sábado, 5 de dezembro de 2009

FÉ DOS AMIGOS


Dia 1 – Mateus 9:1-8 – A fé dos amigos
A primeira passagem que vamos ver hoje é Mateus 9:1-8 (que vemos também em Marcos 2:2-12 e Lucas 5:17-26)
Há duas coisas que se estão a passar nesta passagem – dois problemas separados. O primeiro problema já existiu durante algum tempo e está cada vez maior. O problema que os “doutores da Lei” têm é o que Jesus está a fazer e com que autoridade. Enquanto Jesus está a fazer milagres, curar os doentes, expulsar demónios etc. estes doutores da lei estão a questionar a sua autoridade. Eles não atinjem o ponto principal! Eles não conseguem ver as coisas espantosas que estão a acontecer, as vidas mudadas, os corpos curados. Não, eles ficam preocupados com a Lei e não com o amor. Eles estão mais preocupados em fazer as coisas bem feitas em vez de fazer as coisas certas.
Ao mesmo tempo há um outro problema, em segundo plano, com cinco homens. Não sabemos muitas coisas acerca destes 5 homens mas vejo-os como nós... pessoa normais com um problema que precisava ser resolvido. É nas suas histórias que quero focar hoje.
Cinco fulanos... pode ser um pequeno grupo do GBU. Os quatro rapazes são como nós mas o quinto tem um problema bastante grande... é paralítico. Posso imaginar a conversa no dia que Jesus chega a Cafarnaum entre estes rapazes (conseguem identificar estas personalidades nos vossos grupos?)
O amigo 1: optimista: “Olha! Ouviram que Jesus está cá em Cafarnaum? Podemos levar lá o Zé para ser curado!”
O amigo 2: pessimista: “Não sei, vai haver muita gente. Ouve, nem sequer vamos chegar lá perto! E não é só isso, sabes está muito quente e o Zé pesa muito, pá!”
O amigo 3: Organizador: “É verdade, é verdade, mas cada um pode pegar num canto da cama dele e o peso do Zé fica distribuído entre nós os 4. Vai correr bem! Tenho um mapa da cidade e acho que vamos conseguir lá chegar perto de onde Jesus está.”
O amigo 4: Orador/encorajador: “Devemos orar e pedir a Deus sabedoria e o caminho certo para
atravessar esta malta”. “Não te preocupes, Zé, vamos levar-te a Jesus!”
E assim lá vão! Cada homem a um canto da cama. O amigo 1 está tão entusiasmado que está quase a explodir! Ele está à frente a puxar os outros todos. No canto aposto está o amigo 2. Ele está a resmungar o tempo inteiro acerca do calor e o número das pessoas que estão no caminho etc. Ele está também a puxar, mas a atrasar os outros. O amigo número 3 está à frente com 1, ele está a guiar os amigos. Ele já planeou o caminho com antecedência e parece que não está preocupado nem com o calor nem com a multidão. O quarto amigo está o lado do 2 e ele está a orar. Está a orar por força, por protecção, e já por um milagre. De vez em quando ele olha para o Zé e pergunta como é que ele está.
Finalmente chegam! Mas ainda assim, há muitas pessoas a frente deles. Além disto, a casa onde
Jesus está completamente cheia, não conseguem entrar! O amigo 3 começa olhar a sua volta.
O amigo 1 está também a olhar a sua volta. Ele tem de chegar a Jesus e umas poucas centenas das pessoas não vão pará-lo! “Não há problema... vamos conseguir!”
O amigo 2 está a revirar os olhos e tem os braços cruzados. “Eu sabia, EU SABIA! Foi uma ideia
louca! Andamos não sei quantos quilómetros e para quê? Para nada! Ainda estamos LLLLOOONNNNGGGEEE de Jesus!”
O amigo 4: “Pai, o que devemos fazer agora? Chegámos aqui só para voltar para atrás? Não creio
que queres isto”. “Não te preocupes Zé, sei que parece impossível mas ainda não acabamos de tentar.
Alguns minutos depois os amigos 1 e 3 juntos gritam: “já sei! O telhado!”
O amigo 2: “vocês são loucos”.
O amigo 4: “Pode ser”
O Zé: “Socorro! Ajudem-me!”
E com isso eles tomaram a decisão. Os amigos 3 e 1 sobem até ao telhado primeiro. Deitam-se de barriga e estendem os braços. Os amigos 2 e 4 levantam o Zé com todas as suas forças...o Zé segura-se o melhore que pode, fecha os seus olhos e tenta abafar um grito.
“Um, dois três”. “Levanta”. “Já o apanhei”. “Puxa”. “Empurra”. “Subam mais”. “Cuidado com o Zé”.
“Já estão?” “Sim, já estamos”. É assim que os 5 chegam ao telhado da casa onde está Jesus!
