terça-feira, 20 de outubro de 2009

Intimidade Com DEUS


Uma vez ouvi esta frase a um amigo meu: "Se quiseres conhecer a Deus… torna-te amigo do silêncio.". Na época dos telemóveis, do correio electrónico e dos PDAs, é cada vez mais difícil experimentar momentos de silêncio. As nossas vidas ficaram tão preenchidas com actividades que nos esquecemos o que significa "aquietai-vos e sabei que Eu Sou Deus" (Salmo 46:10) Inclusive os nossos momentos de adoração estão repletos de actividades, quase ao ponto de não haver tempo para que Deus possa responder ao clamor dos nossos corações e se possa mover no nosso meio. E porque é que isto acontece?

Eu penso que existe um medo da intimidade em todos nós. E por causa desse receio, por vezes é mais fácil (e seguro) manter os nossos momentos de adoração com actividade e não permitindo os momentos mais íntimos com o nosso Pai Celestial. Por vezes é mais confortável para nós cantar hinos mais rápidos, constituídos basicamente pelos refrões que nos incitam a bater palmas energicamente em vez de entoar-mos hinos de amor a Deus que nos tornam vulneráveis. Não me interpretem mal, eu não estou a sugerir que deixemos de cantar hinos rápidos! Estou apenas a sugerir que também necessitamos de momentos de adoração que não estejam repletos de actividades. Momentos onde podemos aquietar as nossas mentes e os nossos corações e ouvir a voz de Deus.. sentir o bater do Seu coração.

A palavra grega para Adoração (Proskuneo) significa "beijar respeitosamente". Sugere uma atitude muito intima da nossa parte. Qual foi a última vez que nos seus momentos de adoração você consegui "beijar respeitosamente a Deus? É durante estes momentos que o Espírito Santo se move no nosso meio, restaurando corações, espíritos e vidas quebrantadas. É nestes momentos que o Espírito Santo brilha a Sua luz nos nossos corações e mostra-nos os nossos pecados. Salmo 139:23-24 diz: " Sonda-me , ó Deus e conhece o meu coração. Prova-me e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno". Vamos assegurar que os momentos de intimidade na nossa adoração permitam a Deus que se mova e sonde o nosso coração.

Se nos abrir-mos para Deus nos momentos de adoração, ficamos vulneráveis, mas estou convencido de que é isso de que espera de nós. Ele espera que nós fiquemos mais amolecidos ao adorarmos a Deus, para que Ele então começar a encher-nos com o Seu amor, o Seu perdão e a sua cura.

Talvez o seu meio cultural ou religioso o tenha ensina o demonstrar a Deus o mínimo de emoções quando se trata de adorar a Deus. O resultados deste tipo de "desconfiança" pode ser observado em muitas igrejas nos dias que correm. Elas estão cheias de todo o tipo de actividades religiosas que nos permitem falar imenso de Deus mas nunca nos levam a conhece-Lo como o nosso Pai Celestial, sendo que estas actividades mantém-nos ocupados e ajudam a "proteger-nos" da intimidade, quando a intimidade com Deus é tudo o que (mais) precisamos.

Em Êxodo 19 e 20 quando Moisés foi para a montanha encontrar-se com Deus, o povo " observava de longe " (Êxodo 20:21). Mas Moisés foi até à obscuridade onde Deus estava. Meu amigo, não tenha medo de se aproximar de Deus. Há lá imensas coisas à sua espera. Aproxime-se…. não recue.

Para lideres de adoração, gostaria de dizer isto: não é a sua tarefa fazer "acontecer" algo durante estes momentos. Não tente manipular o mover do Espírito Santo. Tente ser um facilitador, criando uma atmosfera em que o Espírito Santo se sinta bem-vindo e depois deixe tempo para que Ele se mova no nosso meio. Você não tem que forçar estes momentos, faça apenas o que você sente que deve fazer. Se não sentir nada, continue a fazer o que tinha programado. Saiba que terá cumprido a sua tarefa e Deus fará o resto. Ele quer que nós desejemos estar cada vez mais perto dEle durante estes momentos e "Chegai-vos a Deus e Ele se chagará a vós"(Tiago 4:8)

2001 Don Moen

domingo, 11 de outubro de 2009

Adoração - ponto de vista feminino


'Adore ao Senhor de todo o seu coração, de toda sua alma e de todo o seu entendimento'. Esta é a prioridade que o Velho Testamento apresenta para os seguidores de Jeová. Jesus Cristo nos ensinou esta mesma lei e demonstrou isto de forma satisfatória.

