quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

MARTA OU MARIA?


O corpo ágil entre a mobília simples, ia de um canto a outro da casa.
Em uma das mãos os pratos, na outra uma travessa com pão. E enquanto lembrava do vinho e da posição das almofadas, sentia uma gota de suor escorrer pela fronte.
Sobrecarregada com tantos cuidados, permitia que a preocupação invadisse seus pensamentos, fatigasse seu corpo, turbasse seu coração.
Ah! Como seria bom se tivesse ajuda!
Embalada por esse pensamento, irrompeu pela sala com a autoridade de quem está encarregada de um grande trabalho.
A cobrança aborrecida encontrou no Mestre a resposta inesperada. Palavras que lhe despertaram para o desejo real do coração do Senhor:
“Marta, Marta, estás ansiosa e perturbada com muitas coisas; entretanto poucas são necessárias, ou mesmo uma só; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.”
Naquele momento, caiu em si mesma. Pode então perceber o brilho no olhar embevecido de Maria, sentada aos pés de Jesus.
Certamente que ninguém poderia tirá-la daquele lugar. Nada poderia impedir que, naquele momento, ela desfrutasse de sua presença, o sabor doce de suas palavras.
Maria tinha sede. E como a corça suspira por águas, seu espírito clamava em desespero pelas fontes de água viva.
Definitivamente, nada poderia tirá-la do lugar mais sublime do mundo: a presença do Deus vivo.
Quantas pessoas andam preocupadas, cuidadosas com tantos afazeres, e acabam perdendo o sentido do quanto é importante e prazeroso estar bem juntinho do Senhor.
Alguns, sob a alegação que “estão fazendo a obra”, somam tantas tarefas, desgastam-se tanto que sequer conseguem tempo e forças para passar alguns minutos com o Senhor da Seara, perguntar-lhe “que queres que eu faça?”
Marta via o agora, olhava unicamente o serviço a ser feito, o desejo de mostrar-se uma excelente anfitriã, uma boa dona de casa.
Maria olhava o futuro, contemplava a cruz. Entendia que aquele momento poderia ser o último, a derradeira oportunidade de aprender com Jesus, de desfrutar da alegria de sua presença.
Se te afadigas com muitas coisas, uma única te basta: pergunte a Ele sobre seus propósitos para tua vida. E então, faça tua escolha: ser Marta, cansada, ansiosa e preocupada ou Maria, aprendendo com o Senhor, sendo edificada pela graça e crescendo em amor.

EV:Marcos Mendes

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Pakau Oro Mon


“Pakau Oro Mon” é o livro da Missionária Kelem Gaspar.
Este livro conta uma linda história de entrega nas mãos de Deus, de uma jovem que vai evangelizar os índios na Amazônia e enfrenta muitas situações surpreendentes, que certamente vai cativar todos os leitores.
A missionária e o seu esposo Dulcival estiveram em Natal mais de uma vez, pregando a Palavra de Deus e testemunhando do Seu poder.
Entre em contato com eles para adquirir o livro.

Kleber Maia

Conheça a obra:

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Olhando Para o Alto


Fomos chamados para viver acima das circunstâncias e ter os nossos olhos no Senhor. As Escrituras Sagradas nos dizem que Satanás veio para roubar, matar e destruir (Jo.10:10). Esta era uma das menções bíblicas que eu mais gostava de pregar, dando ênfase ao fato de que Cristo, por sua vez, veio para nos dar vida e vida com abundância.

Eu sempre dizia que o diabo vive tentando roubar a saúde, o dinheiro e a família de cada vivente, pois ele não quer que ninguém seja feliz sob as bênçãos de Deus. Mas o fato é que o diabo não está tão preocupado com estas coisas, elas não são seu verdadeiro alvo. O que ele verdadeiramente quer é roubar nossa fé e relacionamento com Deus. Este é seu fim, seu grande objetivo; mas roubar a saúde, o dinheiro e a família, são MEIOS QUE ELE USA para tentar conseguir chegar onde realmente quer.

Portanto, precisamos aprender a viver olhando para o alto, com nossos olhos fixos no Senhor em todo tempo, independentemente das circunstâncias à nossa volta. E o processo de ser mais que vencedor tem a ver com isto. No fim da prova Deus não somente nos dá a vitória, como também nos ensina a apegarmo-nos mais a Ele, vivendo acima das situações externas.

A geração atual de crentes vive olhando somente para as coisas terrenas, não tem seus olhos em Deus. Nossa pregação praticamente só enfatiza o que é terreno, quase não se leva as pessoas a olharem o celestial; mas segundo a exortação bíblica, devemos levantar nossos olhos:

“Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.” - Colossenses 3:1-3

Note o mandamento da Palavra que vem como um imperativo: Buscai e pensai nas coisas do alto, não nas que são da terra. Em toda a Bíblia encontraremos advertências quanto à termos nossos olhos no alto em vez de na terra.

No Tabernáculo de Moisés, que Deus o mandou construir segundo o exato modelo das visões que ele teve no monte, é impressionante a ênfase figurada que o Senhor deu deste assunto. Quando mandou Moisés fazer as quatro coberturas que se sobrepunham como teto da tenda da revelação, o Pai Celestial mandou que elas fossem todas bordadas, embelezadas; eram um verdadeiro espetáculo artesanal que ninguém hoje poderia reproduzir, pois a arte não era meramente humana, Deus havia enchido os artesãos com seu Espírito para que pudessem executar o modelo divino ordenado.

Portanto, quando alguém entrava na tenda da revelação, se queria ver algo belo tinha que olhar para cima, para o alto. Mas se conservasse seus olhos no chão não veria beleza alguma, pois Deus nunca mandou que fizessem nenhum tipo de piso, aonde acampavam utilizavam-se da própria terra do local. Enquanto o teto era indescritivelmente belo, o chão era feio, de terra. Assim também é na vida cristã, a beleza do andar com Deus está quando aprendemos a olhar para o alto, para Deus mesmo e as coisas celestiais; não há beleza numa vida de preocupação somente com o terreno.

Não há nada espiritualmente belo num evangelho que só prega sobre o dinheiro e os caprichos deste mundo como se isso fosse a prosperidade bíblica! Não se engane, nossos olhos devem se levantar bem acima do que é terreno, sejam os atrativos deste mundo ou as circunstâncias negativas que nos cercam; devemos olhar para o alto em todo tempo.

Crentes que só se preocupam com o dinheiro e seus negócios, não servirão ao propósito divino da colheita de almas, pois para se ter a sensibilidade espiritual de ver a necessidade dos perdidos é preciso tirar os olhos das coisas terrenas e levantá-los para os céus. Jesus mesmo disse: “erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa” (Jo.4:35).

Por que o Mestre disse isto aos discípulos? Porque enquanto eles só haviam pensado em buscar comida e saciar sua fome naquela aldeia de samaritanos, Jesus se preocupara em ganhar aquela mulher que estava junto ao poço de Jacó, e ela por sua vez, trouxe praticamente toda a aldeia para ouvi-lo.

Então ele lhes diz que se nossos olhos estiverem no chão, cuidando apenas das coisas terrenas, não enxergaremos os campos brancos para a ceifa; ou seja, não teremos a sensibilidade de ver a necessidade espiritual das pessoas. Temos que olhar para o alto se queremos ser úteis ao Senhor, pois aqueles que só olham para o chão desanimam-se nas horas difíceis e deixam de servi-Lo. Já quanto aos que têm seus olhos no Senhor, não há o que os faça parar.

Prender nossos olhos no chão é o grande plano satânico contra nossas vidas; ao atacar nossa saúde, família e bens, o que o maligno quer de fato é tirar nossos olhos do Senhor, fazendo com que fitemos somente o chão, o terreno. Embora, como diz meu pai, tirar os olhos da terra não significa tirar os pés do chão (a perda do pragmatismo e da disciplina). Há um texto bíblico que revela esta astúcia do inimigo em seus ataques; examinêmo-lo com suas figuras espirituais:

“E veio ali uma mulher possessa de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; andava ela encurvada, sem de modo algum poder endireitar-se. Vendo-a Jesus, chamou-a e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade; e, impondo-lhe as mãos, ela imediatamente se endireitou e dava glória a Deus.” - Lucas 13:11-13

Esta mulher andava encurvada por quase duas décadas, e não havia meios de se endireitar pois sua doença era espiritual e não física. Tratava-se de um espírito maligno de enfermidade, um agente de Satanás prendendo seu corpo. Sabe, há uma figura aqui; esta mulher vivia olhando somente para o chão; sua costa encurvada a impedia de andar olhando para cima. Podemos ver em operação na vida desta mulher o verdadeiro plano maligno contra cada cristão; Cristo disse que ela estava numa prisão de Satanás:

“Por que motivo não se devia livrar deste cativeiro, em dia de sábado, esta filha de Abraão, a quem Satanás trazia presa há dezoito anos?” - Lucas 13:16

Estar numa prisão de Satanás não quer dizer que o próprio príncipe das trevas a prendia pessoalmente, pois já vimos que era um enviado dele, um espírito de enfermidade, quem realizava o trabalho. Mas Jesus mostrou que tal espírito maligno só estava cumprindo ordens de seu chefe, o que nos permite ver que o plano era de Satanás e a execução era do subalterno dele. Por que é importante notar isto? Para entendermos que o inimigo não nos ataca só por atacar, ele tem planos e estratégias para tentar nos derrubar e devemos nos prevenir contra ele!

Que tipo de prisão era esta que Jesus mencionou? Não era a doença e nem o espírito de enfermidade em si, mas a que ponto ele levava esta mulher. Ela não podia olhar para o alto! É isto que o diabo quer, que tiremos os nossos olhos de Deus; esta era uma crente da época, pois foi chamada de “filha de Abraão”, referência dada não só por ser naturalmente descendente do patriarca, mas por esperar na promessa divina feita a ele.

Também vemos que ela estava na sinagoga, o que poderíamos chamar de a igreja da época. Não se tratava de uma pecadora qualquer que nada queria saber acerca de Deus, mas de alguém que o temia, cria n’Ele e queria andar em sua presença.

Semelhantemente, Satanás tenta nos prender com os olhos no chão, para que não olhemos para cima. E por que ele nos ataca desta forma? Porque ele não pode nos arrancar das mãos de Deus, como Jesus mesmo falou:

“As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar. Eu e o Pai somos um.” - João 10:27-30

O diabo jamais poderá nos tirar das mãos de Jesus! Nunca! Temos um claro pronunciamento de Jesus Cristo neste sentido. Mas ele vai atacar com sutileza; ele quer nos indispor com o Senhor, fazendo com que nos voltemos contra Ele, porque então nós mesmos desceremos dos braços do Senhor e estaremos expostos. No livro do Apocalipse, o Senhor faz menção da doutrina de Balaão, que costumava ensinar Balaque a por tropeços diante dos filhos de Israel para que pecassem (Ap.2:14).

Lemos em Números que Balaque contratou Balaão para amaldiçoar a Israel pois tinha medo de ser por ele destruído na batalha. Deus advertiu a Balaão que não fosse após Balaque, mas ele amou o prêmio da injustiça e desobedeceu. Mas não conseguiu amaldiçoar ao povo do Senhor, pois em cada uma das quatro vezes em que tentou fazê-lo, Deus mudou suas palavras em bênçãos sobre os israelitas. Vendo que nada podia contra o povo, Balaão aconselhou Balaque, rei dos moabitas, a enviar as mulheres do seu povo ao arraial dos israelitas para que se prostituíssem com eles e então os levasse a adorar os deuses delas.

