quarta-feira, 31 de março de 2010

Alguns Efeitos da Oração!



O exercício intenso e continuado da oração produz na vida do servo de Deus alguns resultados muito importantes. Alguns deles são:

1- Reconhecimento: Pleno reconhecimento da paternidade divina

2- Resposta: Deus sempre responde as nossas orações positivamente e sempre para o bem daqueles que o amam. Porém isto não significa dizer SIM. Muitas vezes a resposta do Senhor é um contundente NÃO e isto também é responder positivamente. A positividade da resposta pertence ao Senhor. A nós compete a aceitação humilde e resignada, pois não sabemos orar como convém. Apenas o Senhor que está sobre todas as coisas sabe o que realmente é o melhor para cada um de nós.

3- Submissão: O exercício da oração nos ensina a submissão incondicional à soberana vontade de Deus, seguindo o modelo de Cristo. A vontade e os desejos da criatura não podem prevalecer diante do Criador.


4- Milagre da Graça: Consciência plena de que diante de Deus, Criador, Eterno, Absoluto, Imutável e Infalível em seus decretos, planos e vontade, atos e palavras, o redimido se coloca dentro de seu estado real: pecador, mortal, impotente, ineficiente, incapaz, limitado.

A oração não é o recurso da virtude humana pelo qual a criatura manobra o Criador, mas uma concessão da graça divina para que possamos nos manter sob a vontade diretiva do Senhor.

Poder falar com Deus em oração é uma graça, é um privilégio.



Adaptado de “Os Ministérios da Igreja”
Revista Educação Cristã – SOCEP Vol.09 Maio/2007

quarta-feira, 17 de março de 2010

Uma Luz na Caverna



de Max Lucado

Eles estão vindo como amigos, amigos secretos — mas amigos de qualquer jeito. "Você pode deitá-lo agora, soldado. Eu vou cuidar dele."

O sol da tarde está alto enquanto eles ficam de pé, em silêncio, no monte. Tudo parece mais quieto do que antes. A maior parte da multidão foi embora. Os dois ladrões ofegam e gemem, pendurados ali, prestes a morrer. Um soldado encosta uma escada na árvore do centro, sobe nela e remove a estaca que prende a viga de apoio da cruz. Dois dos soldados, contentes ao ver o fim do dia de trabalho, ajudam na tarefa pesada de colocar a cruz de cipreste e o corpo no chão.

"Cuidado agora", diz José.

Os pregos de 12 cm são retirados da madeira dura, libertando as mãos frouxas. O corpo que revestia o Salvador é levantado e colocado sobre uma rocha grande.

"Ele é todo seu", diz a sentinela. A cruz é posta de lado, para ser levada em seguida ao depósito até a próxima requisição.

Os dois não estão acostumados a este tipo de trabalho. Mas suas mãos se movem rapidamente, cumprindo a tarefa.

José de Arimatéia se ajoelha por trás da cabeça de Jesus e enxuga com ternura a face ferida. Com um pano macio e molhado ele limpa o sangue que escorreu no jardim, devido aos açoites e à coroa de espinhos. Feito isto, ele fecha os olhos bem fechados.

Nicodemos desenrola os lençóis de linho levados e os coloca na rocha ao lado do corpo. Os dois líderes judeus levantam o cadáver sem vida de Jesus e o põem sobre os lençóis. Partes do corpo são agora ungidas com especiarias perfumadas. Ao tocar as faces do Mestre com aloés, Nicodemos não consegue conter a emoção. Suas lágrimas caem sobre o rosto do Rei crucificado. Ele faz uma pausa para enxugar outra. O judeu de meia-idade olha tristemente para o jovem Galileu.

E um tanto irônico que o sepultamento de Jesus fosse conduzido, não por aqueles que se gabaram que jamais o deixariam, mas por dois membros do Sinédrio, dois representantes do grupo religioso que matou o Messias.

Todavia, de todos os que eram devedores daquele corpo sofrido, ninguém devia tanto quanto aqueles dois. Muitos tinham sido libertados dos abismos profundos da escravidão e doença. Muitos foram encontrados nos túneis mais escuros, túneis de perversidade e morte. Mas túnel algum jamais foi mais escuro do que aquele do qual esses dois homens foram resgatados.