Do ponto de vista da mulher, me sento privilegiada em aprender através das Escrituras e do Espírito Santo toda a importância acerca da adoração. É um privilégio aprender sobre a adoração como uma mulher. Uma das principais razões disto é que Jesus ensinou primeiro a uma mulher sobre a adoração em espírito. Em João 4:23-24, Jesus falou a uma mulher a respeito da marca de uma verdadeira adoração: 'Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade'. Apesar desse texto ser tradicionalmente citado como um texto de conversão, dele também podemos captar a essência da adoração. Jesus falava à mulher sobre um dia que era ali estabelecido a respeito da adoração em espírito. O que ele quer dizer quando se refere à 'verdadeiros adoradores'? Temos respondido a Ele porque desejamos ser considerados seus 'verdadeiros adoradores', aqueles que realmente pensam assim, que estão seriamente devotados a Ele.

As Escrituras nos ensinam, a partir dessa passagem, que aquele que o que adora em espírito e em verdade verdadeiramente adora Jesus. Este entendimento requer oração. Devemos buscar a face de Deus, trazendo à tona uma fome por Ele que substitui a aprovação do homem. Quando penso que Ele ensinou isso primeiro a uma mulher, fico espantada. Que confiança e respeito ele concedeu às mulheres quando nos escolheu para compartilhar a essência da intimidade através da adoração. Por que Jesus trouxe esse assunto da adoração primeiro a uma mulher, e não a um homem ou um de seus discípulos? Não sei a resposta, mas desconfio que Jesus facilmente poderia falar desse assunto.

Creio que a resposta situa-se no modo peculiar de ser da mulher. Em geral, a mulher compreende a dinâmica de ligar-se emocionalmente àquele que adora e de quem depende. Como mulher, sei que para nós é mais fácil estar em submissão e dependência à vontade de Deus do que para os homens com quem tenho trabalhado. Em I Pedro, as Escrituras chamam a mulher de 'vaso frágil', e como tal, não há uma luta contra a aparência de fragilidade como acontece com o homem. Adoração exige nossas fraquezas. Afirmamos tanto com nossos corpos quanto com nossos lábios que Jesus Cristo é nosso Senhor e Rei.

Reconhecemos que Ele é poderoso, e que nós, em nossas necessidades, somos incompletos sem Ele. Não somos completos ou capazes sem sua presença. Nos prostramos em adoração, e também em nossa fraqueza para dar tudo o que é devido ao nosso Rei. Em Lucas 10, Maria acha fácil sentar-se aos pés de Jesus. Ele diz que ela escolheu a 'boa parte' ou 'parte boa'?. Jesus a usou como um exemplo do gesto mais necessário. Ele usou uma mulher para ensinar ao mundo sobre a adoração. Em João 12, Maria é novamente encontrada aos pés de Jesus, ungindo-os e enxugando-os com seus cabelos. Ela não se inibe em mostrar sua adoração a Ele. Como tal, ela é um maravilhoso modelo de louvor e adoração.

Como mulher, é fácil seguir a esse exemplo, ou usar esse episódio como um ensinamento de como se relacionar com Deus na adoração. Que experiência maravilhosa observar esses modelos - e há tantos outros - e examiná-los em profundidade na expressão da adoração. Uma mulher pode aprender facilmente com essa passagem das Escrituras. Homens e mulheres lutam contra a maldição que resultou da queda. Sendo a luta da mulher dependente da aprovação do homem. Geralmente, ela não se sente importante senão estiver ligada a um homem. Gênesis 3:16diz: 'E o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará'. Homens lutam com um sentimento de satisfação e plenitude em suas ocupações. Não sabemos como cada indivíduo supera essas maldições em Jesus Cristo, mas observamos que as dinâmicas de adoração determinam certa liberdade em áreas da vida.

Adoração libera a mulher para colocar sua dependência em Deus, o que pode capacitá-las a abrir mão de sua necessidade de aprovação. É uma questão de deixar suas necessidades de intimidade aos pés de Jesus Cristo, se libertando no louvor e na adoração. Quando a mulher se encontra em plena adoração, ela se libera da necessidade de aprovação e do sentimento de vazio que procede do desejo de total dependência de um homem. Que privilégio maravilhoso é buscar o coração de Deus e encontrá-lo na adoração. Ele se torna mais real que as coisas do mundo. Como mulher, me sinto mais à vontade para dançar numa adoração pessoal por que, em geral, nossa cultura inibe os homens. Sou grata por minha feminilidade: tanto pelas limitações quanto pelas bênçãos. Em minha fraqueza, Ele se revela. Sou uma líder de adoração. Ao mesmo tempo, como líder, percebo que meu coração em relação à adoração é o que é por causa do meu relacionamento com Jesus, e não por ser mulher.