Qual foi o pensamento de Balaão? Ele viu que não havia como tocar o povo pois eles estavam debaixo da proteção divina e com Deus ninguém pode; então a única saída seria colocar o povo contra Deus, visto que Deus não abandonaria o povo. E quando através do pecado da prostituição e também da idolatria o povo se afastou do Senhor, então ficou vulnerável, e a ira do Senhor se acendeu contra o povo.

O que Balaão não podia fazer contra o povo, fez com que o próprio povo fizesse contra si mesmo! É assim que o diabo age. Uma vez que ele não pode tirar-nos da mão do Senhor, nem fazer nada contra nossas vidas por permanecemos em Cristo, então tenta nos colocar contra o Senhor, para que saiamos do colo d’Ele e fiquemos vulneráveis.

Esta é a razão porque o maligno tanto tenta prender nossos olhos nas coisas materiais, para que quando conseguir tocar nelas isto venha a doer em nós a tal ponto de nos indispormos contra Cristo. Mas na vida daquele que ama o Senhor e tem os olhos n’Ele, o inimigo não consegue isto.

Isso nos permite ver porque Satanás investe tanto contra o que possuímos, não porque seja isto o que ele queira, mas por ser o meio para que ele tente chegar onde realmente quer chegar: minar nossa fé e relacionamento com o Senhor.

Mas diante disto podemos também enxergar porque Deus permite o inimigo investir contra estas áreas de nossas vidas; cada ataque maligno pode ser visto como um tempo de treinamento e adestramento para os soldados do exército divino. No paralelo natural, nunca vemos num quartel os soldados prepararem-se para a guerra passando um ano inteiro deitados em redes com sombra e água fresca.

Não! Pois isto não prepara ninguém! Também o Senhor não treina seu exército no bem-bom da vida, mas em meio às provas e tribulações. E muitas vezes Deus permitirá o ataque do maligno contra seus bens materiais para que ao fim você não apenas vença, mas seja mais que vencedor, seja alguém tratado pelo Senhor; pois enquanto Satanás nos tira algo tentando fazer com que nosso coração egoísta se volte contra Deus, o Senhor por sua vez, permite que aquilo seja temporariamente tirado até que nosso coração aprenda a não se apegar àquilo mais do que a Deus.

Às vezes será do interesse não só do diabo, mas também de Deus que algo nos seja temporariamente tirado. Percebi isto depois de um acidente de carro que tive; não era somente Satanás que queria me tirar o carro e o ministério, mas naquele momento singular da minha vida Deus também queria muito fazê-lo! Não só para me conduzir ao seu plano para a minha vida, mas para me fazer entrar no “tratamento de Deus comigo”.

Mas o golpe do diabo doeu em mim porque minhas coisas valiam mais para mim do que eu imaginava; meus olhos estavam no chão e não no alto. Mas Deus me ensinou, e como Paulo posso dizer que aprendi. Quando um homem ou uma mulher de Deus colocam seus olhos no Senhor e assim permanecem, serão vitoriosos. Tenho aprendido que os ataques mais atrozes do inimigo, como aqueles em que pessoas chegaram ao ponto de morrer por Cristo, não visavam tocar nas circunstâncias e nem mesmo na vida destas pessoas; o diabo não queria que morressem, mas que, por medo da morte negassem Jesus.

Cada vez que um mártir derramou seu sangue pelo evangelho, Satanás não ganhou, só perdeu. Pois o heroísmo dos mártires somente fortaleceu o evangelho, nunca o enfraqueceu. Nosso conceito de vitória ainda é muito carnal, terreno; mas os mártires foram além disto e venceram ao diabo (Ap.12:11), pois sabiam manter seus olhos no Senhor. Veja um exemplo disto:

“Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à sua direita, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus. Eles, porém, clamando em alta voz, taparam os ouvidos e, unânimes, arremeteram contra ele.
E, lançando-o fora da cidade, o apedrejaram. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo. E apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu.” - Atos 7:55-60

O relato bíblico diz que Estevão, cheio do Espírito, FITOU OS OLHOS NO CÉU. Algo que o Espírito Santo vai operar em nós à medida em que nos rendemos a Ele, é tirar nossos olhos do chão para o céu; das coisas terrenas para as celestiais. Estevão foi o primeiro mártir e nos deixou um modelo perfeito de vitória sobre o inimigo: seus olhos estavam em Deus, não no que é terreno.

E neste texto tenho descoberto um princípio espiritual figurado muito forte: Quando nossos olhos estão no Senhor, somos anestesiados para os ataques malignos contra nossa vida! Estevão foi milagrosa e sobrenaturalmente anestesiado por Deus contra as pedradas que o mataram; o texto diz que enquanto o apedrejavam ele invocava ao Senhor e orava, e mais: diz que ele se colocou de joelhos, e à semelhança de Cristo na cruz, pediu que o pecado de seus assassinos fosse perdoado.

Ninguém que está sendo apedrejado faz isto; nossa imediata reação é cobrir o rosto e se proteger como puder; mas os olhos de Estevão não estavam em si mesmo, estavam nos céus, e em razão disto podemos dizer que ele foi fortalecido por Deus, ou até mesmo que foi “anestesiado”. Seria impossível em condições normais ele se ajoelhar e ficar olhando para o alto sem se defender, mas algo aconteceu com ele.

E quando colocamos os nossos olhos no Senhor independentemente de que tipo de situação estamos enfrentando, algo também vai acontecer conosco; seremos confortados e anestesiados pelo Senhor, e Satanás não será vitorioso. Pelo contrário, nós é que seremos mais que vencedores! No caso de Estevão, o que veio além da vitória não foi o tratamento, pois ele passou à glória celestial, mas além de vencedor ele recebeu um galardão mais glorioso. É isto que acontece com os mártires; Hebreus 11:35 diz que alguns não aceitaram seu livramento porque visavam uma maior recompensa.

Quando passamos pelas provas e tribulações, Deus não somente nos prepara a vitória que inevitavelmente virá, mas usa o tempo em que nela estamos para tratar com nossa alma. O Senhor lida com todo apego excessivo que temos nas coisas terrenas e nos ensina a ter os olhos n’Ele.

Isto é ser mais que vencedor. É ser tratado por Deus e chegar ao fim da adversidade melhor do que entramos.


Pr. Luciano Subirá - Ministério Orvalho
Extraído do site www.orvalho.com

sábado, 5 de dezembro de 2009

FÉ DOS AMIGOS


Dia 1 – Mateus 9:1-8 – A fé dos amigos
A primeira passagem que vamos ver hoje é Mateus 9:1-8 (que vemos também em Marcos 2:2-12 e Lucas 5:17-26)
Há duas coisas que se estão a passar nesta passagem – dois problemas separados. O primeiro problema já existiu durante algum tempo e está cada vez maior. O problema que os “doutores da Lei” têm é o que Jesus está a fazer e com que autoridade. Enquanto Jesus está a fazer milagres, curar os doentes, expulsar demónios etc. estes doutores da lei estão a questionar a sua autoridade. Eles não atinjem o ponto principal! Eles não conseguem ver as coisas espantosas que estão a acontecer, as vidas mudadas, os corpos curados. Não, eles ficam preocupados com a Lei e não com o amor. Eles estão mais preocupados em fazer as coisas bem feitas em vez de fazer as coisas certas.
Ao mesmo tempo há um outro problema, em segundo plano, com cinco homens. Não sabemos muitas coisas acerca destes 5 homens mas vejo-os como nós... pessoa normais com um problema que precisava ser resolvido. É nas suas histórias que quero focar hoje.
Cinco fulanos... pode ser um pequeno grupo do GBU. Os quatro rapazes são como nós mas o quinto tem um problema bastante grande... é paralítico. Posso imaginar a conversa no dia que Jesus chega a Cafarnaum entre estes rapazes (conseguem identificar estas personalidades nos vossos grupos?)
O amigo 1: optimista: “Olha! Ouviram que Jesus está cá em Cafarnaum? Podemos levar lá o Zé para ser curado!”
O amigo 2: pessimista: “Não sei, vai haver muita gente. Ouve, nem sequer vamos chegar lá perto! E não é só isso, sabes está muito quente e o Zé pesa muito, pá!”
O amigo 3: Organizador: “É verdade, é verdade, mas cada um pode pegar num canto da cama dele e o peso do Zé fica distribuído entre nós os 4. Vai correr bem! Tenho um mapa da cidade e acho que vamos conseguir lá chegar perto de onde Jesus está.”
O amigo 4: Orador/encorajador: “Devemos orar e pedir a Deus sabedoria e o caminho certo para
atravessar esta malta”. “Não te preocupes, Zé, vamos levar-te a Jesus!”
E assim lá vão! Cada homem a um canto da cama. O amigo 1 está tão entusiasmado que está quase a explodir! Ele está à frente a puxar os outros todos. No canto aposto está o amigo 2. Ele está a resmungar o tempo inteiro acerca do calor e o número das pessoas que estão no caminho etc. Ele está também a puxar, mas a atrasar os outros. O amigo número 3 está à frente com 1, ele está a guiar os amigos. Ele já planeou o caminho com antecedência e parece que não está preocupado nem com o calor nem com a multidão. O quarto amigo está o lado do 2 e ele está a orar. Está a orar por força, por protecção, e já por um milagre. De vez em quando ele olha para o Zé e pergunta como é que ele está.
Finalmente chegam! Mas ainda assim, há muitas pessoas a frente deles. Além disto, a casa onde
Jesus está completamente cheia, não conseguem entrar! O amigo 3 começa olhar a sua volta.
O amigo 1 está também a olhar a sua volta. Ele tem de chegar a Jesus e umas poucas centenas das pessoas não vão pará-lo! “Não há problema... vamos conseguir!”
O amigo 2 está a revirar os olhos e tem os braços cruzados. “Eu sabia, EU SABIA! Foi uma ideia
louca! Andamos não sei quantos quilómetros e para quê? Para nada! Ainda estamos LLLLOOONNNNGGGEEE de Jesus!”
O amigo 4: “Pai, o que devemos fazer agora? Chegámos aqui só para voltar para atrás? Não creio
que queres isto”. “Não te preocupes Zé, sei que parece impossível mas ainda não acabamos de tentar.
Alguns minutos depois os amigos 1 e 3 juntos gritam: “já sei! O telhado!”
O amigo 2: “vocês são loucos”.
O amigo 4: “Pode ser”
O Zé: “Socorro! Ajudem-me!”
E com isso eles tomaram a decisão. Os amigos 3 e 1 sobem até ao telhado primeiro. Deitam-se de barriga e estendem os braços. Os amigos 2 e 4 levantam o Zé com todas as suas forças...o Zé segura-se o melhore que pode, fecha os seus olhos e tenta abafar um grito.
“Um, dois três”. “Levanta”. “Já o apanhei”. “Puxa”. “Empurra”. “Subam mais”. “Cuidado com o Zé”.
“Já estão?” “Sim, já estamos”. É assim que os 5 chegam ao telhado da casa onde está Jesus!
O Amigo 3: “OK rapazes, temos de fazer o reconhecimento da zona! Onde está exactamente Jesus?
Cada um fica num canto e trabalhamos para o centro. Quando o encontrarem digam!”
O Amigo 2: “Tenho-o. Está na sala de jantar, perto da mesa.”
O Amigo 3: “Bem, abrimos um buraco aqui! Temos de fazer um buraco bastante grande para passar o Zé”.
O Amigo 1: “É fantástico! Com este tipo de telhado conseguimos abrir um buraco em minutos!”
O Amigo 2: “Com este tipo de telhado, vamos ter sorte se o telhado não cair completamente!”
O Amigo 3: “Com este tipo de telhado cada um tem de pegar numa secção.
O Amigo 4: “Pai, ajuda-nos abrir este telhado seguramente e facilmente.” “Zé, conseguimos já ver Jesus!”
Em pouco tempo os 3 abrem um grande buraco e com cordas, fazer descer o Zé mesmo a frente de Jesus.
Nessa altura, imagino que a entrada do paralítico não era uma surpresa. Imagina que Jesus, e todas as pessoas na casa já notaram um buraco a crescer no tecto. Com certeza algumas das pessoas acharam engraçada. Outras, provavelmente ficaram chateadas por causa da intrusão. Mas Jesus ia olhar para o tecto, ia ver as 4 caras ansiosa olhando para ele, e mais uma cara desesperada à sua frente.
A Bíblia diz que quando Jesus viu a fé que ELES TINHAM, ele perdoou os pecados do paralítico. Jesus perdoou o paralítico não só por causa da sua fé mas também por causa da fé dos seus amigos.
E agora os dois problemas têm uma colisão! Os doutores da Lei tem o grande problema com Jesus acerca de perdão dos pecados... e o paralítico ainda não se consegue mexer! Então Jesus faz um desafio a si próprio. Ele não consegue provar empiricamente que ele tem autoridade para perdoar os pecados mas ele conseguirá fazer provar a sua autoridade por fazer um paralítico andar. Se conseguir fazer um consegue fazer um outro! E, de repente o Zé fica de pé, pega na sua cama e vai para sua casa... totalmente curado.
Excelente história! Excelente para o Zé, mas o que tem a ver connosco hoje em dia? Tudo!
1. Espero que ninguém aqui seja como os doutores da Lei... que perderam os milagres da salvação por causa de legalismo, que não deixaram o Espírito Santo trabalhar porque não era conveniente na sua fé, ou porque estiveram mais interessados em fazer coisas bem feitas em vez de fazer as coisas certas.
a. Se tiveres estes problemas podemos orar juntos sobro este assunto. Deves falar com um assessor ou pastor.. É um problema pensar assim mas é ainda pior não fazer nada para mudar.
2. Para os outros... cada um de nós é como um dos amigos na história. Há uns que são optimistas outros são pessimistas. Há outros que são organizadores e ainda outros que são oradores e encorajadores.
Independentemente no tipo de pessoa que somos, todos temos um papel o de alcançar os nosso amigos para Cristo. Muitas vezes temos de trabalhar em equipa porque uma pessoa sozinha não tem todos os dons, as palavras, as ideias ou o esforço fazer. Temos de encorajar, lutar e orar uns pelos outros para vermos os nossos amigos encontrarem Jesus.
Os quatro amigos tinham pontos de vista diferentes mas eles trabalharam juntos porque o alvo era mais importante do que as personalidades! Os quatro amigos acreditaram em duas coisas nesse dia:
1) Que Jesus conseguia curar o seu amigo.
2) Que o seu amigo valia a pena.
Quando estamos na universidade com os nossos amigos:
1) Acreditamos que Jesus consegue curá-los? Como praticamos a nossa fé?
2) Acreditamos que eles valem o nosso tempo e a nossa energia, o nosso amor e o nosso compromisso? 3) Estamos prontos para lutar contra qual quer obstáculo para alcançar os nossos amigos para Cristo?
4) Achamos que Jesus pode curá-los por causa da nossa fé?
5) Oramos pelos nossos amigos fielmente e urgentemente?
6) Amamos os nossos amigos completamente?
7) Falamos com eles abertamente?
A forma como respondemos a estas perguntas vai determinar como fazemos evangelismo e eventualmente proclamação.
Vamos usar alguns minutos agora para reflectir acerca destes 4 amigos na história. Que tipo de pessoa és? Quais são os teus pontes fortes e fracos?
Depois, respondes as outras perguntas honestamente com Deus. Pedes a Sua ajuda.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