O túnel da religião.

Não existe outro mais sombrio. Suas cavernas são muitas e seus abismos profundos. Seu desagradável mau cheiro subterrâneo é produto de boas intenções. Seu labirinto de canais está repleto de desorientados. Suas trilhas estão cobertas de odres de vinho e bebida derramada.

Você não desejaria levar uma fé incipiente para este túnel. As mentes jovens e inquisitivas logo se estragam na escuridão mortiça. As novas perspectivas são ignoradas a fim de proteger as frágeis tradições. A originalidade é desencorajada. A curiosidade sufocada. As prioridades desconsideradas.

Cristo só teve palavras fortes de censura para os que habitam nas cavernas. Ele os chamou de "hipócritas". Atores sem Deus. Construtores de barreiras. Juízes inflexíveis. Podadores sem autorização. Detalhistas inúteis. "Guias cegos". "Sepulcros caiados". "Víboras." Bang! Bang! Bang! Jesus não tinha tempo para os que se especializavam em fazer da religião um deus da guerra e da fé uma corrida pedestre. Não lhes dava qualquer oportunidade.

José e Nicodemos também estavam cansados. Haviam experimentado tudo. Tinham visto as listas de regras e regulamentos. Observaram o povo tremer sob os fardos insuportáveis. Ouviram as discussões intermináveis sobre detalhes legalistas. Usaram as vestimentas e se sentaram nos lugares de honra, vendo a Palavra de Deus ser usada em vão. Puderam perceber que a religião se tornara uma muleta que aleija.

Eles queriam livrar-se de tudo isso.

O risco era grande. A alta sociedade de Jerusalém não aprovaria a atitude de dois de seus líderes religiosos sepultando um revolucionário. Mas para José e Nicodemos a escolha era óbvia. As histórias contadas por aquele jovem pregador de Nazaré continham uma verdade que jamais fora ouvida na caverna. E, além do mais, eles preferiam salvar suas almas do que suas peles.

Levantaram então vagarosamente o corpo e o levaram para o túmulo novo. Ao fazerem isso, acenderam uma vela na caverna.

Supondo que esses dois homens estivessem observando o mundo religioso durante os últimos dois mil anos, eles teriam provavelmente descoberto que as coisas não mudaram tanto.

Existe ainda uma grande parte de mal vestindo as roupas da religião e usando a Bíblia como um malho. É ainda moda usar títulos sagrados e correntes santas. E continua sendo ainda verdade que é preciso encontrar fé apesar da igreja em lugar de na igreja.

Eles observaram também, no entanto, que no momento em que os religiosos ficam religiosos demais os retos ficam retos demais, Deus encontra alguém na caverna que acende uma luz. Ela foi acesa por Lutero em Wittenburg, por Latimer em Londres e por Tyndale na Alemanha. John Knox soprou as brasas como um escravo das galés e Alexandre Campbell fez o mesmo como pregador.

Não é fácil acender uma vela numa caverna escura. Todavia, aqueles dentre nós cujas vidas foram iluminadas por causa desses homens corajosos são eternamente gratos. De todos os atos de esclarecimento, não há dúvida qual foi o mais nobre.

"Você pode deixá-lo agora, soldado. Eu cuidarei dele."

domingo, 14 de março de 2010

Nada pode calar um adorador

Hoje não preciso escrever nada pois este video diz tudo!!!
Tem marcado muito minha vida...
Beijão!!!

segunda-feira, 8 de março de 2010

SUPER MULHER PODEROSA... quem precisa dela?


"São 6h...

O despertador canta de galo e eu não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede...

Estou tão cansada... não queria ter que trabalhar hoje...

Queria ficar em casa, cozinhando, ouvindo música, cantarolando, até...

Se tivesse filhos, gastaria a manhã brincando com eles, se tivesse cachorro, passeando pelas redondezas...

Aquário? Olhando os peixinhos nadarem...

Se eu tivesse tempo... gostaria de fazer alongamento... Brigadeiro...

Tudo menos sair da cama e ter que engatar uma primeira e colocar o cérebro pra funcionar.

Gostaria de saber quem foi a mentecapta, a infeliz matriz das feministas que teve a estúpida idéia de reivindicar direitos de mulher... queria saber PORQUE ela fez isso conosco, que nascemos depois dela...