Minha feminilidade definitivamente influenciará o que é comunicado através da minha adoração, mas meu desejo por intimidade com o Deus vivo falará mais alto. Isto vai muito além de uma questão de gênero. Amo os períodos de celebração, de oração, de júbilo por que eles podem ser expressões significantes de amor e adoração a Deus. A adoração que causa a minha devoção a Deus, que faz meu coração cantar, e sentir como se estivesse me 'conectando' ao Senhor é a adoração que é terna, íntima e habitualmente serena. Há algo na ternura e na tranqüilidade que me atrai à Sua presença. Ultimamente, minha tendência tem sido desculpar-me pela maioria dos períodos em que lidero uma adoração mais silenciosa, mas percebo que estou cedendo ao que verdadeiramente está em meu coração, e o que Deus tem formado em mim. Quando lidero, quero abraçar a adoração que sinto. Além do mais, tudo é sobre ele, não sobre nós!

Minha esperança é que nós sejamos comprometidos em compreender para o que fomos chamados no corpo de Cristo e então ser ou fazê-lo dentro de nossas melhores possibilidades: fazer melhor aquilo em que somos bons!

Por Cindy Rethmeier
Extraído do site Vineyard Music

domingo, 4 de outubro de 2009

VOCÊ JÁ ME TOCOU ALGUM DIA EM SUA VIDA?


O modo de Jesus dizer que no ambiente Dele, do Reino, do espírito, da fé e das relações com o mistério e o poder de Deus, o que conta é o que é; e que o que é não o é porque pareça ser..., ou porque seja factual e real aos sentidos humanos, mas sim porque seja verdadeiro na intenção, na motivação e na sinceridade que combina o caminho interior com a vereda exterior — sim, entre tantas formas de Ele assim e isso ensinar..., uma das mais importantes para mim, dado ao fato de que seja uma história e não um conceito defendido como tal, é o episodio da “mulher do fluxo”; o qual nos apresenta um monte de mãos pegando e apalpando Jesus, mas apenas uma pessoa tocando Nele de fato-divino-fato...; ao ponto de Pedro [ente externo a Jesus], dizer a Ele que a Sua pergunta “Quem me tocou?” ser absurda em razão de que centenas estavam tocando Nele simultaneamente...

Era real que muitos tocavam Nele...

Era fato o que Pedro afirmava...

Sim, ambas as coisas eram tanto reais quanto factuais, mas para Jesus não eram nada além de realidades e factualidades, pois, sem amor e fé nenhuma pegada em Deus se torna toque que conecta a pessoa a Deus!

Portanto, para Jesus o real não é aquilo que apenas se apresenta como realidade aos sentidos, assim como fato aferível aos sentidos é fato histórico, mas, para Ele, não necessariamente realiza fatos divinos, os quais são mais realidades da verdade do que realidades do real/histórico; coisas que se aferem pelos sentidos e pelas medições factuais..., diferentemente do que toca em Deus, que antes disso é feito pelo amor que se derrama em fé...

Quem não entende isso vive a pegar Jesus sem tocar Nele jamais!...

Apalpam Jesus..., mas não o tocam...

Sim, fazem isso de muitos modos...

São ritos, são batismos, são cultos, são estudos bíblicos, são seminários, são ministérios, são campanhas de oração, são encontros de poder, são expectativas pagãs de milagres, são estudos profundos sobre Deus, são missões e muitas missões; são as curiosidades que põem muitos em estado de histeria tocante...; e tudo mais... — sem, todavia, realizarem a verdade como realidade e a realidade como verdade; posto que sejam toques como os da multidão que apalpava para não perder a viagem..., mas que não fizera a viagem para buscar virtude, graça, poder, fé e amor.

Vejo os templos cheios... Tão cheios quanto eram os ajuntamentos com Jesus em Cafarnaum...

Vejo milhares na festa das apalpadelas divinas e supersticiosas [...]; sem falta ao culto como toque físico de Jesus...; enquanto apenas uns poucos na multidão de fato suscitam em Jesus a pergunta que espera apresentação verdadeira: “Quem me tocou?”...

Chega de perder tempo...

Só vale a pena ser de Jesus se a cada toque nosso Nele corresponder em verdade a um toque Nele; e não no que sendo Dele, como um manto, um pão, um vinho, um batismo, um culto, uma mensagem... — nos dê a falsa idéia de que a coisa possa representar Aquele que não é coisa, pois é espírito; e, portanto, só pode ser tocado pelo espírito...; e em espírito e verdade...

Qualquer outra coisa pode ser tão real quanto a matéria e tão factual quanto a História ou a Ciência, mas, para Deus, sem amor e fé nada será!

Realidade e factualidade só existem com significado para Deus se forem erguidas no fundamento da verdade sincera e que beija o Significante [Deus] e não apenas toca o significado... [a coisa]...

Creia nisto!



Nele, que pergunta a você: Você já me tocou algum dia em sua vida?...



Caio