PARA VOCÊ - QUE SOMENTE CHORA


Acabo de receberuma mensagem de uma pessoa muito amiga. Ela me escreveu dizendo que ultimamente tem chorado muito.
A vida humana não existe sem choro.
O primeiro ato do recém-nascido é chorar.
Quando se exala o último suspiro, o primeiro que fazem os circunstantes é chorar. E todos parecem esquecer o que disse O Barão de Montesquieu: "Devemos chorar as pessoas à nascença, e não quando da sua morte."
Mas há vidas tão preciosas, tão especiais, tão relevantes que para nós mil vezes melhor seria se jamais viessem a morrer.
Outras, como Manassés, morreram sem deixar saudades. Ou seja, ninguém chorou por eles.
Chora-se por nada e se chora também por tudo.
Há os poucos que choram quando ganham e os muitos que choram por perderem.
Há os que choram no reencontro, e os que choram na despedida.
A mãe chora quando vê o filho nascer, chora quando vê o infante crescer, mas chora muito mais quando “perde” o seu amado para aquele(a) que o(a) amou ainda mais.
Chorar envolve sentimentos profundos. Significa o derramar da alma.
Chora-se pouco nas alegrias, chora-se copiosamente quando as tristezas aparecem.
Chora-se no primeiro dia de aula; chora-se muito mais no dia da formatura.
Chora-se pelos parentes de perto que sofrem, bem como se chora pelos desconhecidos de longe. Aqueles são vistos todo dia; estes só são lembrados pelos flashes e manchetes da mídia.
Chora-se diante da sacrificial obediência dos filhos submissos. Chora—se ainda mais pela traição dos pródigos desalmados.
Chora o pastor pela ovelha desgarrada, chora o artista pelo quadro destruido, chora o órfão pelo(a) amado(a) que se foi.
Chora o turista sábio por tudo o que viu. Chora o viajante distraído por aquilo que deixou de ver.
Chora o comerciante pela falta de clientes. Chora o jogador pela vitória sofrida.
Chora Jacó por Raquel, chora Paulo pelos irmãos de Mileto, chora João pelo Cristo eterno, chora Jesus pela cidade de Jerusalém.
Todos choram. Melhor dizendo, todos choramos.
Você também chora.
Há os que dizem que chorar nada significa, mas outros, como Shakespeare, preferem declarar que "chorar é diminuir a profundidade da dor."
Fácil, bem fácil mesmo, é dar opiniões sobre o choro, quando as circunstâncias não o produzem. Difícil, bem difícil mesmo é impedir que se chore quando tudo indica que chorar é o que mais acertado se pode fazer.
Às vezes parece que existem aqueles que melhor demonstram sua alegria, chorando. E que dizer dos que se alegram, tentando mostrar que choram?
Talvez Tácito estivesse pensando nesses quando disse que “ninguém chora com mais ostentação do que os que mais se regozijam."
A Divindade se caracteriza pela impossibilidade de chorar.
Chorar, portanto, é quase o traço maior da prova da humanidade.
Isto posto, o grande monumento que evidencia a humanidade perfeita do Filho de Deus provavelmente é João 11.35: JESUS CHOROU.
Milhares de judeus teriam seguido o Nazareno se não tivessem ouvido Dele a sentença que os fez encher de desprezo pelo Messias de Israel: “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados”.
Não valem divagações quando o Mestre fala. Sua Palavra é a verdade. Chorar é bom e faz feliz.
Eu chorei, tu choraste, ELE chorou.
Apenas te digo que não chores sem consolo, ou seja, não chores longe Dele.
Ele é o Primeiro Consolador de nossas vidas.
E por haver regressado ao Seu Lar Celestial, brindou-nos com a oferta do Espírito Santo, o “outro” Consolador.
Se precisares “nadar o teu leito em lágrimas”, como hiperbolizou Davi, lembra-te de que é prova de sabedoria manter a disciplina sobre duas coisas na vida: saber chorar e entender quando parar de chorar.
O Mestre da Galiléia, que chorou no momento certo, disse para a viúva de Naim: “Não chores”.
Ela já havia chorado o suficiente.
Vale recordar a sentença-conselho Rabindranath Tagore. Ela pode de alguma maneira merecer atenção, especialmente para aqueles que não sabem por que choram, ou insistem em continuar a chorar depois de visivelmente confortados: "Se choras porque perdeste o sol, as lágrimas não te deixarão ver as estrelas."
Até que cheguemos ao Céu, o lugar sem lágrimas, mito teremos que chorar.
Mas não permitamos que o excesso de nossas lágrimas comprometa a abundancia de nossa alegria, transformando-a em escassez inócua.
Entre chorar e chorar o melhor a fazer é sorrir e sorrir.
Qualquer choro cambaleia quando ouvimos esta popularíssima expressão: “Sorri. Jesus te ama”.
Cada um de nós tem um pouco de Jeremias dentro de si mesmo. Mas, por que não ter, também, muito de Paulo? “Regozijai-vos. Outra vez vos digo: regozijai-vos”.
Leitores que choram, ouçam o que diz a Palavra eterna: “chorai com os que choram”.
Mas não fiquemos aqui. Vamos um pouco adiante: “Alegrai-vos com os que se alegram”.
Em conclusão, descansemos nossa alma com imortal declaração do salmista: O choro pode durar a noite toda, mas a alegria vem pela manhã”.

Pr. Geziel Gomes

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Intimidade Com DEUS


Uma vez ouvi esta frase a um amigo meu: "Se quiseres conhecer a Deus… torna-te amigo do silêncio.". Na época dos telemóveis, do correio electrónico e dos PDAs, é cada vez mais difícil experimentar momentos de silêncio. As nossas vidas ficaram tão preenchidas com actividades que nos esquecemos o que significa "aquietai-vos e sabei que Eu Sou Deus" (Salmo 46:10) Inclusive os nossos momentos de adoração estão repletos de actividades, quase ao ponto de não haver tempo para que Deus possa responder ao clamor dos nossos corações e se possa mover no nosso meio. E porque é que isto acontece?

Eu penso que existe um medo da intimidade em todos nós. E por causa desse receio, por vezes é mais fácil (e seguro) manter os nossos momentos de adoração com actividade e não permitindo os momentos mais íntimos com o nosso Pai Celestial. Por vezes é mais confortável para nós cantar hinos mais rápidos, constituídos basicamente pelos refrões que nos incitam a bater palmas energicamente em vez de entoar-mos hinos de amor a Deus que nos tornam vulneráveis. Não me interpretem mal, eu não estou a sugerir que deixemos de cantar hinos rápidos! Estou apenas a sugerir que também necessitamos de momentos de adoração que não estejam repletos de actividades. Momentos onde podemos aquietar as nossas mentes e os nossos corações e ouvir a voz de Deus.. sentir o bater do Seu coração.

A palavra grega para Adoração (Proskuneo) significa "beijar respeitosamente". Sugere uma atitude muito intima da nossa parte. Qual foi a última vez que nos seus momentos de adoração você consegui "beijar respeitosamente a Deus? É durante estes momentos que o Espírito Santo se move no nosso meio, restaurando corações, espíritos e vidas quebrantadas. É nestes momentos que o Espírito Santo brilha a Sua luz nos nossos corações e mostra-nos os nossos pecados. Salmo 139:23-24 diz: " Sonda-me , ó Deus e conhece o meu coração. Prova-me e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno". Vamos assegurar que os momentos de intimidade na nossa adoração permitam a Deus que se mova e sonde o nosso coração.

Se nos abrir-mos para Deus nos momentos de adoração, ficamos vulneráveis, mas estou convencido de que é isso de que espera de nós. Ele espera que nós fiquemos mais amolecidos ao adorarmos a Deus, para que Ele então começar a encher-nos com o Seu amor, o Seu perdão e a sua cura.