Estava tudo tão bom no tempo das nossas avós... elas passavam o dia a bordar, trocar receitas com as amigas, ensinando-se mutuamente segredos de molhos e temperos, de remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, colhendo legumes das hortas, educando as crianças, frequentando saraus, ENFIM, a vida era um grande curso de artesanato, medicina alternativa e culinária.

Aí vem uma fulaninha qualquer que não gostava de sutiã nem tão pouco de espartilho, e contamina várias outras rebeldes inconsequentes com ideias mirabolantes sobre "vamos conquistar o nosso espaço"!!!

Que espaço, minha filha???

Você já tinha a casa inteira, o bairro todo, o mundo aos seus pés. Detinha o domínio completo sobre os homens, eles dependiam de você para comer, vestir, pra tudo!!!

Que raio de direitos requerer?

Agora eles estão aí, são homens todos confusos, que não sabem mais que papéis desempenhar na sociedade, fugindo de nós como o diabo foge da cruz...

Essa brincadeira de vocês acabou nos enchendo de deveres, isso sim. E nos lançando no calabouço da solteirice aguda.

Antigamente, os casamentos duravam para sempre, tripla jornada era coisa do Bernard do vôlei - e olhe lá, porque naquela época não existia Bernard do vôlei.

PORQUE???... me digam PORQUE um sexo que tinha tudo do bom e do melhor, que só precisava ser frágil, foi se meter a competir com o macharedo? Olha o tamanho do bíceps deles, e olha o tamanho do nosso.

Tava na cara que isso não ia dar certo!!!

Não aguento mais ser obrigada ao ritual diário de fazer escova, maquiar, passar hidratantes, escolher que roupa vestir, e que sapatos combinar, que acessórios usar...

tão cansada de ter que disfarçar meu humor, que sair sempre correndo, ficar engarrafada, correr risco de ser assaltada, de morrer atropelada, passar o dia ereta na frente do computador, com o telefone no ouvido, resolvendo problemas que nem são meus!!!

E como se não bastasse, ser fiscalizada e cobrada (até por mim mesma) de estar sempre em forma, sem estrias, depilada, sorridente, cheirosa, com as unhas feitas, sem falar no currículo impecável, recheado de mestrados, doutorados, e especializações

(ufffffffffffffffffff!!!!!!!)

Viramos super mulheres e continuamos a ganhar menos do que eles...

Não era muito melhor ter ficado fazendo tricô na cadeira de balanço?

CHEGAAAAAAA!!!...

eu quero alguém que pague as minhas contas, abra a porta para eu passar, puxe a cadeira para eu sentar, me mande flores com cartões cheios de poesia, faça serenatas na minha janela...

ai, meu Deus, já são 7:30,tenho que levantar!..., e tem mais, quero alguém que chegue do trabalho, sente no meu sofá, coloque os pés pra cima e diga"meu bem, me traz um cafezinho, por favor?", descobri que nasci para servir.

Vocês pensam que eu tô ironizando?

To falando sério!

Estou abdicando do meu posto de mulher moderna....

Troco pelo de Amélia.

Alguém se habilita?"


(Autora: uma Executiva P... da Vida)!!!!


Um beijão e uma boa semana!!!
p.s.: ♥Esposo e filhas, ♥amo vcs♥!!!

