quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

MARTA OU MARIA?


O corpo ágil entre a mobília simples, ia de um canto a outro da casa.
Em uma das mãos os pratos, na outra uma travessa com pão. E enquanto lembrava do vinho e da posição das almofadas, sentia uma gota de suor escorrer pela fronte.
Sobrecarregada com tantos cuidados, permitia que a preocupação invadisse seus pensamentos, fatigasse seu corpo, turbasse seu coração.
Ah! Como seria bom se tivesse ajuda!
Embalada por esse pensamento, irrompeu pela sala com a autoridade de quem está encarregada de um grande trabalho.
A cobrança aborrecida encontrou no Mestre a resposta inesperada. Palavras que lhe despertaram para o desejo real do coração do Senhor:
“Marta, Marta, estás ansiosa e perturbada com muitas coisas; entretanto poucas são necessárias, ou mesmo uma só; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.”
Naquele momento, caiu em si mesma. Pode então perceber o brilho no olhar embevecido de Maria, sentada aos pés de Jesus.
Certamente que ninguém poderia tirá-la daquele lugar. Nada poderia impedir que, naquele momento, ela desfrutasse de sua presença, o sabor doce de suas palavras.
Maria tinha sede. E como a corça suspira por águas, seu espírito clamava em desespero pelas fontes de água viva.
Definitivamente, nada poderia tirá-la do lugar mais sublime do mundo: a presença do Deus vivo.
Quantas pessoas andam preocupadas, cuidadosas com tantos afazeres, e acabam perdendo o sentido do quanto é importante e prazeroso estar bem juntinho do Senhor.
Alguns, sob a alegação que “estão fazendo a obra”, somam tantas tarefas, desgastam-se tanto que sequer conseguem tempo e forças para passar alguns minutos com o Senhor da Seara, perguntar-lhe “que queres que eu faça?”
Marta via o agora, olhava unicamente o serviço a ser feito, o desejo de mostrar-se uma excelente anfitriã, uma boa dona de casa.
Maria olhava o futuro, contemplava a cruz. Entendia que aquele momento poderia ser o último, a derradeira oportunidade de aprender com Jesus, de desfrutar da alegria de sua presença.
Se te afadigas com muitas coisas, uma única te basta: pergunte a Ele sobre seus propósitos para tua vida. E então, faça tua escolha: ser Marta, cansada, ansiosa e preocupada ou Maria, aprendendo com o Senhor, sendo edificada pela graça e crescendo em amor.

EV:Marcos Mendes

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Pakau Oro Mon


“Pakau Oro Mon” é o livro da Missionária Kelem Gaspar.
Este livro conta uma linda história de entrega nas mãos de Deus, de uma jovem que vai evangelizar os índios na Amazônia e enfrenta muitas situações surpreendentes, que certamente vai cativar todos os leitores.
A missionária e o seu esposo Dulcival estiveram em Natal mais de uma vez, pregando a Palavra de Deus e testemunhando do Seu poder.
Entre em contato com eles para adquirir o livro.

Kleber Maia

Conheça a obra:

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Olhando Para o Alto


Fomos chamados para viver acima das circunstâncias e ter os nossos olhos no Senhor. As Escrituras Sagradas nos dizem que Satanás veio para roubar, matar e destruir (Jo.10:10). Esta era uma das menções bíblicas que eu mais gostava de pregar, dando ênfase ao fato de que Cristo, por sua vez, veio para nos dar vida e vida com abundância.

Eu sempre dizia que o diabo vive tentando roubar a saúde, o dinheiro e a família de cada vivente, pois ele não quer que ninguém seja feliz sob as bênçãos de Deus. Mas o fato é que o diabo não está tão preocupado com estas coisas, elas não são seu verdadeiro alvo. O que ele verdadeiramente quer é roubar nossa fé e relacionamento com Deus. Este é seu fim, seu grande objetivo; mas roubar a saúde, o dinheiro e a família, são MEIOS QUE ELE USA para tentar conseguir chegar onde realmente quer.