Talvez o seu meio cultural ou religioso o tenha ensina o demonstrar a Deus o mínimo de emoções quando se trata de adorar a Deus. O resultados deste tipo de "desconfiança" pode ser observado em muitas igrejas nos dias que correm. Elas estão cheias de todo o tipo de actividades religiosas que nos permitem falar imenso de Deus mas nunca nos levam a conhece-Lo como o nosso Pai Celestial, sendo que estas actividades mantém-nos ocupados e ajudam a "proteger-nos" da intimidade, quando a intimidade com Deus é tudo o que (mais) precisamos.

Em Êxodo 19 e 20 quando Moisés foi para a montanha encontrar-se com Deus, o povo " observava de longe " (Êxodo 20:21). Mas Moisés foi até à obscuridade onde Deus estava. Meu amigo, não tenha medo de se aproximar de Deus. Há lá imensas coisas à sua espera. Aproxime-se…. não recue.

Para lideres de adoração, gostaria de dizer isto: não é a sua tarefa fazer "acontecer" algo durante estes momentos. Não tente manipular o mover do Espírito Santo. Tente ser um facilitador, criando uma atmosfera em que o Espírito Santo se sinta bem-vindo e depois deixe tempo para que Ele se mova no nosso meio. Você não tem que forçar estes momentos, faça apenas o que você sente que deve fazer. Se não sentir nada, continue a fazer o que tinha programado. Saiba que terá cumprido a sua tarefa e Deus fará o resto. Ele quer que nós desejemos estar cada vez mais perto dEle durante estes momentos e "Chegai-vos a Deus e Ele se chagará a vós"(Tiago 4:8)

2001 Don Moen

domingo, 11 de outubro de 2009

Adoração - ponto de vista feminino


'Adore ao Senhor de todo o seu coração, de toda sua alma e de todo o seu entendimento'. Esta é a prioridade que o Velho Testamento apresenta para os seguidores de Jeová. Jesus Cristo nos ensinou esta mesma lei e demonstrou isto de forma satisfatória.

Do ponto de vista da mulher, me sento privilegiada em aprender através das Escrituras e do Espírito Santo toda a importância acerca da adoração. É um privilégio aprender sobre a adoração como uma mulher. Uma das principais razões disto é que Jesus ensinou primeiro a uma mulher sobre a adoração em espírito. Em João 4:23-24, Jesus falou a uma mulher a respeito da marca de uma verdadeira adoração: 'Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade'. Apesar desse texto ser tradicionalmente citado como um texto de conversão, dele também podemos captar a essência da adoração. Jesus falava à mulher sobre um dia que era ali estabelecido a respeito da adoração em espírito. O que ele quer dizer quando se refere à 'verdadeiros adoradores'? Temos respondido a Ele porque desejamos ser considerados seus 'verdadeiros adoradores', aqueles que realmente pensam assim, que estão seriamente devotados a Ele.

As Escrituras nos ensinam, a partir dessa passagem, que aquele que o que adora em espírito e em verdade verdadeiramente adora Jesus. Este entendimento requer oração. Devemos buscar a face de Deus, trazendo à tona uma fome por Ele que substitui a aprovação do homem. Quando penso que Ele ensinou isso primeiro a uma mulher, fico espantada. Que confiança e respeito ele concedeu às mulheres quando nos escolheu para compartilhar a essência da intimidade através da adoração. Por que Jesus trouxe esse assunto da adoração primeiro a uma mulher, e não a um homem ou um de seus discípulos? Não sei a resposta, mas desconfio que Jesus facilmente poderia falar desse assunto.

Creio que a resposta situa-se no modo peculiar de ser da mulher. Em geral, a mulher compreende a dinâmica de ligar-se emocionalmente àquele que adora e de quem depende. Como mulher, sei que para nós é mais fácil estar em submissão e dependência à vontade de Deus do que para os homens com quem tenho trabalhado. Em I Pedro, as Escrituras chamam a mulher de 'vaso frágil', e como tal, não há uma luta contra a aparência de fragilidade como acontece com o homem. Adoração exige nossas fraquezas. Afirmamos tanto com nossos corpos quanto com nossos lábios que Jesus Cristo é nosso Senhor e Rei.

Reconhecemos que Ele é poderoso, e que nós, em nossas necessidades, somos incompletos sem Ele. Não somos completos ou capazes sem sua presença. Nos prostramos em adoração, e também em nossa fraqueza para dar tudo o que é devido ao nosso Rei. Em Lucas 10, Maria acha fácil sentar-se aos pés de Jesus. Ele diz que ela escolheu a 'boa parte' ou 'parte boa'?. Jesus a usou como um exemplo do gesto mais necessário. Ele usou uma mulher para ensinar ao mundo sobre a adoração. Em João 12, Maria é novamente encontrada aos pés de Jesus, ungindo-os e enxugando-os com seus cabelos. Ela não se inibe em mostrar sua adoração a Ele. Como tal, ela é um maravilhoso modelo de louvor e adoração.

Como mulher, é fácil seguir a esse exemplo, ou usar esse episódio como um ensinamento de como se relacionar com Deus na adoração. Que experiência maravilhosa observar esses modelos - e há tantos outros - e examiná-los em profundidade na expressão da adoração. Uma mulher pode aprender facilmente com essa passagem das Escrituras. Homens e mulheres lutam contra a maldição que resultou da queda. Sendo a luta da mulher dependente da aprovação do homem. Geralmente, ela não se sente importante senão estiver ligada a um homem. Gênesis 3:16diz: 'E o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará'. Homens lutam com um sentimento de satisfação e plenitude em suas ocupações. Não sabemos como cada indivíduo supera essas maldições em Jesus Cristo, mas observamos que as dinâmicas de adoração determinam certa liberdade em áreas da vida.

Adoração libera a mulher para colocar sua dependência em Deus, o que pode capacitá-las a abrir mão de sua necessidade de aprovação. É uma questão de deixar suas necessidades de intimidade aos pés de Jesus Cristo, se libertando no louvor e na adoração. Quando a mulher se encontra em plena adoração, ela se libera da necessidade de aprovação e do sentimento de vazio que procede do desejo de total dependência de um homem. Que privilégio maravilhoso é buscar o coração de Deus e encontrá-lo na adoração. Ele se torna mais real que as coisas do mundo. Como mulher, me sinto mais à vontade para dançar numa adoração pessoal por que, em geral, nossa cultura inibe os homens. Sou grata por minha feminilidade: tanto pelas limitações quanto pelas bênçãos. Em minha fraqueza, Ele se revela. Sou uma líder de adoração. Ao mesmo tempo, como líder, percebo que meu coração em relação à adoração é o que é por causa do meu relacionamento com Jesus, e não por ser mulher.

Minha feminilidade definitivamente influenciará o que é comunicado através da minha adoração, mas meu desejo por intimidade com o Deus vivo falará mais alto. Isto vai muito além de uma questão de gênero. Amo os períodos de celebração, de oração, de júbilo por que eles podem ser expressões significantes de amor e adoração a Deus. A adoração que causa a minha devoção a Deus, que faz meu coração cantar, e sentir como se estivesse me 'conectando' ao Senhor é a adoração que é terna, íntima e habitualmente serena. Há algo na ternura e na tranqüilidade que me atrai à Sua presença. Ultimamente, minha tendência tem sido desculpar-me pela maioria dos períodos em que lidero uma adoração mais silenciosa, mas percebo que estou cedendo ao que verdadeiramente está em meu coração, e o que Deus tem formado em mim. Quando lidero, quero abraçar a adoração que sinto. Além do mais, tudo é sobre ele, não sobre nós!

Minha esperança é que nós sejamos comprometidos em compreender para o que fomos chamados no corpo de Cristo e então ser ou fazê-lo dentro de nossas melhores possibilidades: fazer melhor aquilo em que somos bons!

Por Cindy Rethmeier
Extraído do site Vineyard Music

domingo, 4 de outubro de 2009

VOCÊ JÁ ME TOCOU ALGUM DIA EM SUA VIDA?


O modo de Jesus dizer que no ambiente Dele, do Reino, do espírito, da fé e das relações com o mistério e o poder de Deus, o que conta é o que é; e que o que é não o é porque pareça ser..., ou porque seja factual e real aos sentidos humanos, mas sim porque seja verdadeiro na intenção, na motivação e na sinceridade que combina o caminho interior com a vereda exterior — sim, entre tantas formas de Ele assim e isso ensinar..., uma das mais importantes para mim, dado ao fato de que seja uma história e não um conceito defendido como tal, é o episodio da “mulher do fluxo”; o qual nos apresenta um monte de mãos pegando e apalpando Jesus, mas apenas uma pessoa tocando Nele de fato-divino-fato...; ao ponto de Pedro [ente externo a Jesus], dizer a Ele que a Sua pergunta “Quem me tocou?” ser absurda em razão de que centenas estavam tocando Nele simultaneamente...

Era real que muitos tocavam Nele...

Era fato o que Pedro afirmava...

Sim, ambas as coisas eram tanto reais quanto factuais, mas para Jesus não eram nada além de realidades e factualidades, pois, sem amor e fé nenhuma pegada em Deus se torna toque que conecta a pessoa a Deus!

Portanto, para Jesus o real não é aquilo que apenas se apresenta como realidade aos sentidos, assim como fato aferível aos sentidos é fato histórico, mas, para Ele, não necessariamente realiza fatos divinos, os quais são mais realidades da verdade do que realidades do real/histórico; coisas que se aferem pelos sentidos e pelas medições factuais..., diferentemente do que toca em Deus, que antes disso é feito pelo amor que se derrama em fé...

Quem não entende isso vive a pegar Jesus sem tocar Nele jamais!...

Apalpam Jesus..., mas não o tocam...

Sim, fazem isso de muitos modos...

São ritos, são batismos, são cultos, são estudos bíblicos, são seminários, são ministérios, são campanhas de oração, são encontros de poder, são expectativas pagãs de milagres, são estudos profundos sobre Deus, são missões e muitas missões; são as curiosidades que põem muitos em estado de histeria tocante...; e tudo mais... — sem, todavia, realizarem a verdade como realidade e a realidade como verdade; posto que sejam toques como os da multidão que apalpava para não perder a viagem..., mas que não fizera a viagem para buscar virtude, graça, poder, fé e amor.

Vejo os templos cheios... Tão cheios quanto eram os ajuntamentos com Jesus em Cafarnaum...

Vejo milhares na festa das apalpadelas divinas e supersticiosas [...]; sem falta ao culto como toque físico de Jesus...; enquanto apenas uns poucos na multidão de fato suscitam em Jesus a pergunta que espera apresentação verdadeira: “Quem me tocou?”...

Chega de perder tempo...

Só vale a pena ser de Jesus se a cada toque nosso Nele corresponder em verdade a um toque Nele; e não no que sendo Dele, como um manto, um pão, um vinho, um batismo, um culto, uma mensagem... — nos dê a falsa idéia de que a coisa possa representar Aquele que não é coisa, pois é espírito; e, portanto, só pode ser tocado pelo espírito...; e em espírito e verdade...

Qualquer outra coisa pode ser tão real quanto a matéria e tão factual quanto a História ou a Ciência, mas, para Deus, sem amor e fé nada será!

Realidade e factualidade só existem com significado para Deus se forem erguidas no fundamento da verdade sincera e que beija o Significante [Deus] e não apenas toca o significado... [a coisa]...

Creia nisto!



Nele, que pergunta a você: Você já me tocou algum dia em sua vida?...



