ouro imposta naquele momento pelo professor. E foi assim humilhado e rejeitado por muito tempo, sozinho, dentro da fornalha da solidão, (se você quer ser radical, muitas vezes sentirá solidão). A toda hora era convidado para se drogar ou fazer sexo. Se ele se prostrasse aos convites de sedução, sexo, drogas, bebidas, que hoje "não tem nada a ver, todo mundo foz", ele seria aceito pela turma.

Mas sempre o diabo nos dá uma segunda chance. O rei Nabucodonosor deu uma segunda chance a Sadraque e amigos (Dn 3.15), mas eles ficaram firmes, O rapaz da nossa história também ficou firme, e foi ai que as coisas começaram a mudar, ele ficava no seu canto, no recreio, com seu walk-man adorando a Deus, e a presença do Senhor era a cada dia mais palpável em sua vida.

Passados alguns meses ele foi procurado por um dos alunos, (um dos que o isolara), o qual lhe pediu ajuda, pois ele tinha engravidado uma menina, o rapaz orou por ele e o levou aos pés de Jesus, depois, foi procurado por outro jovem que estava viciado em drogas e quase morreu de overdose, e outros o procuraram, mais tarde com diversos problemas. Ai ele fundou uma reunião de oração, que passou a ser freqüentada por muitos alunos, e ele se tornou o líder deles. Jesus, o quarto homem, esteve com ele dentro da fornalha.

As historias são semelhantes, pois no final tanto este rapaz, quanto Sadraque e amigos, foram reconhecidos e honrados por aqueles que os perseguiram e humilharam, sem ter que se vender nem se prostrar diante do "imagem de ouro".

Se você confiar em Deus e ficar firme diante das propostas pecaminosas, quando "o som" começar a tocar indicando que você deve se prostrar, se render, se entregar, mas você dizer -NÃO! EU NÃO ESTOU A VENDA! Você pode ter certeza que a pesar de acontecerem algumas discriminações e perseguições, o próprio Senhor Jesus estará com você dentro da fornalha e te livrará dentro dela, Fique firme e confie no Senhor.

Faça parte da geração de adoradores radicais.

Deus abençoe
Jorge Russo
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