Portanto, precisamos aprender a viver olhando para o alto, com nossos olhos fixos no Senhor em todo tempo, independentemente das circunstâncias à nossa volta. E o processo de ser mais que vencedor tem a ver com isto. No fim da prova Deus não somente nos dá a vitória, como também nos ensina a apegarmo-nos mais a Ele, vivendo acima das situações externas.

A geração atual de crentes vive olhando somente para as coisas terrenas, não tem seus olhos em Deus. Nossa pregação praticamente só enfatiza o que é terreno, quase não se leva as pessoas a olharem o celestial; mas segundo a exortação bíblica, devemos levantar nossos olhos:

“Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.” - Colossenses 3:1-3

Note o mandamento da Palavra que vem como um imperativo: Buscai e pensai nas coisas do alto, não nas que são da terra. Em toda a Bíblia encontraremos advertências quanto à termos nossos olhos no alto em vez de na terra.

No Tabernáculo de Moisés, que Deus o mandou construir segundo o exato modelo das visões que ele teve no monte, é impressionante a ênfase figurada que o Senhor deu deste assunto. Quando mandou Moisés fazer as quatro coberturas que se sobrepunham como teto da tenda da revelação, o Pai Celestial mandou que elas fossem todas bordadas, embelezadas; eram um verdadeiro espetáculo artesanal que ninguém hoje poderia reproduzir, pois a arte não era meramente humana, Deus havia enchido os artesãos com seu Espírito para que pudessem executar o modelo divino ordenado.

Portanto, quando alguém entrava na tenda da revelação, se queria ver algo belo tinha que olhar para cima, para o alto. Mas se conservasse seus olhos no chão não veria beleza alguma, pois Deus nunca mandou que fizessem nenhum tipo de piso, aonde acampavam utilizavam-se da própria terra do local. Enquanto o teto era indescritivelmente belo, o chão era feio, de terra. Assim também é na vida cristã, a beleza do andar com Deus está quando aprendemos a olhar para o alto, para Deus mesmo e as coisas celestiais; não há beleza numa vida de preocupação somente com o terreno.

Não há nada espiritualmente belo num evangelho que só prega sobre o dinheiro e os caprichos deste mundo como se isso fosse a prosperidade bíblica! Não se engane, nossos olhos devem se levantar bem acima do que é terreno, sejam os atrativos deste mundo ou as circunstâncias negativas que nos cercam; devemos olhar para o alto em todo tempo.

Crentes que só se preocupam com o dinheiro e seus negócios, não servirão ao propósito divino da colheita de almas, pois para se ter a sensibilidade espiritual de ver a necessidade dos perdidos é preciso tirar os olhos das coisas terrenas e levantá-los para os céus. Jesus mesmo disse: “erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa” (Jo.4:35).

Por que o Mestre disse isto aos discípulos? Porque enquanto eles só haviam pensado em buscar comida e saciar sua fome naquela aldeia de samaritanos, Jesus se preocupara em ganhar aquela mulher que estava junto ao poço de Jacó, e ela por sua vez, trouxe praticamente toda a aldeia para ouvi-lo.

Então ele lhes diz que se nossos olhos estiverem no chão, cuidando apenas das coisas terrenas, não enxergaremos os campos brancos para a ceifa; ou seja, não teremos a sensibilidade de ver a necessidade espiritual das pessoas. Temos que olhar para o alto se queremos ser úteis ao Senhor, pois aqueles que só olham para o chão desanimam-se nas horas difíceis e deixam de servi-Lo. Já quanto aos que têm seus olhos no Senhor, não há o que os faça parar.