Caio

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Mulheres Chamadas para Liderar Louvor


Por que é tão importante escrever um artigo sobre as mulheres liderando louvor? Porque na maioria das igrejas através da história as mulheres têm sido vistas como menos capazes de exercer algum ministério do que os homens. Na verdade mesmo na época de Cristo as mulheres só podiam criar os filhos, cuidar da casa e basicamente isso. Felizmente, neste século, nossa cultura e a igreja em geral têm dado passos gigantescos em direção ao reconhecimento da igualdade das mulheres e dos homens como criaturas de Deus. Em muitas denominações hoje, mulheres têm sido ordenadas para ocupar cargos de liderança; o que nunca havia sido visto há cinqüenta anos atrás.

Poucas pessoas hoje questionariam que Deus criou homens e mulheres seres iguais, no intelecto e com a capacidade espiritual de conhecer a Deus. Mas algumas pessoas ainda questionam se é ou não apropriado para mulheres ocuparem cargos de liderança e autoridade. Liderar louvor é um ministério sacerdotal que envolve se achegar a Deus perante as pessoas e invocar a presença de Deus através de oração e músicas de adoração. Deus investe Sua autoridade naqueles que Ele chama para liderar a adoração.

Através desta autoridade, o Espírito de Deus chama homens e mulheres para submeterem suas vidas a Ele à medida que oferecerem louvor e ações de graças. Através desta autoridade o reino de Deus vem até a congregação, chamando seu povo para um concerto e arrependimento.

Mulheres no Novo Testamento

Em muitas igrejas hoje, ninguém discute se as mulheres são qualificadas para liderar louvor. Mesmo assim, por causa do legalismo e da discriminação contra as mulheres no ministério, nós precisamos chamar as mulheres para ministrar através da autoridade da Palavra de Deus.

Muitos de nós crescemos em denominações que limitavam a participação das mulheres em funções ministeriais. O poder e a procedência deste exemplo bloqueiam muitas mulheres de ativamente buscar um ministério. Como se não bastasse, existe uma dúvida persistente nas mentes de muitas mulheres e homens a respeito do lugar certo para a mulher no ministério.

Para afirmar o chamado de Deus para as mulheres, nós vamos olhar alguns exemplos significantes de mulheres líderes no Novo Testamento.Ambos Jesus e Paulo eram reformadores radicais em reconquistar a integridade das mulheres e o papel integral que elas têm no ministério na igreja.

Jesus incluiu mulheres entre os discípulos; elas O seguiram em Suas pregações itinerantes, e estavam presentes em Sua crucificação. Nos evangelhos, vemos mulheres proclamando as boas novas: a mulher samaritana, e aquelas mulheres para quem o anjo apareceu para anunciar a ressurreição de Cristo. Na narração de Lucas sobre o nascimento de Jesus, três mulheres – Isabel, Maria e Ana – falam profeticamente sobre Cristo pelo poder do Espírito Santo.

As mesmas mulheres que estavam no Cenáculo, esperando pelo Espírito (Atos 1:14) estavam presumidamente presentes no Pentecostes, cumprindo a profecia de Joel que “...derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão,...” (Atos 2:17; Joel 2:28-29). Este era o começo da liberação da igreja sobre as mulheres para falarem sobre Deus. Paulo diz em Gálatas 3:28 “Dessarte não pode haver nem judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” Esta foi uma afirmação revolucionária para o contexto cultural de Paulo. Ele seguiu o exemplo de Jesus e deu o próximo passo abrindo a porta para as mulheres ministrarem.

Vemos mulheres dando assistência a Paulo em vários papéis como servas ou líderes. Já que 19% das pessoas listadas por Paulo como seus colaboradores são mulheres, podemos presumir que as mulheres tinham um papel importante e significativo na igreja. Entre as mulheres que trabalharam com Paulo temos Lídia, líder de uma igreja caseira. Priscila, citada como colaboradora ou líder (Grego: sunergos). Juntamente com seu marido, Áquila, ela instruiu Apolo, que se tornou mestre proeminente em Corinto. Paulo dizia que toda igreja deve a Priscila. Provavelmente por causa das ofertas financeiras e seu ensino.

Outro exemplo é Febe, descrita como uma diakanos, que significa diácono (diaconisa) ou servo (a). Sendo portadora das cartas de Paulo, ela o representava pessoalmente, uma função que carregava um certo status. Finalmente temos Júnias, descrita juntamente com Andrônico (provavelmente seu marido) como “notáveis entre os apóstolos” (Romanos 16:7). (Muitos comentadores deduzem incorretamente que Júnias é um homem. Na antiguidade, todos os 300 exemplos do mesmo nome estão relacionados à mulher, não a homem).

Do ponto de vista bíblico, as mulheres certamente deveriam ser incluídas no ministério liderando a adoração. De qualquer forma que você aplicar o ensino do Novo Testamento sobre mulheres mestras e líderes, certamente você encontrará lugar para elas também como líderes de adoração.

Aplicação prática

O que pastores e líderes de ministérios de louvor podem fazer para estimular o dom de liderar a adoração em mulheres e abrir caminho de quaisquer obstáculos que elas possam encontrar?

1. Peça a Deus que te dê olhos para ver as mulheres com talento e que têm potencial para liderar louvor. Por causa da predominância de homens na liderança, às vezes é fácil de achar que todos os líderes de adoração mais talentosos são homens. Não seja uma vítima de um preconceito súbito que venha limitar sua habilidade de identificar e encorajar mulheres com talento.

De forma justa, devemos sempre usar as mesmas regras para avaliar a liderança de louvor de homens e mulheres. Os critérios básicos são: caráter cristão, dom espiritual para liderar a adoração, talento musical, e a habilidade de liderar outros através de experiências práticas evidentes. Líderes de banda precisam saber como unificar um grupo de músicos tão bem quanto liderar a congregação. Não podemos colocar ninguém, seja homem ou mulher, para liderar a adoração se estes critérios não foram primeiramente cumpridos.

2. Afirme abertamente o lugar das mulheres liderando a adoração. Para que um grupo de louvor seja liderado efetivamente, o líder precisa ganhar a confiança das pessoas. Vamos encarar o fato de que ainda há homens e mulheres que encontram dificuldade de permitir que uma mulher os lidere em questões espirituais. Por esta razão, fica ainda mais difícil para algumas igrejas se entregar de todo coração num período de adoração sob a liderança de uma mulher.

Como esta situação pode ser remediada? Em primeiro lugar, o pastor pode deixar clara sua posição teológica de que as mulheres são chamadas e capacitadas por Deus para liderar a adoração. Em segundo lugar, levantando mulheres para liderar a adoração, o pastor mostra que sua confiança na liderança feminina não é só teórica, mas real e prática.

3. Procure encorajar mulheres líderes de louvor promissoras a desenvolver seus dons. Muitos homens chamados para o ministério integral são líderes relutantes. Continuamente Deus tem que bater em suas cabeças com a revelação e o encorajamento de outras pessoas antes de tomarem a atitude e iniciativa de um líder.

Eu vejo as mulheres líderes de louvor em uma posição similar. Algumas mulheres não têm certeza o suficiente se é correto buscar uma posição de liderança. Por causa do modelo de formação da maioria das bandas, elas se sentem mais aptas exercendo a função de backing-vocal (vocal) ao invés de líderes de louvor.

Um papel essencial no pastoreamento é o de trazer à tona o talento que você vê nas pessoas. Uma palavra de encorajamento de um líder primário na igreja causa um grande impacto em um líder em treinamento talentoso porém relutante. Nós não podemos prometer dar posições às pessoas, porque não sabemos como elas vão se desenvolver e amadurecer, e a menos que as encorajemos, elas podem nunca tentar.

4. Dê as mulheres uma oportunidade para aprender, colocando-as ao lado de um líder de louvor já estabelecido. Desta forma elas podem aprender muito observando todo o processo de liderar uma equipe – os aspectos técnicos do ensaio, trabalhar efetivamente com o sistema de P.A., e mesmo como liderar um período de adoração.

Se um líder de louvor, masculino ou feminino, não for instrumentalmente forte ele pode se apoiar na força musical da banda. Contudo, a afirmação, o status e o aumento de confiança que acontecem na co-liderança são muito poderosos. Se o líder de louvor responsável treinar um aprendiz para ocasionalmente co-liderar um período de adoração de domingo, a igreja vai levar aquele líder mais a sério.

O corpo de Cristo deve trabalhar junto como uma equipe. Através de uma variedade de dons, sejam dois homens liderando louvor ou um homem e uma mulher, a experiência da adoração é enriquecida pelos estilos musicais, unção, e vozes diferentes. Além disso, quando os homens e as mulheres cooperam na liderança do louvor, a igreja vê um modelo poderoso de liderança integrada que afirma o lugar das mulheres na igreja.

Por Andy Park

Andy é o pastor das Artes da Adoração na Vineyard em Anaheim. Ele tem liderado louvor por mais de 20 anos e tem escrito muitas das músicas de adoração da Vineyard, como Senhor, Te Quero, Santo Amor entre muitas outras. Andy e sua esposa, Linda, moram em Anaheim, Califórnia com seus seis filhos.

Artigo extraído do site www.vineyard.com.br

domingo, 27 de setembro de 2009

Vivendo o que cantamos


Certo dia eu cantava uma música do Ministério de Louvor Diante do Trono e instantaneamente meu espírito foi incomodado para prestar bastante atenção ao que eu acabara de declarar: “irei contigo, onde quer que fores meu Senhor, o teu chamado cumprirei na alegria ou na dor [..].” * Devido aos modismos muitas vezes, nós cristãos, temos cantado as músicas simplesmente por cantar. Será que você já se sentiu assim? Entramos na onda e sutilmente ignoramos o que proferimos.

Eu passei por isso! Fui confrontada. Eu pensei, será mesmo que eu irei? Passarei pela dor por Jesus? Nossa boca muitas vezes diz coisas que muitas vezes não estamos preparados para viver ou cumprir. Devemos lembrar que Deus vai nos questionar uma hora ou outra, pois se eu disse que estarei a disposição dele, chegará um momento em que ele vai me convocar. Isso é natural. Deus nos ensina e nos dá capacidade para realizar seus feitos, o que precisamos fazer é sempre estarmos convictos do que queremos e do que vamos fazer. Por isso é tão importante que vivamos o que cantamos e cantemos o que vivemos.

Depois desta situação, nunca mais cantei o que eu não me sentia preparada para fazer. Claro, que se tal atitude não era algo que Deus havia me questionado para fazer, caso contrário o melhor é obedecer sem questionar. Vou tentar ilustrar o que estou tentando expor com um exemplo: Se eu não estou preparada para morrer por Cristo, devo eu abrir a boca e falar para ele que eu estou preparada para ir como missionária para um país em que cristãos são perseguidos e mortos? Mas é claro que não. É isso que estou tentando dizer. Se eu falo tenho que cumprir. E isso serve para todas as coisas em nossa vida. Vivendo e aprendendo.

Isso não é uma tarefa fácil. Muitas vezes pecamos justamente naquilo que pregamos, questionamos ou aconselhamos. Além disso, ainda existe a pressão e as dificuldades mediante uma escolha positiva por Deus e sua vontade.

Que possamos abrir nossos lábios justamente para aquilo que estamos preparados para fazer. Se você se sente capacitado para dizer:“Cumprirei tua visão, cumprirei minha missão, morrerei se preciso for, por amor a ti” *, cante, mas cante com convicção.

Devemos lembrar que somos testados no que falamos. E é importante entender que buscar a Deus e fazer a sua vontade é muito valioso e vale a pena. Deus é maravilhoso e cuida de nós.

Portanto, amados irmãos, que possamos ser bons exemplos quando abrirmos os nossos lábios para proferir o que somos e o que prometemos ser ou fazer. Que Deus realmente possa contar conosco todos os dias de nossas vidas. Lembre-se que tudo aquilo que você se sente incapacitado para fazer é Deus quem vai lhe capacitar. E Deus jamais vai lhe exigir algo que você não poderá cumprir.