O Amigo 3: “OK rapazes, temos de fazer o reconhecimento da zona! Onde está exactamente Jesus?
Cada um fica num canto e trabalhamos para o centro. Quando o encontrarem digam!”
O Amigo 2: “Tenho-o. Está na sala de jantar, perto da mesa.”
O Amigo 3: “Bem, abrimos um buraco aqui! Temos de fazer um buraco bastante grande para passar o Zé”.
O Amigo 1: “É fantástico! Com este tipo de telhado conseguimos abrir um buraco em minutos!”
O Amigo 2: “Com este tipo de telhado, vamos ter sorte se o telhado não cair completamente!”
O Amigo 3: “Com este tipo de telhado cada um tem de pegar numa secção.
O Amigo 4: “Pai, ajuda-nos abrir este telhado seguramente e facilmente.” “Zé, conseguimos já ver Jesus!”
Em pouco tempo os 3 abrem um grande buraco e com cordas, fazer descer o Zé mesmo a frente de Jesus.
Nessa altura, imagino que a entrada do paralítico não era uma surpresa. Imagina que Jesus, e todas as pessoas na casa já notaram um buraco a crescer no tecto. Com certeza algumas das pessoas acharam engraçada. Outras, provavelmente ficaram chateadas por causa da intrusão. Mas Jesus ia olhar para o tecto, ia ver as 4 caras ansiosa olhando para ele, e mais uma cara desesperada à sua frente.
A Bíblia diz que quando Jesus viu a fé que ELES TINHAM, ele perdoou os pecados do paralítico. Jesus perdoou o paralítico não só por causa da sua fé mas também por causa da fé dos seus amigos.
E agora os dois problemas têm uma colisão! Os doutores da Lei tem o grande problema com Jesus acerca de perdão dos pecados... e o paralítico ainda não se consegue mexer! Então Jesus faz um desafio a si próprio. Ele não consegue provar empiricamente que ele tem autoridade para perdoar os pecados mas ele conseguirá fazer provar a sua autoridade por fazer um paralítico andar. Se conseguir fazer um consegue fazer um outro! E, de repente o Zé fica de pé, pega na sua cama e vai para sua casa... totalmente curado.
Excelente história! Excelente para o Zé, mas o que tem a ver connosco hoje em dia? Tudo!
1. Espero que ninguém aqui seja como os doutores da Lei... que perderam os milagres da salvação por causa de legalismo, que não deixaram o Espírito Santo trabalhar porque não era conveniente na sua fé, ou porque estiveram mais interessados em fazer coisas bem feitas em vez de fazer as coisas certas.
a. Se tiveres estes problemas podemos orar juntos sobro este assunto. Deves falar com um assessor ou pastor.. É um problema pensar assim mas é ainda pior não fazer nada para mudar.
2. Para os outros... cada um de nós é como um dos amigos na história. Há uns que são optimistas outros são pessimistas. Há outros que são organizadores e ainda outros que são oradores e encorajadores.
Independentemente no tipo de pessoa que somos, todos temos um papel o de alcançar os nosso amigos para Cristo. Muitas vezes temos de trabalhar em equipa porque uma pessoa sozinha não tem todos os dons, as palavras, as ideias ou o esforço fazer. Temos de encorajar, lutar e orar uns pelos outros para vermos os nossos amigos encontrarem Jesus.
Os quatro amigos tinham pontos de vista diferentes mas eles trabalharam juntos porque o alvo era mais importante do que as personalidades! Os quatro amigos acreditaram em duas coisas nesse dia:
1) Que Jesus conseguia curar o seu amigo.
2) Que o seu amigo valia a pena.
Quando estamos na universidade com os nossos amigos:
1) Acreditamos que Jesus consegue curá-los? Como praticamos a nossa fé?
2) Acreditamos que eles valem o nosso tempo e a nossa energia, o nosso amor e o nosso compromisso? 3) Estamos prontos para lutar contra qual quer obstáculo para alcançar os nossos amigos para Cristo?
4) Achamos que Jesus pode curá-los por causa da nossa fé?
5) Oramos pelos nossos amigos fielmente e urgentemente?
6) Amamos os nossos amigos completamente?
7) Falamos com eles abertamente?
A forma como respondemos a estas perguntas vai determinar como fazemos evangelismo e eventualmente proclamação.
Vamos usar alguns minutos agora para reflectir acerca destes 4 amigos na história. Que tipo de pessoa és? Quais são os teus pontes fortes e fracos?
Depois, respondes as outras perguntas honestamente com Deus. Pedes a Sua ajuda.

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