Prender nossos olhos no chão é o grande plano satânico contra nossas vidas; ao atacar nossa saúde, família e bens, o que o maligno quer de fato é tirar nossos olhos do Senhor, fazendo com que fitemos somente o chão, o terreno. Embora, como diz meu pai, tirar os olhos da terra não significa tirar os pés do chão (a perda do pragmatismo e da disciplina). Há um texto bíblico que revela esta astúcia do inimigo em seus ataques; examinêmo-lo com suas figuras espirituais:

“E veio ali uma mulher possessa de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; andava ela encurvada, sem de modo algum poder endireitar-se. Vendo-a Jesus, chamou-a e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade; e, impondo-lhe as mãos, ela imediatamente se endireitou e dava glória a Deus.” - Lucas 13:11-13

Esta mulher andava encurvada por quase duas décadas, e não havia meios de se endireitar pois sua doença era espiritual e não física. Tratava-se de um espírito maligno de enfermidade, um agente de Satanás prendendo seu corpo. Sabe, há uma figura aqui; esta mulher vivia olhando somente para o chão; sua costa encurvada a impedia de andar olhando para cima. Podemos ver em operação na vida desta mulher o verdadeiro plano maligno contra cada cristão; Cristo disse que ela estava numa prisão de Satanás:

“Por que motivo não se devia livrar deste cativeiro, em dia de sábado, esta filha de Abraão, a quem Satanás trazia presa há dezoito anos?” - Lucas 13:16

Estar numa prisão de Satanás não quer dizer que o próprio príncipe das trevas a prendia pessoalmente, pois já vimos que era um enviado dele, um espírito de enfermidade, quem realizava o trabalho. Mas Jesus mostrou que tal espírito maligno só estava cumprindo ordens de seu chefe, o que nos permite ver que o plano era de Satanás e a execução era do subalterno dele. Por que é importante notar isto? Para entendermos que o inimigo não nos ataca só por atacar, ele tem planos e estratégias para tentar nos derrubar e devemos nos prevenir contra ele!

Que tipo de prisão era esta que Jesus mencionou? Não era a doença e nem o espírito de enfermidade em si, mas a que ponto ele levava esta mulher. Ela não podia olhar para o alto! É isto que o diabo quer, que tiremos os nossos olhos de Deus; esta era uma crente da época, pois foi chamada de “filha de Abraão”, referência dada não só por ser naturalmente descendente do patriarca, mas por esperar na promessa divina feita a ele.

Também vemos que ela estava na sinagoga, o que poderíamos chamar de a igreja da época. Não se tratava de uma pecadora qualquer que nada queria saber acerca de Deus, mas de alguém que o temia, cria n’Ele e queria andar em sua presença.

Semelhantemente, Satanás tenta nos prender com os olhos no chão, para que não olhemos para cima. E por que ele nos ataca desta forma? Porque ele não pode nos arrancar das mãos de Deus, como Jesus mesmo falou:

“As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar. Eu e o Pai somos um.” - João 10:27-30

O diabo jamais poderá nos tirar das mãos de Jesus! Nunca! Temos um claro pronunciamento de Jesus Cristo neste sentido. Mas ele vai atacar com sutileza; ele quer nos indispor com o Senhor, fazendo com que nos voltemos contra Ele, porque então nós mesmos desceremos dos braços do Senhor e estaremos expostos. No livro do Apocalipse, o Senhor faz menção da doutrina de Balaão, que costumava ensinar Balaque a por tropeços diante dos filhos de Israel para que pecassem (Ap.2:14).

Lemos em Números que Balaque contratou Balaão para amaldiçoar a Israel pois tinha medo de ser por ele destruído na batalha. Deus advertiu a Balaão que não fosse após Balaque, mas ele amou o prêmio da injustiça e desobedeceu. Mas não conseguiu amaldiçoar ao povo do Senhor, pois em cada uma das quatro vezes em que tentou fazê-lo, Deus mudou suas palavras em bênçãos sobre os israelitas. Vendo que nada podia contra o povo, Balaão aconselhou Balaque, rei dos moabitas, a enviar as mulheres do seu povo ao arraial dos israelitas para que se prostituíssem com eles e então os levasse a adorar os deuses delas.