Tudo vai depender do que estamos dispostos a fazer por Deus!

Que o Senhor os abençoe cada vez mais!

Trechos de músicas utilizadas


*

Eis-me aqui / Esperança – DT / Ana Paula Valadão Bessa

*

Minha Paixão / Livre – Ministério Intimidade


::Por Vanessa Freitas
redacao@lagoinha.com

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Obrigada Por + um ano de vida em Tua Presença!



"Este día especial”

Si me preguntaras que regalo quiero
Que es lo que prefiero
Este día especial
Nadie me conoce como tú maestro
Ni mis pensamientos te puedo ocultar
En lo más profundo de mi corazón
Hay un gran anhelo, hay una gran pasión

Quiero ese día disfrutar
En tu presencia nada más
Y se vuelva realidad
Mis deseos de volverte a contemplar
Quiero contigo platicar
Quiero perderme en tu mirar
Y olvidarme de quien soy
Y perder mi humanidad en ti Señor
Este día especial
Es lo único que quiero
Es lo único que anhelo mi Jesús

Si me preguntaras que regalo quiero
Que es lo que prefiero
Este día especial
Nadie me conoce como tú maestro
Ni mis pensamientos te puedo ocultar
En lo más profundo de mi corazón
Hay un gran anhelo, hay una gran pasión

Quiero ese día disfrutar
En tu presencia nada más
Y se vuelva realidad
Mis deseos de volverte a contemplar
Quiero contigo platicar
Quiero perderme en tu mirar
Y olvidarme de quien soy
Y perder mi humanidad en ti Señor
Este día especial
Es lo único que quiero
Es lo único que anhelo mi Jesús




Jesús Adrián Romero

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

INVEJA


Gostaria de refletir com vocês, meus queridos amigos e leitores, sobre um tema um tanto quanto desconfortável: Inveja.

Não gostamos de falar sobre isso, é como se arrancássemos cascas de antigas feridas. Pronto, você já está na defensiva ou pensando: “Graças a Deus que eu não tenho isso”. Será que não tem mesmo?

Inveja é a insatisfação ou irritabilidade com a conquista do outro. Sabe aquela antipatia gratuita que você sente em relação a uma pessoa que nem conhece? Normalmente esta pessoa tem características que a destacam: É bonita, bem sucedida, tem uma bela voz ou fala bem em público, ou simplesmente se destaca no meio da multidão.

Então logo pensamos: “Ih! Que antipática! Pessoinha metida! Olha só, pensa que é o tal!” e desferimos contra o alvo todo o nosso veneno. “Inveja? De jeito nenhum, eu só acho que ‘fulano’ não está com essa bola toda não!”.

Algo libertador para mim foi o dia em que identifiquei o meu pecado de inveja, me arrependi e pedi a Deus que me ajudasse a ser agradecida pela maneira como Ele distribui seus dons, talentos, habilidades ou prosperidade financeira. Pedi ao Senhor que Ele me abrisse os olhos para que eu visse tudo o que Ele tem dado a mim, gerando assim gratidão e aceitação em meu coração.

Quantas vezes já escutei “Helena, tenho que te pedir perdão. Eu te achava tão metida!” O curioso é que as pessoas que me disseram isso nunca haviam trocado uma palavra sequer comigo. Como poderiam então me julgar desta forma? Metida? Por quê? Porque preciso usar óculos escuros devido ao fato de minha miopia tornar meus olhos sensíveis à luz solar, por exemplo?

Se você não gosta de alguém gratuitamente e essa pessoa possui algo que você gostaria de ter, talvez seja inveja. Se esse for o caso, eu encorajo você a reconhecer esse sentimento como pecado, confessá-lo diante de Deus e pedir que o Senhor te ajude a perceber o quanto você é valioso (a) e alvo do seu perfeito amor. Você nunca mais será o mesmo. Eu tenho conhecimento do que estou falando, pois fui liberta deste sentimento pecaminoso, vil e que aprisiona em um lugar de amargura e rejeição.

Coragem. Deus tem vitória para você também!

Helena Tannure.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

ESTÁ FEITO PARA SER FEITO!


Feito para que seja algo que cresça para ser meu próprio ser...
Jesus. Sim, somente Jesus!
Olho para mim como homem, e digo: somente Jesus.
Meu olhar de homem me mostra minha deformidade e minha incapacidade de ser como o Homem Jesus.
Sou discípulo Dele, busco andar como Ele andou, anseio por fazer o entendimento do Evangelho uma plenitude que domine todo o meu ser. Entretanto, eu não sou homem como Jesus. Por isto, como Paulo, estou tendo sempre que desistir de coisas que para trás ficam; e também de quem eu mesmo sou contra o que Nele já sou. Entretanto, mesmo assim, não sou como Jesus.
Um dia serei como Jesus; porém eu mesmo jamais serei como Jesus. Serei completamente como Ele é, quando o que em mim é mortal e animal for totalmente absorvido pela Vida Eterna; ou quando eu ganhar um corpo celestial. Assim, serei como Jesus porque Ele me fará ser como Ele; e não porque eu consegui me tornar como Ele.
Enquanto isto, em meio às minhas próprias indiosincrasias, confio que Nele já sou o que ainda serei.
Nele eu sou como Ele. Fora Dele, divorciado de Sua Graça pela descrença ou pela justiça própria — sou este mamífero humano tentando olhar perdidamente para o Nada. Falo de mim. Outros, entretanto, fora Dele, embora dentro da “religião” supostamente Dele, sem que saibam que Dele estão separados por duas próprias justiças ou descrenças, experimentam existencialmente o divórcio com a Graça como pânico, medo, juízo, ou ainda como certeza de castigo.
Eu, porém, sei que nunca NÃO estarei Nele. E isto não porque O siga como quem se fez igual a Ele no andar e no ser, mas exclusivamente pela confiança de que eu posso até ser infiel a Ele (e sou de muitas formas e maneiras; especialmente no coração e no trato das sutilezas da existência), que Ele próprio continuará fiel a mim; e isto exclusivamente porque Ele não pode desistir do pacto da aliança que comigo fez no Filho; portanto, Nele mesmo.
Ele jurou e não se arrependerá. Ele não pode ser infiel a mim, pois, se o fosse, implodiria como Deus; pois estaria negando a Si mesmo; estaria dês-sendo Deus.
Eu, todavia, acerca de quem Paulo diz que mesmo sendo infiel continuo objeto da fidelidade Dele, não posso, entretanto, negá-Lo. Se o negar, Ele por Sua própria vez me negará. Dirá que não me conhece.

E quando é que o nego?

Ora, num certo sentido eu o nego o tempo todo; isto porque minha existência não consegue encarnar em plenitude aquilo que confessa como entendimento e verdade; seja em meus sentimentos; seja em meus humores para com a existência; seja em meu próprio ser-profundo.
Posso não negá-Lo com a boca, mas, certamente, sempre que ando contra o entendimento do Evangelho em relação ao meu próximo; ou em qualquer que seja o sentir e pensar em relação à vida, e que em mim aconteça de forma contrária ao que sei ser o Modo Dele — O estou negando!
Então, como posso ser infiel e ainda assim continuar objeto de Sua fidelidade, enquanto se diz que se eu o negar, Ele me negará? Sim, como pode ser isto se eu também o nego com a vida?

O que significa não negar Aquele que é fiel aos infiéis, mas que nega aos que O negam?
Para mim, salvo entendimento completamente equivocado (Deus me livre!), esse negar que provoca a negação de Deus, é a descrença no que Jesus fez e realizou por nós; descrença essa que não é medida por confissões verbais de natureza doutrinária; mas sim pela confiança que nós mesmos venhamos a ter acerca de nossa justiça-própria. Sim, nega a Jesus não quem, em sinceridade, busca andar como Ele andou e nem sempre consegue isto conforme já entendeu; mas sim Aquele que em razão disso se diz “afastado” Dele; pois, nesse caso, não se está confiando na fidelidade Dele para conosco, mas na nossa fidelidade para com Ele; e, assim, afirmando que quem banca a nossa própria relação com Deus somos nós mesmos; fazendo-nos, desse modo, descrentes da Cruz; e, além disso, tomados pela presunção de que somos o deus de Deus; pois, quem assim pensa e sente, nunca creu e nunca descansou na fidelidade de Deus; e nem tampouco confiou em Sua Palavra; ou em Seu próprio Juramento feito em Cristo, o qual diz que aquele que Nele crer, TEM a vida eterna e TEM o Deus da Vida; e é somente porque pela fé o TEMOS que pela fé SOMOS DELE. Nesse caso, não apenas o temos e somos Dele, mas se diz que “Ele vive em mim!”
Ora, tudo isto nada tem a ver com nossas contabilidades de erros e acertos; as quais sempre são presunçosas e mal malcriadas como a fala do Irmão Mais Velho do Filho Pródigo, o qual brigou com o Pai por não concordar com Seu amor e perdão para com o Irmão.
Portanto, também se O nega quando não concordamos com a Graça Dele em favor de qualquer que seja o outro ser humano!
Nada significa um desacordo maior com Deus do que ter raiva de Seu amor e de Seu perdão!
Afinal, o princípio inteiro da Graça opera no sentido de que quem foi perdoado, perdoe; e quem foi objeto de misericórdia, se torne misericordioso; e quem sabe que é infiel-no-próprio-ser, mais ainda ande em amor (ou então diga que “nem todos pecaram”, por isto “nem todos carecem da glória de Deus”) — pois quando não se consegue amar de modo pleno a fim de nunca transgredir, deve-se pelo menos ter amor e misericórdia para com todo aquele que, como nós mesmos, é apenas um pecador já salvo da morte buscando andar conforme a Vida.
Ora mesmo quando o outro (próximo) não manifesta qualquer desejo de Vida, ainda assim tem-se que amá-lo na medida da consciência do amor e do perdão que, como inimigos de Deus, recebemos de modo unilateral da parte Dele antes de qualquer coisa; posto que ninguém sabia, quando aquela Cruz era erguida, que “ali” Deus mesmo estava se reconciliando de modo unilateral com todo o mundo; conforme Paulo.
Afinal, todos nós ainda éramos completamente inimigos de Deus, tanto no nosso entendimento, como também em nosso próprio ser e suas variadas frutificações, quando Ele se reconciliou conosco em Cristo.
Sem tal certeza em fé, até a nossa busca de auto-justificação pela via da justiça-própria, aparece como fruto do mal que brota de nós; pois crê que do próprio homem pode eclodir aquilo que o faz próprio, justo e humano aos olhos de Deus.
Entre-tanto, digo: Não sou como Jesus, embora, em Jesus, já seja como Ele!
Toda-via, ainda existe esse hiato que acontece entre o “não sou como Ele” e “já sou Nele”. Esse hiato é a presente existência; é o dia de hoje. Por essa razão pergunto: Como viver o que desejo ser, se de mim mesmo não consigo ser?
O que o Evangelho ensina é que nesse hiato o que tem de existir é um caminhar descansado e, ao mesmo tempo, confiante no que já Está Feito e finalizado em nosso favor. Afinal, só se pode começar a provar o amor de Deus como bem que nos vai curando a alma e todo o ser, se, de início, já nos virmos mortos em Cristo.
Somente aquele que, pela fé, se entrega à morte em Cristo, é que começa a andar o caminho do discípulo; vereda na qual se mortifica a nossa própria natureza, mas sem neurose de auto-justiça; bem como se vai encontrando o caminho Estreito da Vida em nossa própria existência. Ora esse Caminho é a entrega de nossa consciência ao Evangelho, concordando com Deus pela fé.
Neste ponto a tendência humana é escolher pólos.
Sim, porque há aqueles que enganam-se julgando que o que Está Feito em Cristo não tem necessidade de se tornar realidade em nós desde hoje; ainda que saibamos que tudo isto é um processo. Para esses o que Está Feito não é para se tornar Feito, crescentemente, neles mesmos; e isto à partir do Dia Chamado Hoje.
De outro lado, há aqueles que pensam que receberam de Deus uma ajuda para começar, mas que daí para frente tudo o mais depende deles mesmos; e, assim, voltam ao ponto de onde haviam saído; ou seja: à sua própria justiça, anulando, desse modo, para si mesmos, a paz com Deus, mediante a qual o ser pode ter tranquilidade para ser sem arrogância pessoal.
O Caminho terreno desse andar no Hiato, busca chegar àquele ponto de compreensão, em fé, no qual Tudo Já Está Feito para ser Realidade Crescente em nós!
Ora, sem que se desista de si mesmo pela confiança no fato de que já morremos em e com Cristo, jamais poderemos morrer para nós mesmos sem que isto não seja um morrer-virtuoso, e, portanto, possuído de justiça própria. Sim, até para poder morrer para minha própria disposiç ão mental essencialmente contrária ao Evangelho (nosso ser não tem prazer natural no Evangelho; amá-lo é dom de Deus!) — eu tenho antes que já estar morto em Cristo. Do contrário, até a busca de me negar a mim mesmo a fim de seguí-Lo, se não for porque Nele eu já estou-feito, não gerará nada além de um esforço que não produz a justiça de Deus em mim; e, nem tampouco, me salva de minha própria disposição mental reprovável; posto que esta se alimenta sempre de minhas próprias certezas independentes da Graça.
Desse modo se pode dizer que nossas justiças próprias, ou o seu oposto, que é o nosso descaso por toda e qualquer justiça — sempre nascem de nossa própria presunção. Porém, em ambos os casos, o que habita o solo de nosso ser é a incredulidade.
Desse modo, até para morrer e ter vida, já tenho que estar morto pela fé, a fim de que qualquer que seja o ato praticado por mim mesmo, permaneça como fruto da Graça em mim; e não como graça minha para satisfazer as demandas aflitas de um Deus justiceiro.
É somente depois de dizer que morreu pela fé com e em Cristo, e que também Nele e com Ele ressuscitou — é que Paulo nos diz: “Cristo vive em mim!”
Ora, Paulo completa dizendo: “E este viver que agora vivo na carne; vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou; e a si mesmo se entregou por mim”.
Assim, até aquilo que parece depender de mim, nada tem a ver comigo; mas tão somente tem a ver com o Filho de Deus que me amou, e que se entregou por mim. Ora, sem tal confiança e certeza em fé, tudo o que eu faça — e tenho muito para fazer, conforme o Evangelho — deixa de ser o que, estando eu em Cristo, é; e passa a ser justamente aquilo que não é; pois, o que quer que eu faça, se não o fizer pela fé no Filho de Deus, mesmo que eu realize como ato exterior de bondade, todavia, para Deus, não é.
De fato só é para Deus aquilo que é feito em fé. E é a fé no fato-existencial de que “Cristo vive em mim” o que me pode fazer ser e fazer sem que tais feitos sejam contra mim.
Afinal, se sem amor nada aproveitará, também sem que Cristo viva em mim nenhuma boa ação que pretenda ser feito-meu, tem qualquer sentido para Deus. Pois se só posso agradar a Deus em Cristo, também só posso viver e crescer em Deus se o fizer pela fé no Filho de Deus.