sábado, 6 de março de 2010

DIA INTERNACIONAL DA MULHER


Acreditamos que o dia da mulher é todo dia. Porém se a nossa cultura reserva um dia para festejarmos, precisamos ir à história para sabermos o motivo.
No dia 8 de março do ano de 1857, na época da Revolução Industrial, cerca de 130 mulheres, operarias têxtis e algumas crianças de Nova Iorque entravam em greve, ocupando um galpão da fábrica. Não trabalhavam até que fossem ouvidas. Motivo: reivindicavam a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Interessante que o salário que recebiam, correspondia a menos de um terço de salário dos homens. Exploradas como escravas reivindicavam seus direitos, salários dignos, respeito e dignidade enquanto pessoa. Resultado: Seus chefes mandaram ordem para que o galpão fosse incendiado. Todas elas foram queimadas.
Com o propósito de chamar a atenção da sociedade internacional para o papel e a dignidade da mulher pela conscientização do seu valor enquanto pessoa, perceber seu papel na sociedade, contestar e rever preconceitos e limitações que vinham sendo impostos, só em 1910, numa conferência internacional na Dinamarca, elegeram o dia 8 de março para homenagear aquelas mulheres.
Na atualidade, nós mulheres precisamos compreender qual a essência da comemoração deste dia, e a nosso ver, não pode ser de outra forma, a não ser pela nossa compreensão a respeito da concepção de mulher que pairava no inconsciente coletivo da época, a ponto daqueles industriais resolverem o "problema", simplesmente mandando atear fogo no galpão da fabrica?!
A concepção de mulher da época e que ainda paira nos dias de hoje, decorria da idade média, herdeira da visão filosófica da antiguidade. Aristóteles, por exemplo, disseminou a idéia de que a mulher era um homem incompleto, um ser passivo e receptor. A mulher era apenas o solo que acolhia e fazia germinar a semente que vinha do semeador, ou seja, do homem. Acreditava-se que o filho recebia apenas a herança genética do pai, porque ele sim, era ativo e produtivo. Platão, outro filósofo, agradecia aos deuses pelo fato de ter nascido grego, livre e homem.

A VISÃO DE MULHER NO CRISTIANISMO

Sabemos que muito antes da idade média, Jesus, já contribuía para o resgate do papel, da dignidade e do valor da mulher, quebrando preconceitos e limitações que o próprio homem - ser humano - vinha imputando a ela. Para se ter idéia, o povo hebreu excluía a mulher tanto do exercício do governo civil, como de maior participação na esfera religiosa.
Para Flávio Josefo, importante historiador judeu, “a mulher possui, sob todos os aspectos, menor valor do que o homem”. Em sua vida religiosa e devocional, era equiparada a um escravo, sendo dispensada do Shema, tradicional prece judaica. Seu acesso ao templo limitava-se ao conhecido átrio das mulheres. Boa parte das correntes rabínicas considerava indigno ensinar a lei mosaica à mulher.
Jesus foi o único líder da antiguidade que concedeu dignidade e voz as mulheres. Ele falava publicamente com elas, possuía inúmeras discípulas, nutria relação de amizades com as irmãs Marta e Maria, Lc10.38. No evangelho de João 4.27 vemos a admiração dos discípulos de Jesus pelo fato deste, dialogar com uma mulher. No Novo Testamento encontramos outras evidências da presença da mulher. Em Rm 16.7, nos deparamos com Júnia, uma mulher entre os apóstolos. Encontramos a referência a Febe, diaconisa da Igreja de Cencréia e tantas outras.
Acreditamos que o mundo distorce o movimento da Mulher, entendendo-o como competição ao Homem. Ter os mesmos direitos do homem, não significa que devemos brigar com eles, viver sozinhas, usurpando o lugar que o próprio Deus designou que o homem ocupasse. Em (Gênesis 2:18) - E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele. Ajudadora no sentido de prestar auxílio, e idônea, que convém perfeitamente, que tem condições, que é competente para desempenhar determinados cargos e funções.
John Sott (2007) nos lembra que ambos, homem e mulher, foram abençoados e receberam a recomendação para serem fecundos, subjugar a terra e dominar sobre todas as suas criaturas (Gn 1.27). Desta forma, homens e mulheres igualmente trazem em si a imagem divina e partilham igualmente da administração da terra. Há, portanto, uma igualdade fundamental entre os sexos, ambos trazem em si, a imagem divina. Lembrando que igualdade não significa identidade. Embora os sexos sejam iguais, eles são diferentes. Igualdade é aqui entendida como complementaridade.
Assim como a Mulher tem ocupado destaque na sociedade, Deus tem proporcionado lugar para a Mulher dentro da Igreja. Lugar de ministradoras, de diaconisas, de intercessoras, estando ao lado do homem, complementando-o, visando o enriquecimento do Reino de Deus.
Nossa oração é que nós sejamos valorizadas e reconhecidas não apenas em uma única data, mas que seja notado diariamente pelos homens. Não esquecendo que “Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher, pois todos sois um em Cristo Jesus” (Gl 3.28).

Profa. Márcia Braz
IEADRN