Qual foi o pensamento de Balaão? Ele viu que não havia como tocar o povo pois eles estavam debaixo da proteção divina e com Deus ninguém pode; então a única saída seria colocar o povo contra Deus, visto que Deus não abandonaria o povo. E quando através do pecado da prostituição e também da idolatria o povo se afastou do Senhor, então ficou vulnerável, e a ira do Senhor se acendeu contra o povo.

O que Balaão não podia fazer contra o povo, fez com que o próprio povo fizesse contra si mesmo! É assim que o diabo age. Uma vez que ele não pode tirar-nos da mão do Senhor, nem fazer nada contra nossas vidas por permanecemos em Cristo, então tenta nos colocar contra o Senhor, para que saiamos do colo d’Ele e fiquemos vulneráveis.

Esta é a razão porque o maligno tanto tenta prender nossos olhos nas coisas materiais, para que quando conseguir tocar nelas isto venha a doer em nós a tal ponto de nos indispormos contra Cristo. Mas na vida daquele que ama o Senhor e tem os olhos n’Ele, o inimigo não consegue isto.

Isso nos permite ver porque Satanás investe tanto contra o que possuímos, não porque seja isto o que ele queira, mas por ser o meio para que ele tente chegar onde realmente quer chegar: minar nossa fé e relacionamento com o Senhor.

Mas diante disto podemos também enxergar porque Deus permite o inimigo investir contra estas áreas de nossas vidas; cada ataque maligno pode ser visto como um tempo de treinamento e adestramento para os soldados do exército divino. No paralelo natural, nunca vemos num quartel os soldados prepararem-se para a guerra passando um ano inteiro deitados em redes com sombra e água fresca.

Não! Pois isto não prepara ninguém! Também o Senhor não treina seu exército no bem-bom da vida, mas em meio às provas e tribulações. E muitas vezes Deus permitirá o ataque do maligno contra seus bens materiais para que ao fim você não apenas vença, mas seja mais que vencedor, seja alguém tratado pelo Senhor; pois enquanto Satanás nos tira algo tentando fazer com que nosso coração egoísta se volte contra Deus, o Senhor por sua vez, permite que aquilo seja temporariamente tirado até que nosso coração aprenda a não se apegar àquilo mais do que a Deus.

Às vezes será do interesse não só do diabo, mas também de Deus que algo nos seja temporariamente tirado. Percebi isto depois de um acidente de carro que tive; não era somente Satanás que queria me tirar o carro e o ministério, mas naquele momento singular da minha vida Deus também queria muito fazê-lo! Não só para me conduzir ao seu plano para a minha vida, mas para me fazer entrar no “tratamento de Deus comigo”.

Mas o golpe do diabo doeu em mim porque minhas coisas valiam mais para mim do que eu imaginava; meus olhos estavam no chão e não no alto. Mas Deus me ensinou, e como Paulo posso dizer que aprendi. Quando um homem ou uma mulher de Deus colocam seus olhos no Senhor e assim permanecem, serão vitoriosos. Tenho aprendido que os ataques mais atrozes do inimigo, como aqueles em que pessoas chegaram ao ponto de morrer por Cristo, não visavam tocar nas circunstâncias e nem mesmo na vida destas pessoas; o diabo não queria que morressem, mas que, por medo da morte negassem Jesus.

Cada vez que um mártir derramou seu sangue pelo evangelho, Satanás não ganhou, só perdeu. Pois o heroísmo dos mártires somente fortaleceu o evangelho, nunca o enfraqueceu. Nosso conceito de vitória ainda é muito carnal, terreno; mas os mártires foram além disto e venceram ao diabo (Ap.12:11), pois sabiam manter seus olhos no Senhor. Veja um exemplo disto:

“Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à sua direita, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus. Eles, porém, clamando em alta voz, taparam os ouvidos e, unânimes, arremeteram contra ele.
E, lançando-o fora da cidade, o apedrejaram. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo. E apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu.” - Atos 7:55-60

O relato bíblico diz que Estevão, cheio do Espírito, FITOU OS OLHOS NO CÉU. Algo que o Espírito Santo vai operar em nós à medida em que nos rendemos a Ele, é tirar nossos olhos do chão para o céu; das coisas terrenas para as celestiais. Estevão foi o primeiro mártir e nos deixou um modelo perfeito de vitória sobre o inimigo: seus olhos estavam em Deus, não no que é terreno.