Está Feito para que seja Feito!

Está Feito antes da fundação do mundo, pois Deus sempre faz antes que a coisa seja!

É por esta razão que eu já sou, embora eu mesmo ainda não seja. Afinal, o mundo está sendo criado em mim; em Cristo!

Assim, Está Feito para que seja algo que cresça para ser meu próprio ser; e isto não começa depois da morte física, mas sim agora, com a morte de minhas presunções; e, sobretudo, com minha decisão de viver por amor ao Filho de Deus que vive em mim. Somente Nele as minhas obras boas aparecem como Graça. Do contrário, elas se tornam a minha própria arrogância.

Jesus. Sim, somente Jesus!

Nele, que me amou e me ama; e sobretudo, que vive em mim — busco ser para Ele o que Nele já sou; pois Ele vive em mim; e é de Sua vida em mim que me vem o poder para ser e viver!

Caio

terça-feira, 1 de setembro de 2009

OS SÍMBOLOS DAS ESCRITURAS


Márcio Klauber Maia
Texto Base: 1Cor 10.1-6;11

A linguagem simbólica, na Bíblia, tem a função didática: é utilizada para tornar mais claro o significado de uma expressão. Através de coisas materiais, do nosso cotidiano, podemos conhecer, em figuras, verdades espirituais mais profundas. A Bíblia emprega uma linguagem simbólica, muitas vezes, para apresentar a si mesma, para que, por meios dos símbolos, possamos conhecer melhor o efeito da leitura do texto sagrado, em nossas vidas.

a) Espelho
Um destes símbolos é apresentado pelo apóstolo Tiago: “Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; Porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era” (Tg 1.23,24).
Tiago esta querendo nos apresentar o poder revelador da Palavra de Deus. Ele queria nos mostrar como a Bíblia é eficaz em mostrar quem somos, e como estamos, a fim de que possamos buscar um aperfeiçoamento, através da correção dos nossos atos e atitudes, conforme a orientação bíblica. Por esta razão, compara a Bíblia a um espelho.
A utilidade do espelho
Pensemos na utilidade de um espelho, e o quanto ele faz parte da nossa vida. Levantamos pela manhã e quem é a primeira imagem que procuramos? O espelho! Ou melhor, a nossa imagem refletida no espelho. Imagine um adolescente, em cuja face começam a sair espinhas. Quantas vezes, por dia, ele olha-se no espelho? E a mocinha arrumando-se para encontrar-se com o namorado? E a irmã aprontando-se para uma festa de casamento? E o senhor, cuja cabeça começa a branquear e as rugas começam a aparecer? Quantas vezes por dia, ou por hora, eles consultam o espelho?
Como podemos avaliar a nossa aparência, sem o espelho? Como saberemos se estamos adequadamente vestidos, ou se a roupa está combinando com os acessórios? De que maneira poderemos verificar se estamos bem penteados ou se o cabelo está bem dividido ou a gravata não está torta? Como podemos identificar se limpamos completamente o rosto ou se não ficou algo sujo na boca, no rosto ou nos dentes, se não consultarmos o espelho?
E como que regularidade o consultamos? Será que uma rápida olhada no espelho, só de passagem, para uma consulta ligeira, uma vez por semana, é suficiente? Se nos olhamos demoradamente pela manhã, ao nos vestirmos, isso já será suficiente pelo resto do dia? Ou nos miramos no espelho todas as vezes que achamos que algo está fora de lugar? Quem resiste ao apelo de uma verificação do seu visual, sempre que se depara com um espelho?
O uso do “espelho” espiritual
Precisamos, de igual modo, de avaliarmos a nossa “aparência espiritual” constantemente, através da Bíblia Sagrada. Uma olhada rápida no texto áureo da lição dominical não é suficiente; somente a leitura “oficial” que fazemos nos cultos, também não. Sendo a Bíblia um espelho, e tendo, cada um de nós, a necessidade de verificar a nossa situação, para corrigirmos os nossos “desvios de rota”, precisamos consultar o nosso “espelho divino” diariamente, constantemente.
Somente através desta leitura cotidiana da Bíblia e da aplicação diária de suas verdades em nossas vidas poderemos identificar as nossas falhas e debilidades e, assim, buscar a ajuda do Senhor para corrigirmos a nossa atitude diante dele. Sem isto, vamos viver sem saber se estamos agradando a Deus, ou se o desagradamos.

b) Alimento
O profeta Jeremias faz uma declaração simbólica a respeito da Palavra de Deus, dizendo: “Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome me chamo, ó SENHOR, Deus dos Exércitos” (Jr 15.16). Há um símbolo semelhante no livro do Apocalipse, quando o anjo dá um livro ao apóstolo e ele o come, e é doce à sua boca, mas torna-se amargo no ventre (Ap 10.8-10).
Porque nos alimentamos?
Há pelo menos duas realidades que envolvem a degustação de alimentos: prazer e nutrição. Prazer é o deleite que é produzido ao saborear um delicioso alimento. Diz respeito à sensação agradável provocada pela ingestão de guloseimas e outras iguarias. Nutrição diz respeito ao valor nutritivo dos alimentos. São os ingredientes necessários à manutenção da vida do corpo e que nos dão sustento e saúde.
Prazer
São muitos os cursos e as técnicas utilizadas para extrair os melhores sabores dos alimentos, com a finalidade de preparar os melhores pratos, para atrair os amantes da boa culinária. Cozinheiros famosos fazem sucesso pela capacidade de preparar as melhores iguarias. Isto tudo pelo grande prazer de degustar um bom alimento. Dois sentidos do corpo humano são utilizados neste processo: o olfato identifica o cheiro dos alimentos e o paladar o sabor. Juntos, enviam ao cérebro os impulsos que identificam o aroma e o sabor.
Imagine aquele prato especial que a mamãe prepara e que tanto nos agrada! O simples fato de trazê-lo à memória nos causa uma sensação de desejo e salivação. Quando sentimos o agradável odor que ele exala e percebemos o sabor prazenteiro que possui, comemos com muita satisfação e alegria. A sensação de gozo é que nos leva a querer repetir o processo. Razão pela qual sempre aceitamos o convite para degustar aquele prato.
Como é triste uma pessoa que perdeu o paladar ou o olfato, e não consegue mais sentir o cheiro e saborear o gosto dos alimentos. Quase sempre, quando sentimos fastio e perdemos o prazer pela comida, isto está associado a uma doença ou mal-estar. Pode ser uma gripe forte, que afeta o olfato, ou alguma inflamação ou reação alérgica, que altere o sabor dos alimentos à nossa boca, e que nos faz perder o prazer de degustá-los.
A leitura da Palavra de Deus deve produzir também uma sensação agradável ao nosso espírito. O salmista declara, a respeito do homem bem-aventurado no Salmo 1: "...tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite" (v.2). O salmista também afirma: “Venham sobre mim as tuas misericórdias, para que viva, pois a tua lei é a minha delícia” (Sl 119.77). Ele não está falando que lê a Bíblia porque está sendo obrigado por alguém ou pela exigência do cargo ou compromisso, mas de um leitor movido pelo prazer da leitura da Palavra de Deus.
Nutrição
A outra realidade envolvida no alimento é a nutrição. Tratam-se dos nutrientes, fornecidos pelos alimentos que são fundamentais para a realização das funções vitais de cada ser vivo. Com uma boa alimentação, através de uma dieta balanceada, podemos fornecer às células do corpo não só a quantidade como também a variedade adequada de substâncias importantes para seu bom funcionamento. Às vezes, comemos um alimento que não é tão saboroso, mas sabemos que é necessário, pelo seu valor nutricional.
A Palavra de Deus é o alimento que vai fornecer à alma os “nutrientes espirituais” necessários para dar força e robustez à vida espiritual. Falando sobre a necessidade de alimento espiritual de cada um de nós, Jesus falou: "Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus" (Mt 4.4). Ele também nos incentivou a trabalhar “pela comida que permanece para a vida eterna” (Jo 6.27).
Estes dois fatores se completam, no tocante à degustação dos alimentos: quando somos atraídos pelo prazer, ingerimos o alimento que nos fornece a nutrição. Isto nos dará a saúde para continuarmos com os sentidos funcionando, o que fará com que o desejo de alimentar-se não deixe de existir. Prazer e nutrição; vontade e necessidade. É um ciclo maravilhoso, responsável pela manutenção da vida.
O fastio espiritual
Se não temos prazer na leitura constante da Bíblia Sagrada, e sentimos um “fastio espiritual”, certamente temos alguma dificuldade. Uma pessoa pode não desejar comer um alimento, em geral, por duas razões: não conhece o sabor ou valor do alimento, pelo fato de nunca tê-lo provado, ou está com algum problema, que muda o sabor do alimento ou provoca fastio. Em ambos os casos, só há um remédio: ler a Bíblia. Quanto mais ler, mais conhecerá as riquezas deste tesouro e mais terá desejo de descobrir este sabor.
Por outro lado, a leitura da Bíblia fornecerá o vigor espiritual que necessita para manter um bom desenvolvimento espiritual, a fim de ter saúde para resistir aos ataques espirituais que querem debilitar o espírito e alquebrar a alma, provocando uma fragilidade diante das tentações.
Há, porém, uma grande diferença entre o alimento espiritual e o material: o alimento material produz saciedade, quando ingerido na quantidade certa, e pode provocar problemas, se ingerido em demasia. O alimento espiritual, entretanto, não possui nenhuma contra-indicação e nunca nos sentimos saciados suficientemente, porque quanto mais o buscamos, mais sentimos fome de Deus.

c) Água
A água é o composto químico mais abundante da Terra e é um elemento fundamental na constituição do corpo humano, sendo também fundamental para todas as formas de vida existentes. Sem ela não haveria vida e as dificuldades de se obter água potável para toda a população mundial tem sido uma grande preocupação para as autoridades, pois milhares de pessoas estão morrendo, a cada ano, principalmente crianças, por falta de água ou por doenças causadas pela ausência de água pura.
Limpeza e higiene
A água é também o principal elemento para a limpeza e higiene. Nada como um bom banho para eliminar toda a sujeira do nosso corpo. No banho, é importante o uso do sabonete, do shampoo, e de outros produtos de limpeza, mas nenhum deles pode substituir, de forma eficaz, a água. Por ter a capacidade de dissolver a maioria das substâncias que existem, a água é considerada um solvente universal.
Na Bíblia Sagrada temos várias referências importantes à água e algumas delas mostram porque ela é comparada à Palavra de Deus. O apóstolo Paulo escreveu aos crentes da cidade de Éfeso: “Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.25-27 – ênfase minha).
O apóstolo estava dizendo que, assim como a água é importante para a saúde e higiene do corpo, a Bíblia é importante para a saúde e higiene do espírito. Ele fala sobre a santificação: o processo de aperfeiçoamento da vida espiritual de cada crente, que é efetuado pelo Espírito Santo, através da leitura da Bíblia. A palavra de Deus é o elemento santificador, através do qual o Espírito Santo estará trabalhando em nós. Por esta razão, Jesus orou, dizendo: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17).
O mundo em que vivemos está infestado de pecado. A luxúria e a impureza sexual estão presentes na mídia, permanentemente; a violência campeia em todos os lugares; guerras e inimizades são constantes no relacionamento entre as pessoas; a intolerância e animosidade estão se tornando o padrão, na relação interpessoal; a desonestidade e a corrupção viraram modelo dos que estão em evidência. Vivemos em um mundo cada vez mais pecador e estamos sujeitos a sermos influenciados por ele.
Quando lemos o jornal, ou assistimos à televisão; quando caminhamos pelas ruas, ouvindo as conversas, lendo os out-doors, vendo as revistas e relacionando-nos com as pessoas, podemos perceber a influência que o pecado quer exercer sobre a nossa vida.
Limpeza espiritual
Quando, porém, lemos a palavra de Deus, a nossa alma pode ser limpa de toda essa ação mundana e, ao invés de sermos influenciados pelo mundo, podemos influenciá-lo através da nossa vida pautada pela Bíblia Sagrada. Por isto o apóstolo Tiago recomenda-nos: “Pelo que, rejeitando toda imundícia e acúmulo de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar a vossa alma” (Tg 1.21 – ênfase minha). Da mesma forma que você tem a necessidade de limpar o seu corpo todo dia, também a nossa alma e espírito têm necessidade de limpeza diária. E isto se dá com a leitura da palavra de Deus e sua meditação. Aprendamos o exemplo do salmista e façamos das suas palavras a nossa oração: “Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia!” (Sl 119.97).
De igual modo, assim como o corpo não sobrevive sem água, o espírito necessita do poder do Espírito Santo para continuar saudável. Falando sobre a vida espiritual de cada pessoa, Jesus afirmou: “Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre” (Jo 7.37,38). Ele disse também à mulher samaritana: “aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna” (Jo 4.14).
Leia a Bíblia para ter vida, saúde e higiene espiritual. Assim como as pessoas não gostam de estar ao lado de alguém que não toma banho, por causa do mau cheiro que exala, a nossa necessidade de limpeza espiritual também pode ser notada, porque “cheira mal às narinas de Deus” e de seus santos. É isto que faz a diferença entre o crente que é espiritual e o que é carnal.

d) Luz
Ao falar sobre Deus, a Bíblia declara que “Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (1Jo 1.5). Este paralelismo é encontrado em toda a Bíblia: luz contrapondo-se a trevas. O apóstolo Paulo declara que “Ele nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor” (Cl 1.13) e que agora somos “filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas” (1Ts 5.5). Para deixar clara a oposição da luz às trevas, ele pergunta: “que comunhão tem a luz com as trevas?” (2Co 6.14). Por esta razão, nos convida: “noutro tempo, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” (Ef 5.8). O apóstolo Pedro também nos diz que Jesus nos “chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9).
Aquele, portanto, que anda distante de Deus e não conhece a verdade, anda em trevas. O apóstolo João afirma que alguém que diz estar na luz, mas não pratica aquilo que Deus ordenou, é mentiroso e, na verdade, anda em trevas (1Jo 1.6; 2.9,11). Ele diz isto para entendermos que só é possível enxergar a luz da verdade através dos mandamentos divinos, que são a verdadeira luz que alumia (1Jo 2.8). O que está em trevas só enxergará a realidade se houver luz sobre si. E a luz que dissipa as trevas da mentira é a Palavra de Deus, que é a verdade.
O salmista afirmou, sobre a Bíblia Sagrada: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho” (Sl 119.105). O escritor do livro dos Provérbios também afirmou: “Porque o mandamento é uma lâmpada, e a lei, uma luz, e as repreensões da correção são o caminho da vida” (Pv 6.23). Falando sobre a capacidade de iluminação que as Escrituras Sagradas possuem, disse o salmista: “o mandamento do SENHOR é puro e alumia os olhos” (Sl 19.8). O apóstolo Pedro afirmou que a palavra dos profetas é “como a uma luz que alumia em lugar escuro” (2Pe 1.19).
Luz e liberdade
As pessoas que vivem na escuridão, não tendo a capacidade de enxergar o que está o seu redor, não possuem a liberdade de movimento e estão limitadas ao que está próximo. Não há a possibilidade de correr, de arremessar objetos à distância, de dirigir um meio de transporte, por exemplo. Os que conseguem enxergar mas não possuem conhecimento para interpretar símbolos também estão obscurecidos pela ignorância, vendo os símbolos, mas desconhecendo o significado. É assim, por exemplo, aquele que desconhece o alfabeto: enxerga, mas não interpreta. Há uma antiga fábula a respeito de seis hindus que tocavam um elefante. Um cego tocou o lado do corpo do elefante e pensou que era um muro. Outro cego tocou a orelha do elefante e imaginou que era uma grande folha de árvore. Outro segurou uma das pernas do elefante e pensou que fosse o tronco de uma árvore. Outro ainda segurou a tromba do elefante e afirmou que era uma cobra. Outro cego tocou uma das presas de marfim e pensou que se tratava de uma lança. Finalmente, outro cego tomou a cauda do elefante nas mãos e julgou estar segurando uma corda. Eles estavam tocando a mesma realidade, mas compreendiam-na de maneiras diferentes, porque não tinham a conhecimento do todo.
O homem que não conhece a Deus está aprisionado pelas trevas espirituais, precisando ser iluminado pela Palavra de Deus, para romper com a prisão. Daí porque Jesus afirmou: “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.32).
Na idade média, quando o mundo estava imerso nas trevas da falta de conhecimento, em uma época de retrocesso do pensamento, de atraso intelectual, científico e cultural, quando a feitiçaria e a superstição dominava a razão, Deus levantou Martinho Lutero, para promover a Reforma Protestante, enfatizando a verdade das Escrituras e traduzindo a Bíblia para a língua do povo, para que todos tivessem acesso ao texto bíblico, tirando, assim, o povo do obscurantismo espiritual e religioso que os dominava.
É o conhecimento da Palavra de Deus que faz com que a luz do evangelho resplandeça sobre os que andam em trevas, porque não conhecem a Deus, pois, como disse o salmista: “a exposição das tuas palavras dá luz e dá entendimento aos símplices” (Sl 119.130).

e) Espada
A espada é uma arma mortal e muito perigosa. Ela serve como instrumento de ataque e de defesa, e pode ser utilizada para tirar ou preservar a vida. Mesmo sendo uma arma antiga, utilizada há muitos séculos, ainda é eficaz no combate corporal, por ser rápida e silenciosa.
Na linguagem simbólica utilizada pela Bíblia Sagrada, a espada está associada, algumas vezes, com a boca, para fazer referência à palavra falada. O profeta Isaías afirmou: “fez a minha boca como uma espada aguda” (Is 49.2). A descrição que João faz de Jesus, no apocalipse, diz que “da sua boca saía uma aguda espada de dois fios” (Ap 1.16). À igreja em Pérgamo, o Senhor adverte: “arrepende-te, pois; quando não, em breve virei a ti e contra eles batalharei com a espada da minha boca” (Ap 2.16). E na grande batalha do Armagedom, o Senhor dos senhores, marcha triunfante sobre um cavalo branco e a sua vitória é assim descrita: “os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes” (Ap 19.21).
Para falar do poder da Bíblia Sagrada, como arma utilizada nos embates espirituais, o apóstolo Paulo nos recomenda: “tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus” (Ef 6.17). Ela é a principal arma da “armadura espiritual” do cristão. E para exemplificar o poder de penetração que ela possui, o escritor aos Hebreus, declara: “porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12).
A utilização eficiente da espada, como arma, entretanto, depende da habilidade daquele que a manuseia. Uma boa arma na mão de um soldado despreparado é totalmente inútil. É por esta razão que o apóstolo Paulo recomendou ao jovem obreiro Timóteo: “procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2.15). O Espírito Santo é o instrutor, que nos orienta no uso da espada, mas se faz necessário o contato e manuseio constante com a Bíblia Sagrada, para sermos hábeis em utilizá-la, para enfrentar a batalha contra os falsos ensinos da mentira e do engano, a fim de proteger a igreja das heresias e combater os inimigos da verdade.

Bibliografia

GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. São Paulo, Vida Nova: 1999, 1ª edição.
DUFFIELD, Guy P., VAN CLEAVE, Nathaniel M. Fundamentos da Teologia Pentecostal. Vol 1. São Paulo: Quadrangular, 2000.

Márcio Klauber Maia é ministro do evangelho, servindo como Presidente da UMADEN – União de Mocidade da Assembléia de Deus em Natal-RN. É professor da ESTEADEB-RN. É casado e pai de quatro filhas.