E neste texto tenho descoberto um princípio espiritual figurado muito forte: Quando nossos olhos estão no Senhor, somos anestesiados para os ataques malignos contra nossa vida! Estevão foi milagrosa e sobrenaturalmente anestesiado por Deus contra as pedradas que o mataram; o texto diz que enquanto o apedrejavam ele invocava ao Senhor e orava, e mais: diz que ele se colocou de joelhos, e à semelhança de Cristo na cruz, pediu que o pecado de seus assassinos fosse perdoado.

Ninguém que está sendo apedrejado faz isto; nossa imediata reação é cobrir o rosto e se proteger como puder; mas os olhos de Estevão não estavam em si mesmo, estavam nos céus, e em razão disto podemos dizer que ele foi fortalecido por Deus, ou até mesmo que foi “anestesiado”. Seria impossível em condições normais ele se ajoelhar e ficar olhando para o alto sem se defender, mas algo aconteceu com ele.

E quando colocamos os nossos olhos no Senhor independentemente de que tipo de situação estamos enfrentando, algo também vai acontecer conosco; seremos confortados e anestesiados pelo Senhor, e Satanás não será vitorioso. Pelo contrário, nós é que seremos mais que vencedores! No caso de Estevão, o que veio além da vitória não foi o tratamento, pois ele passou à glória celestial, mas além de vencedor ele recebeu um galardão mais glorioso. É isto que acontece com os mártires; Hebreus 11:35 diz que alguns não aceitaram seu livramento porque visavam uma maior recompensa.

Quando passamos pelas provas e tribulações, Deus não somente nos prepara a vitória que inevitavelmente virá, mas usa o tempo em que nela estamos para tratar com nossa alma. O Senhor lida com todo apego excessivo que temos nas coisas terrenas e nos ensina a ter os olhos n’Ele.

Isto é ser mais que vencedor. É ser tratado por Deus e chegar ao fim da adversidade melhor do que entramos.


Pr. Luciano Subirá - Ministério Orvalho
Extraído do site www.orvalho.com

sábado, 5 de dezembro de 2009

FÉ DOS AMIGOS


Dia 1 – Mateus 9:1-8 – A fé dos amigos
A primeira passagem que vamos ver hoje é Mateus 9:1-8 (que vemos também em Marcos 2:2-12 e Lucas 5:17-26)
Há duas coisas que se estão a passar nesta passagem – dois problemas separados. O primeiro problema já existiu durante algum tempo e está cada vez maior. O problema que os “doutores da Lei” têm é o que Jesus está a fazer e com que autoridade. Enquanto Jesus está a fazer milagres, curar os doentes, expulsar demónios etc. estes doutores da lei estão a questionar a sua autoridade. Eles não atinjem o ponto principal! Eles não conseguem ver as coisas espantosas que estão a acontecer, as vidas mudadas, os corpos curados. Não, eles ficam preocupados com a Lei e não com o amor. Eles estão mais preocupados em fazer as coisas bem feitas em vez de fazer as coisas certas.
Ao mesmo tempo há um outro problema, em segundo plano, com cinco homens. Não sabemos muitas coisas acerca destes 5 homens mas vejo-os como nós... pessoa normais com um problema que precisava ser resolvido. É nas suas histórias que quero focar hoje.
Cinco fulanos... pode ser um pequeno grupo do GBU. Os quatro rapazes são como nós mas o quinto tem um problema bastante grande... é paralítico. Posso imaginar a conversa no dia que Jesus chega a Cafarnaum entre estes rapazes (conseguem identificar estas personalidades nos vossos grupos?)
O amigo 1: optimista: “Olha! Ouviram que Jesus está cá em Cafarnaum? Podemos levar lá o Zé para ser curado!”
O amigo 2: pessimista: “Não sei, vai haver muita gente. Ouve, nem sequer vamos chegar lá perto! E não é só isso, sabes está muito quente e o Zé pesa muito, pá!”
O amigo 3: Organizador: “É verdade, é verdade, mas cada um pode pegar num canto da cama dele e o peso do Zé fica distribuído entre nós os 4. Vai correr bem! Tenho um mapa da cidade e acho que vamos conseguir lá chegar perto de onde Jesus está.”
O amigo 4: Orador/encorajador: “Devemos orar e pedir a Deus sabedoria e o caminho certo para
atravessar esta malta”. “Não te preocupes, Zé, vamos levar-te a Jesus!”
E assim lá vão! Cada homem a um canto da cama. O amigo 1 está tão entusiasmado que está quase a explodir! Ele está à frente a puxar os outros todos. No canto aposto está o amigo 2. Ele está a resmungar o tempo inteiro acerca do calor e o número das pessoas que estão no caminho etc. Ele está também a puxar, mas a atrasar os outros. O amigo número 3 está à frente com 1, ele está a guiar os amigos. Ele já planeou o caminho com antecedência e parece que não está preocupado nem com o calor nem com a multidão. O quarto amigo está o lado do 2 e ele está a orar. Está a orar por força, por protecção, e já por um milagre. De vez em quando ele olha para o Zé e pergunta como é que ele está.
Finalmente chegam! Mas ainda assim, há muitas pessoas a frente deles. Além disto, a casa onde
Jesus está completamente cheia, não conseguem entrar! O amigo 3 começa olhar a sua volta.
O amigo 1 está também a olhar a sua volta. Ele tem de chegar a Jesus e umas poucas centenas das pessoas não vão pará-lo! “Não há problema... vamos conseguir!”
O amigo 2 está a revirar os olhos e tem os braços cruzados. “Eu sabia, EU SABIA! Foi uma ideia
louca! Andamos não sei quantos quilómetros e para quê? Para nada! Ainda estamos LLLLOOONNNNGGGEEE de Jesus!”
O amigo 4: “Pai, o que devemos fazer agora? Chegámos aqui só para voltar para atrás? Não creio
que queres isto”. “Não te preocupes Zé, sei que parece impossível mas ainda não acabamos de tentar.
Alguns minutos depois os amigos 1 e 3 juntos gritam: “já sei! O telhado!”
O amigo 2: “vocês são loucos”.
O amigo 4: “Pode ser”
O Zé: “Socorro! Ajudem-me!”
E com isso eles tomaram a decisão. Os amigos 3 e 1 sobem até ao telhado primeiro. Deitam-se de barriga e estendem os braços. Os amigos 2 e 4 levantam o Zé com todas as suas forças...o Zé segura-se o melhore que pode, fecha os seus olhos e tenta abafar um grito.
“Um, dois três”. “Levanta”. “Já o apanhei”. “Puxa”. “Empurra”. “Subam mais”. “Cuidado com o Zé”.
“Já estão?” “Sim, já estamos”. É assim que os 5 chegam ao telhado da casa onde está Jesus!
O Amigo 3: “OK rapazes, temos de fazer o reconhecimento da zona! Onde está exactamente Jesus?
Cada um fica num canto e trabalhamos para o centro. Quando o encontrarem digam!”
O Amigo 2: “Tenho-o. Está na sala de jantar, perto da mesa.”
O Amigo 3: “Bem, abrimos um buraco aqui! Temos de fazer um buraco bastante grande para passar o Zé”.
O Amigo 1: “É fantástico! Com este tipo de telhado conseguimos abrir um buraco em minutos!”
O Amigo 2: “Com este tipo de telhado, vamos ter sorte se o telhado não cair completamente!”
O Amigo 3: “Com este tipo de telhado cada um tem de pegar numa secção.
O Amigo 4: “Pai, ajuda-nos abrir este telhado seguramente e facilmente.” “Zé, conseguimos já ver Jesus!”
Em pouco tempo os 3 abrem um grande buraco e com cordas, fazer descer o Zé mesmo a frente de Jesus.
Nessa altura, imagino que a entrada do paralítico não era uma surpresa. Imagina que Jesus, e todas as pessoas na casa já notaram um buraco a crescer no tecto. Com certeza algumas das pessoas acharam engraçada. Outras, provavelmente ficaram chateadas por causa da intrusão. Mas Jesus ia olhar para o tecto, ia ver as 4 caras ansiosa olhando para ele, e mais uma cara desesperada à sua frente.
A Bíblia diz que quando Jesus viu a fé que ELES TINHAM, ele perdoou os pecados do paralítico. Jesus perdoou o paralítico não só por causa da sua fé mas também por causa da fé dos seus amigos.
E agora os dois problemas têm uma colisão! Os doutores da Lei tem o grande problema com Jesus acerca de perdão dos pecados... e o paralítico ainda não se consegue mexer! Então Jesus faz um desafio a si próprio. Ele não consegue provar empiricamente que ele tem autoridade para perdoar os pecados mas ele conseguirá fazer provar a sua autoridade por fazer um paralítico andar. Se conseguir fazer um consegue fazer um outro! E, de repente o Zé fica de pé, pega na sua cama e vai para sua casa... totalmente curado.
Excelente história! Excelente para o Zé, mas o que tem a ver connosco hoje em dia? Tudo!
1. Espero que ninguém aqui seja como os doutores da Lei... que perderam os milagres da salvação por causa de legalismo, que não deixaram o Espírito Santo trabalhar porque não era conveniente na sua fé, ou porque estiveram mais interessados em fazer coisas bem feitas em vez de fazer as coisas certas.
a. Se tiveres estes problemas podemos orar juntos sobro este assunto. Deves falar com um assessor ou pastor.. É um problema pensar assim mas é ainda pior não fazer nada para mudar.
2. Para os outros... cada um de nós é como um dos amigos na história. Há uns que são optimistas outros são pessimistas. Há outros que são organizadores e ainda outros que são oradores e encorajadores.
Independentemente no tipo de pessoa que somos, todos temos um papel o de alcançar os nosso amigos para Cristo. Muitas vezes temos de trabalhar em equipa porque uma pessoa sozinha não tem todos os dons, as palavras, as ideias ou o esforço fazer. Temos de encorajar, lutar e orar uns pelos outros para vermos os nossos amigos encontrarem Jesus.
Os quatro amigos tinham pontos de vista diferentes mas eles trabalharam juntos porque o alvo era mais importante do que as personalidades! Os quatro amigos acreditaram em duas coisas nesse dia:
1) Que Jesus conseguia curar o seu amigo.
2) Que o seu amigo valia a pena.
Quando estamos na universidade com os nossos amigos:
1) Acreditamos que Jesus consegue curá-los? Como praticamos a nossa fé?
2) Acreditamos que eles valem o nosso tempo e a nossa energia, o nosso amor e o nosso compromisso? 3) Estamos prontos para lutar contra qual quer obstáculo para alcançar os nossos amigos para Cristo?
4) Achamos que Jesus pode curá-los por causa da nossa fé?
5) Oramos pelos nossos amigos fielmente e urgentemente?
6) Amamos os nossos amigos completamente?
7) Falamos com eles abertamente?
A forma como respondemos a estas perguntas vai determinar como fazemos evangelismo e eventualmente proclamação.
Vamos usar alguns minutos agora para reflectir acerca destes 4 amigos na história. Que tipo de pessoa és? Quais são os teus pontes fortes e fracos?
Depois, respondes as outras perguntas honestamente com Deus. Pedes a Sua ajuda.